Resumo de Capítulo 51 – Uma virada em Meu Senhor de Felícia Vaz
Capítulo 51 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Meu Senhor, escrito por Felícia Vaz. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Arthur Albuquerque
Estamos no internato. Eu vim assinar o contrato de seis meses com Duda.
Acho importante o contrato! Ele me dava uma impressão de que as coisas ainda eram apenas um jogo e um acordo comercial.
Apesar de eu ter certeza de não serem mais.
Éramos um casal! De todas as formas possíveis.
Ia durar depois dos seis meses?
Não sei... Se fosse a três meses atrás eu te diria que eu não renovaria... Nunca renovei. Mais tudo com ela é diferente... Até a forma que vejo a nossa relação.
Eu já havia percebido que o contrato era importante para ela também, pelo mesmo motivo que eu. Tornava tudo um acordo comercial.
Às vezes sentia Duda distante, percebia que ela fazia de tudo para não se envolver em demasia. A cautela que ela tinha e que transparecia em seu olhar, eu enxergava em mim. Só que para mim, está cautela era apenas uma máscara. Para ela não... Como sei disso?
Bernardo espiona as conversas delas pelo whatsapp. Quando digo que ele é mais controlador do que eu, ninguém acredita.
Pois bem, eu gostaria de ter essa coragem que ele tem, de invadir a privacidade da sua submissa de forma total. Eu ainda acho que ela tem que ter momentos só dela, já ele não acha.
Então tudo que Camila faz no celular, ele sabe. De uma certa forma, isso até está me ajudando a compreender Duda. Eu sei que existe esta cautela da parte dela, porque elas falam sobre isso o tempo todo.
Por causa da minha fama de eu ser inconstante com minhas escolhas, Sabrina ensinou a ela direitinho, e vive repetindo que ela precisa se proteger. Sabrina não está errada, ela só está querendo proteger sua amiga de uma paixão não correspondida. Afinal, eu fiz isso com todas as outras, não há nada dizendo que não vou fazer com ela.
Também sei que por ela ter todo um histórico de vida solitária, a fez ter bloqueios sobre algumas coisas. Inclusive se apaixonar e se entregar.
Bernardo fala que ela se protege contra mim o tempo todo. Que não deixa eu penetrar as diversas camadas de proteção, que pôs no coração. Mais mesmo assim, ela acha que eu sou dominador ideal para ela e que seria perfeito, se eu nunca me enjoar do que vivemos.
Não existe esta hipótese na minha cabeça, neste momento.
Eu não pretendo desistir.
E este contrato é apenas para me sentir mais protegido, e fazer com que ela não se assuste com o que passa pela minha cabeça.
Merecemos mais seis meses pra termos certeza que vai dar certo. Três meses é muito pouco tempo, para eu dizer a ela que a quero para sempre comigo. Vou assusta-la e talvez, não seja exatamente isso.
Por isso precisamos deste tempo! Eu e ela...
Depois desses seis meses eu farei outro contrato?
Só o tempo dirá... Mais eu acredito que não. Depois desses seis meses só existe dois caminhos a seguir: assumimos uma relação ou terminamos tudo.
A própria madame já havia me dito isto. O internato só estaria envolvido no acordo no máximo um ano. Se passasse de um ano e a sub/dom ainda quiserem ter uma relação, a submissa seria desligada do internato, e a relação estaria por nossa conta.
Madame e ela estão concentradas na leitura do contrato, enquanto eu já assinei e rubriquei todas as vias.
Marcelo sempre redige os contratos, então eu já li isso umas três vezes.
Desta vez eu inclui uma cláusula de que ela poderá estudar. Incluí sem ela saber. É uma surpresa!
Por mais que me agrade ter ela o tempo todo ao meu dispor, eu quero ver Duda crescer. Seis meses é muito tempo para ela viver a minha vida, sem fazer nada pela vida dela. Por isso resolvi ser generoso!
Madame sorri, provavelmente chegando na cláusula em que eu botei. E olha pra mim ...
-É muito generoso de sua parte Senhor!
-Ela merece madame. Para que minha submissa seja dedicada a mim, ela precisa estar satisfeita com sua vida!
Ela para de ler, olha para nós dois, sem entender nada.
Madame fala:
-Clausula 24 querida, dê uma olhada...
Ela vira a folha e vai até lá lendo a nova cláusula.
Ela sorri e olha pra mim, com os olhos cheios de lágrimas.
-Eu poderei mesmo estudar?
-Claro Duda, são seis meses para você ficar a minha disposição sem fazer nada por si. Não quero você entediada. Claro, terá algumas regras que vou estipular, mais isso é entre eu e você.
-Sim, meu Senhor!
Elas continuam a ler, madame é a primeira a assinar o contrato. Logo depois, Duda termina a leitura e faz o mesmo.
Eu espero mesmo que não.
Estou dando uma liberdade a ela, que nunca dei a nenhuma das minhas meninas. Afinal elas sempre foram temporárias. Por mais que eu goste de controlar minhas submissas, eu não posso pedir para elas viverem a minha vida. Isso funciona por um tempo, não permanentemente.
Com o tempo as pessoas tendem a ficar frustradas com uma vida parada, onde vive para servir uma pessoa. Ela pode me servir muito bem fazendo faculdade, e a servidão será muito mais prazerosa se ela estiver satisfeita com a sua vida!
Uma submissa sempre será uma submissa. Isso faz parte da natureza dela, não importando que ela tenha um trabalho ou que estude. Vejo pela minha mãe, que é uma médica notável e sempre teve natureza submissa, além de ter uma relação de 24/7 com meu pai. É só organizar as coisas, que tudo dava certo.
No momento Duda não precisa trabalhar. Por disponibilizar todo seu tempo para mim, ela ganha um salário todo mês. Mais no futuro, eu terei que me acostumar com essa idéia. Estudar nunca é demais para ninguém, e se ela quer, quem sou eu para negar.
Chegamos no hospital e saio do carro segurando sua mão. É a segunda vez que ela vem no hospital. Ela veio para fazer uns exames um tempo atrás, mais nunca esteve em minha sala. Estou com ideia escusas sobre isso... Seria bem prazeroso comer ela na minha mesa.
Cumprimento as pessoas que encontramos pelos corredores. Pegamos o elevador e chegamos ao andar da minha sala.
-Boas tarde Doutor.
-Boas tarde Iolanda, está é minha namorada, Eduarda.
-Prazer Senhora!
-Prazer. (Ela diz baixinho com o rosto vermelho)
Talvez ela não esperasse por isso, pela primeira vez a chamei de namorada.
-Eu tenho que ver alguns pacientes agora Duda, Iolanda te mostrará a sala. Por favor me espere lá... Ítalo e Barreto, vcs ficam com ela.
Eles concordam com a cabeça. Visto meu jaleco e pego o estetoscópio que Eleonora me estendeu.
Viro para ela e dou um beijo em sua bochecha.
-Já volto, não saia daqui para nada.
Falo em seu ouvido.
Ela confirma com a cabeça e Iolanda a acompanha para o consultório.
E eu vou ver meus pacientes.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu Senhor
LIVROMUITO BOM, BEM ESCRITO, ROTEIRO MUITO ENVOLVENTE, PARABENS, MAL POSSO ESPERAR PELA HISTÓRIA DE PAULO E SABRINA, APESAR DE ARTHUR SER O PROTAGONISTA DESTE PRIMEIRO LIVRO, MEU CRUSH FOI PAULO, ACHEI ELE UM FOFO....