Meu Senhor romance Capítulo 55

Eduarda Amorim

Estou em meu quarto me preparando para a grande noite. Chegou o dia da festa no casarão.

Será o mesmo número de amigos que foram na festa de Paulo, apenas Silvio não estará presente, segundo as meninas me disseram. Parece que ele não foi convidado desta vez.

Meu senhor não gostou nenhum pouco, das coisas que ele disse sobre mim, naquele dia. Se ele fez isso por mim? Não sei, mais para mim não faz muita diferença, pois mesmo que ele fosse o último homem do mundo, eu não ia querer ele como dominador. Eu não me sentia atraída por ele, apesar de ser bonitão.

As meninas me disseram que ele tinha fama de ser um dominador carrasco, mais muito generoso.  Duvidava que fosse generoso como meu Senhor.

Arthur também tinha fama de ser carrasco, mais até agora não vi nada de carrasco assim. A exigências dele sobre mim, eram aceitáveis. Até nisso combinávamos.

Não existia nada que ele fizesse comigo, que não me agradava, até às horas que ele me torturava ou me castigava.

Nunca me senti usada pelo Arthur, e nunca me senti uma verdadeira boneca, como ele costumava me chamar. Tudo era concentido e ele sempre estava me lendo, para saber o que me agradava e o que não me agradava. E eu amava isso nele.

Não sei como seria nossa apresentação no salão do casarão, ele não tinha me dito muito. Só sei que seria de lingerie, pois estava colocando neste momento uma lingerie com detalhes em renda no corpo. Ela era preta e continha uma cinta liga que ficava em minha barriga, ligada a meias tbm escuras. Sabrina me disse que essas apresentações costumavam ser ensaiadas, e que Paulo ensaiou com ela antes.

No meu caso não seria assim. Provavelmente porque eu gostava da espectativa do desconhecido, e ele sabia disso.

Açucena estava trançando meu cabelo numa trança embutida. Dessa vez ela estava prendendo ele todo. Ela costumava deixar fios soltos, puxava tanto que chegava a doer o couro cabeludo.

-Porque está trançando diferente desta vez Açucena?

-Ele pediu que seu cabelo estivesse bem preso. Não quer nenhum fio solto.

Eu suspiro em espectativa.

Ele ama meu cabelo, se pediu para prender bem, é porque ele não quer que ele se prenda em algo e eu me machuque. Isso só aumenta minha ansiedade.

-Sossega essa perna Senhora!

-Eu estou ansiosa Açucena!

Ela não fala mais nada. Termina a trança e prende ela por baixo na nuca com grampos. Põe gel para que tudo fique no lugar e se encaminha para a penteadeira para pegar a maleta de maquiagem.

-Você vai está na festa?

Ela abana a cabeça dizendo que não.

-Nenhuma dos empregados que trabalham dentro de casa vão está. Ele deu folga para todos. E contratou um bufê.

-Ele sempre faz isso?

-Hum hum... Só fica os seguranças. Nem Beto fica...

-Porque será?

Pergunto curiosa ...

-Porque os empregados não fazem parte deste mundo. Eles sabem que seu patrão sim, mais não se interessam. Então o patrão os respeita! Ninguém é obrigado a conviver com o que não quer...

-Mais os seguranças? Por quê ficam?

-Essa cláusula já está no contrato deles. A segurança faz parte de tudo, não tem como contratar pessoas de fora sendo que eles já tem um planejamento.

Eu suspiro e digo:

-Ele pensa em tudo não é mesmo?

-Nada foge da sua cabeça brilhante!

Ela ri... E eu também.

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