Arthur Albuquerque
Beto manobra o carro e volta para dentro da casa. Eu não acredito que aquele velho asqueroso, fez isso na casa de meus pais.
Já não bastou a insinuações na hora que me chamaram para fumar? Eu tinha que saber que ele não ia desistir tão facilmente. Ele só sumiu como estratégia.
Olho para a Duda e ela está assustada. Porque ela sisma em pensar demais? Ela não está aqui para isso, ela está aqui para me servir. Ela tinha que ter me contado logo que aconteceu.
Merda!
Intrometida do caralho!
Olho para frente e vejo Ítalo sair do carro. Aonde ele estava quando passaram esse bilhete para ela, era para ele ter visto ...
Saio do carro e o chamo.
-Ítalo aonde você estava quando passaram esse bilhete para Duda?
-Senhor, eu não saí em nenhum momento do lado dela.
-E não viu?
Ele suspira e balança a cabeça dizendo que não.
Ouço Duda querer começar a falar dentro do carro, e aponto para ela.
-Fique aqui, não vou demorar.
Ela balança cabeça e continua no mesmo lugar.
-E você fique aqui de olho nela, pelo menos agora cumpra suas ordens!
Saio andando e abro a porta sem esperar que alguém abra.
Todos ainda estão na sala, meu pai está tocando piano e os outros estão espalhados. Localizo meu alvo e vou até ele, o segurando pelo colarinho fazendo com que fique em pé.
-Ela já renovou comigo, seu babaca!
Dou um soco e mais um, e mais um... E ele cai igual uma jaca podre no chão.
Escuto uma exclamação de todas as mulheres. Vou pra cima dele novamente, mais Bernardo me segura por trás.
É o único que tem a cara de pau de fazer isso.
Meu pai se aproxima e diz.
-O que está acontecendo Arthur? Porque fez isso?
-Lembrem-se de quando me convidar para a sua casa pai, que este cidadão não esteja presente, pois se ele tiver, eu nunca mais ponho meus pés aqui. Me solta Bernardo!
Vendo que eu não vou esclarecer nada, ele pergunta ao Sílvio.
-Silvio, o que aconteceu?
-Eu não quis ofender ninguém, só achei de bom tom, que um bilhete expondo meus planos para a menina, não exporia seu filho na reunião. Eu não sabia que eles tinham renovado o contrato.
-Me larga Bernardo.
-Não! Se acalme! -Ele murmura no meu ouvido.
-Bernardo tira ele daqui. -meu pai se abaixa e pega o bilhete no chão, que deixei cair quando o peguei pelo colarinho.
Eu quero surrar essa cara até ela sair do lugar. Inferno!
-Larga ele Bê! Vem Arthur, vamos embora... -Diz Paulo me pegando pelo braço.
Me viro e pego no colarinho dele de novo, quando Bernardo me larga.
-Você não perde por esperar seu babaca! Até agora eu quis ser legal porquê você é amigo da família, mais daqui por diante, não serei.
Solto e saio resmungando para os dois me soltarem.
-O que tinha no bilhete?
Escuto Bernardo falar atrás de mim... Eu continuo andando...
-Porra Arthur, você não vai entrar no carro desse jeito.
Ele bloqueia a minha passagem e segura na minha nuca.
-Me deixa ir embora...
-Você está nervoso, vai descontar na Duda... Vem comigo!
-Eu não sou igual a você Bernardo!
-Ei, vocês dois ... Querem parar? Ninguém vai embora pra lugar nenhum... Vem vamos sentar ali na estufa.
Eu olho para o Paulo. Que porra de estufa?
Ele aponta para a frente e vejo uma estufa, que ainda não tinha visto. Da onde surgiu isso, no começo da semana, quando estiver aqui não tinha.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu Senhor
LIVROMUITO BOM, BEM ESCRITO, ROTEIRO MUITO ENVOLVENTE, PARABENS, MAL POSSO ESPERAR PELA HISTÓRIA DE PAULO E SABRINA, APESAR DE ARTHUR SER O PROTAGONISTA DESTE PRIMEIRO LIVRO, MEU CRUSH FOI PAULO, ACHEI ELE UM FOFO....