Meu Senhor romance Capítulo 51

*****Dois dias depois

Arthur Albuquerque

Estou em minha sala no hospital com meu advogado, Dr. Marcelo sentado em minha frente, junto com o Silvio e seu advogado.

-Então Senhores, leram o contrato? -Marcelo pergunta aos dois.

-Sim e está tudo certo.

-Assim que seu cliente assinar o contrato, o dinheiro será depositado em sua conta, e os documentos serão entregues hoje mesmo.

-Como meu cliente terá certeza, que vocês entregaram todas as cópias?

-Infelizmente Dr., ele terá que confiar na palavra de meu cliente. Não tem como  provar que lhe entregou todas as cópias. Acho que isso seria um voto de confiança, já que são amigos a anos e isso deve contar algo, não é?!?

-Eu não ganharia nada em divulgar essas informações depois do acordo. A não ser que ele aparecesse em meu caminho novamente. Como isso não vai acontecer por causa deste documento assinado, garanto que estou entregando todas as cópias.

Sílvio pega a caneta dentro do paletó, rubrica as vias e assina no final, dando o documento na mão de seu advogado para que ele confira.

Logo em seguida o documento é passado para mim, e eu faço o mesmo.

-Bom Senhores, está tudo certo. Aqui estão as cópias e o dinheiro já está na sua conta (Ele pega o celular e abre o aplicativo do banco fazendo o depósito.)-Pode olhar sua conta.

Ele pega o celular e verifica. Logo depois olha as pastas com os documentos.

Eu continuo sentado em minha cadeira olhando para eles, sem dar um pio... Ele não merece uma palavra minha! Eu quis fazer as coisas do jeito certo, mais ele não quis. Por isso chegamos aonde estamos neste momento.

Ele se levanta, olha mais uma vez para mim, vira as costas e sai da minha sala, seguido pelo advogado.

-Bom, não foi um dos melhores acordos, mais fico feliz por ter cortado laços com ele.

Marcelo está bravo porque paguei muito mais que as ações valiam. Paguei mesmo, sem remorço nenhum. Só em pensar que eu não tenho mais com que se preocupar em relação a está questão, valeu muito a pena. Vale minhas noites de sono!

-Você não sabe o alívio que estou sentindo...

-Entre nós aqui, você não entregou todas as cópias né?

-Meu pai entregaria?

Marcelo é advogado do meu pai a mais de trinta anos, então mais do que ninguém ele conhece meu pai.

-Não... Nem pensar... Ele diria que...

-O seguro morreu de velho...

-Exatamente!

Me levanto e estendo a mão para ele.

-Obrigada pela ajuda Dr. Marcelo, não conseguiria lidar com isso sozinho.

-Eu que agradeço por colaborar.

Nos cumprimentamos e ele sai da minha sala, logo em seguida ligo para Pedro.

-Pedro, chame Paulo e Bernardo, preciso falar com eles...

-Eles estão aqui Senhor, só estava esperando terminar a reunião para te dizer...

Lembram quando eu disse que eles sabem quando preciso deles? Sempre sabem...

-Ok! Deixe eles entrarem...

Eles entram no escritório do hospital, um atrás do outro com pontos de interrogação nos rostos.

-Tudo certo... Ele assinou!

-Sem problemas?!? -pergunta Bê

-Sem problemas...

-Quanto pagou? -Be continua com seu no interrogatório.

-Um preço bem acima do mercado, mais que valeu para comprar minha consciência tranquila.

-Você é o único que chantageia alguém e não tira vantagem da chantagem. -Bê continua

-Foi em nome da amizade deles. Não podia fazer isso...

-Você está certo...Pelo menos ele saiu com dignidade. -Fala Paulo concordando.

-Vocês são umas mocinhas mesmo...

-Bernardo, você me fez refletir se eu estava fazendo a coisa certa um milhão de vezes, agora diz que eu sou uma mocinha porque não tornei as coisas piores do que já são?

-O que posso dizer? Eu sou controverso!

Reviro os olhos...

-Estou a fim de comemorar! Que tal um drink naquele bar aqui perto? (Ele fala se levantando e já encaminhando para a porta)

-Não sei ...

-Ahhhh para... Você tem estado muito caseiro depois de Duda... Precisamos de um vale night. -Paulo fala batendo no meu braço.

-Não é só eu que ando caseiro...

Falo para ele levantando a sobrancelha  desde que está com Sabrina, quase não vemos Paulo.

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