Meu Príncipe, Meu Alfa romance Capítulo 5

"Qual é o problema, senhorita?", ele perguntou a ela mais uma vez. Ela não respondeu a primeira vez que ele perguntou.

Lancelot achou que ela não o escutou fazendo a pergunta pela primeira vez. Mas como ela não o ouviu? Ela estava olhando para o rosto dele o tempo todo. Seus olhos estavam subconscientemente fixados em seus lábios e em sua mandíbula.

Ele teria ficado surpreso com o quão fascinada ela ficou com seu corpo musculoso e grande, se ele já não estivesse tão acostumado. Ela não foi a primeira e certamente não seria a última a ficar assim.

Enquanto ele a observava piscar os olhos rapidamente antes de se afastar dele, Lancelot colocou as duas mãos no bolso da calça azul.

Ele só queria que ela lhe dissesse o quanto precisava consertar o carro para que ele pudesse ir embora. Ele, por outro lado, teria que parar o carro até que pudesse consertá-lo.

Seus olhos se voltaram para o capô do carro. Com o dano causado pela colisão, levaria pelo menos um ou dois dias para consertar tudo. Ele só podia se perguntar o que mais havia acontecido dentro do carro.

Quando Peter colidiu com o carro à frente deles, a xícara de café de Lancelot caiu das suas mãos. O conteúdo se espalhou por todo o chão, pedaços da xícara caiu nos seus sapatos. Irritado, ele se abaixou para limpar as manchas de café, quando olhou para cima e viu essa louca segurando Peter pelo pescoço, literalmente.

Lancelot olhou em volta e notou que os carros pararam e os espectadores começaram a tirar fotos e gravar vídeos. Sua mandíbula se apertou com irritação.

Ele tinha que fazer algo antes que ela o envergonhasse ainda mais.

"Qual é o problema?!", ela gritou.

Lancelot quase zombou de diversão enquanto desviava seus olhos azuis dos olhos ferozes dela. Olhando as suas pálpebras inchadas, rímel quase arruinado e vestido de noiva, Lancelot pôde perceber uma coisa muito importante; ela era outra americana maluca.

Felizmente, ele tinha todos os recursos financeiros para tirar ela do caminho dele.

"Seu motorista quase me matou! Logo depois de bater a traseira do meu carro!", ela gritou de novo, dramaticamente colocando as mãos sobre a cabeça.

Suspirando, ele olhou em volta uma última vez. Os carros ao lado deles pararam de gravar e tirar fotos, mas as pessoas continuaram de olho neles. Era repugnante, cada segundo disso.

"Você tá bem?", ele conseguiu perguntar. Mais por impaciência do que por preocupação. Francamente, Lancelot não se importava com isso. Se cuidados hospitalares, dinheiro para o carro e uns trocados para pegar um táxi eram tudo o que ela precisava, ele estava pronto e capaz para lhe dar exatamente isso.

"O quê?", ela perguntou de volta, como se não acreditasse na pergunta que ele tinha acabado de fazer ou na maneira como ele havia feito ela.

Ele franziu a testa. Lancelot nunca foi de falar muito.

"Você deveria esperar um pouco. Um táxi vai estar aqui em breve e eu vou cuidar das contas, bom das contas necessárias para consertar o seu carro".

Ele afirmou. Com um tom de firmeza, ele deixou bem claro para ela que não era uma sugestão, não era um apelo, era uma oferta e uma ordem também. Em que ela poderia pegar e ser feliz ou ir embora e sumir de vista dele.

Sua fala parecia ter insultado ela. Agora, ela estava olhando para ele, com seus pequenos braços cruzados.

"Meu carro tem seguro. Não preciso do seu dinheiro", ela afirmou. O feixe anterior de raiva que ele tinha visto em seus olhos voltou.

Lancelot quis zombar dela, mas em vez disso apenas deu de ombros.

'Então você deveria parar de fazer essa ceninha ridícula e sair daqui', ele queria dizer. Em vez disso, ele ficou quieto. Ele daria a ela o prazer de dizer exatamente o que ela queria sem que ele tivesse que perguntar novamente.

Mesmo enquanto a observava, ele não conseguia entender por quê, apesar da repulsa que sentia por sua presença dominadora, dentro dele, seu lobo estava rosnando com a necessidade de tê-la. Ele ignorou seu lobo, se Ziko queria se divertir com as mulheres, ele iria ter isso mais tarde. Agora, ele tinha uma mulher louca para resolver e um quarto de hotel aconchegante para chegar.

De repente, seus olhos brilharam. A expressão do seu rosto desapareceu, assim como as rugas em sua testa. Agora ela estava... sorrindo?

Lancelot se afastou para trás um pouco. Ela sorriu para ele como se tivesse acabado de ganhar na loteria, ou algo melhor.

"Mas! Há algo que você pode fazer por mim que vai me ajudar muito", ela disse, ele notou como ela parecia muito animada e ele levantou sua sobrancelha esquerda em suspeita.

"Então?"

"Eu quero... Desculpa, eu preciso que você me acompanhe a uma cerimônia de casamento", ela afirmou.

Bom desse jeito. Lancelot pensou que não tinha a escutado direito, então olhou para ela novamente. Foi um sinal silencioso para ela repetir o que ela tinha acabado de dizer.

Ela pareceu entender, porque soltou uma risada nervosa.

Lancelot sentiu ela dar um suspiro de alívio. Bom, ela estava brincando.

"Eu prometo a você, eu não tô louca...", ela disse em voz alta, depois de rir.

"Você só pode estar brincando comigo, né?", ele disse em voz alta, querendo dizer para si mesmo, agora dando um tempo para analisar as feições da mulher.

Olhos violetas e cabelos castanhos, ela era baixa. Nada mais do que cinco pés e seis polegadas de altura. O vestido azul celeste que ela estava usando valoriza suas curvas e seus lábios exuberantes atraíam seus olhos enquanto ela sorria nervosamente.

Ela pareceu notar a falta de interesse e indiferença nos olhos dele, pois assim que o olhar dele voltou para o rosto dela, ela estava apontando para o carro dela.

"Você me deve uma ação nobre e cavalheiresca, senhor", ela falou, fazendo beicinho.

"Você não tá brincando, afinal", ele disse em voz alta, enquanto mentalmente ele estava se esbofeteando. Mais uma vez não era para ele ter falado em voz alta.

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