Arthur Albuquerque
Hoje está marcado o jantar que meu pai e minha mãe vão dar em sua nova casa.
Um exagero eu diria, apenas para os dois. Porque não compraram uma cobertura? Eles chegarama a três dias, e eu fui na casa deles conhecer o lugar.
Poderiam ter ficado com o casarão e eu me mudaria para uma cobertura, sem problema nenhum... Mais eles não abrem mão que eu fique no casarão. Há décadas tem sido a residência oficial do CEO do Grupo Albuquerque. E para eles, tradições são tradições.
Agora terão que contratar milhares de empregados para cuidar de uma casa, que tem mais quartos do que pessoas para ocupar.
Mamãe pediu para que eu liberasse Maria, para que ela pudesse ajudar nos preparativos do jantar. Já havia percebido que perderia minha governanta. Com minha mãe de volta, dificilmente Maria continuaria trabalhando para mim. Elas eram unha e carne.
Meu pai disse que a casa, foi um investimento. Que dinheiro parado não deixa de ser desperdício. O jantar será para comemorar a nova casa deles, então eles convidaram os amigos mais chegados.
Estou escovando meu cabelo, fazendo hora para esperar Duda, já que estou pronto a bastante tempo.
Avisei a ela em cima da hora, sobre o jantar na casa dos meus pais. Se avisasse com antecedência, a insegurança dela ia falar alto e com isso, criaria diversas situações na sua cabeça imaginativa.
Olho para a tv, e vejo Açucena secando seu cabelo. Escolhi para ela vestir, um vestido preto colado as suas curvas. O vestido é muito simples, de alcinha e desse reto pelo seu corpo até os joelhos. Por cima do vestido escolhi um borelo de manga longa preto e sandálias de salto alto. Gosto de ver o efeito que o salto alto faz em suas coxas. O cabelo vai ficar solto, todo jogado para trás, com as franjas contidas com presilhas e gel. A maquiagem, muito básica. Gosto de seu rosto lindo sem pinturas.
Meus pais estão ansiosos para conhecê-la. Por eles, assim que chegaram, eles teriam vindo pra cá, eu que os segurei.
Estão empolgados, porque o que eles mais querem é me ver casado e com filhos. Nunca ninguém ficou mais de três meses. Meus relacionamentos nunca duraram o bastante para que isso acontecesse. É normal criarem espectativas com Duda, pois é a que está mais tempo em minha vida.
Mais tenho medo de que a assustem... Principalmente minha mãe que não mantém aquela boca fechada, quando se trata do futuro de seu único filho.
As vezes queria ter irmãos, para distribuir um pouco está espectativa que eles tem sobre mim. Eu teria, se não tivesse acontecido a tragédia que aconteceu, mais isso é assunto para outra hora.
Vou até meu bar, pego uma dose de whisky e peço para alexa tocar Imagine dragons. Sento na minha poltrona, fecho meus olhos e começo a curtir "Believer."
Meu pai procurou o Silvio e parece que as coisas entre os dois não mudaram. Fico feliz, pois não queria prejudicar a relação dos dois. Só queria manter ele longe da empresa e de Duda.
Confesso que fiquei aliviado em saber que Silvio estava viajando, e que eu não seria obrigado a encontrar com ele.
Olho outra vez para o telão e vejo que ela está praticamente pronta, deixo o copo em cima do bar, desligo tudo, e me encaminho para seu quarto.
Quando me vê abre um sorriso e suspira.
-Esta na hora bonequinha...
-Estou nervosa meu Senhor!
-Não deveria, está linda!
-Eles vão te amar Senhora. -fala Açucena sorrindo.
-Meus pais são pessoas muito simples. Açucena tem razão, eles vão te amar... Vamos...
Ela sorri, pega a bolsa e saímos de casa.
Agora que caí na armadilha de meus pais, seja o que Deus quiser!
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Chegando a casa, pego na mão dela para guiá -la até o portão. As mãos estão molhadas. Enfim, não adiantou nada contar em cima da hora. Ela continua uma pilha de nervos.
-Duda... Eu odeio te ver tão nervosa!
-Desculpe meu senhor, vou ficar bem... Sempre foi difícil para mim conhecer pessoas novas.
-Ok! Se não gostar do jantar e se sentir mau, me avise que vamos embora. Não tem porque ficar nervosa.
-Eu estou bem. Daqui a pouco vou estar com as meninas, e vou relaxar... Juro, meu senhor!
-Ok!
Toco a campainha e espero. A casa é majestosa, toda branca com pilastras que imitam a arquitetura grega. Uma varanda imensa, porta de madeira maciça, janelões de blindex. E um lindo projeto de jardim na frente da casa. Minha mãe ama plantas, e eu tenho certeza que foi o jardim que a conquistou.
Maria atende a porta, e sorri quando nos vê.
-Perdi mesmo a governanta né? -falo para ela.
-Me desculpe Senhor, mais acho que perdeu... -ela fala com as bochechas vermelhas.
-Eu imaginava Maria... Aonde eles estão?
-Na sala de estar.
Continuo segurando a mão da Duda e saio entrando, ela está maravilhada. Olha tudo com olhos brilhantes!
Realmente a casa é linda! Tudo muito moderno, bem diferente do casarão, apesar de ele ter seu charme.
Não seguiremos a etiqueta de Dom/submissa. Somos só Duda e Arthur hoje, é apenas uma reunião de boas vindas. E como os mais velhos não jogam mais, a não ser com seu próprio parceiro, a etiqueta bdsm está fora dessas reuniões.
Chego na porta e vejo meus pais sentados numa poltrona, e os pais de Bernardo e Paulo junto com eles.
-Ahhhh o príncipe chegou ... e trouxe uma princesa!
Lá vem ela...
-Oi mãe...
-Oi meu querido! Vem cá querida, deixa eu te ver.
Duda fica pálida, se eu não a conhecesse, acharia que está passando mau.
Minha mãe a abraça e depois segura seu rosto.
-Que linda você é Duda, posso te chamar assim?
-Sim Senhora...
-Sem Senhoras, pode me chamar de Eleonora, e este é Armando.
-Como vai Duda ?
-É um prazer conhecer os senhores...
-Nós que temos esse prazer, sabe quanto tempo, tivemos que esperar pra conhecer uma namorada do Arthur?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu Senhor
LIVROMUITO BOM, BEM ESCRITO, ROTEIRO MUITO ENVOLVENTE, PARABENS, MAL POSSO ESPERAR PELA HISTÓRIA DE PAULO E SABRINA, APESAR DE ARTHUR SER O PROTAGONISTA DESTE PRIMEIRO LIVRO, MEU CRUSH FOI PAULO, ACHEI ELE UM FOFO....