Meu Senhor romance Capítulo 73

Eduarda Amorim

Depois de um final de semana bom, chega a quarta feira, e com ela , minha ida as compras com minha futura sogra, se Deus quiser.

Arthur permitiu o encontro, sendo que eu levasse Ítalo e mais dois seguranças. Além dos seguranças da mãe dele.

Ele escolheu para eu por um calça jeans, bota e um pulôver preto. São Paulo está um friozinho nesta época do ano.

Depois do papelão do Sílvio, resolvi não tocar mais no assunto.

Eu não quero que ele fique chateado se descobri que estou pensando no que aconteceu. Mais que estou curiosa, estou.

Naquele dia eu fiquei no carro esperando por ele. Vi quando ele saiu da casa e foi para a parte de trás junto com Bernardo e Paulo.

Mas eu não sei o que aconteceu lá dentro. Se ele não me contou, é porque não quer que eu saiba o que aconteceu, então eu não vou ficar tocando no assunto.

Só espero que eu não tenha prejudicado sua vida. Porque a única coisa que não quero, é isso. Sei que ele é uma  pessoa muito importante, e sei que não pode haver escândalos com o nome dele.

Fiquei preocupada, mais a minha preocupação guardei pra mim. Nem para as meninas eu  comentei.

Vocês devem estar se perguntando, se eu não perguntei a elas o que aconteceu lá dentro. Perguntei, mais elas não tinham  permissão de me contar, o que me faz ter certeza, de que ele fez algo.

Desde então, ele anda distante, mesmo estando comigo, o tempo todo. Está pensativo e na dele. Transamos? Sim, transamos, é especial como sempre. Mais no dia a dia, no nosso relacionamento, sinto ele muito pensativo e frio.

Resolvemos o lance da faculdade. Mesmo fazendo a sua vontade e optando pelo curso a distância, ele não ficou animado.

Ele disse que estava tudo bem, que não era para eu me preocupar com nada. Então eu ia tentar não por pulga atrás da minha orelha.

Suspiro e me olho no espelho pela última vez, pego a bolsa e escuto ele me chamar.

-Duda?!

-Sim meu Senhor!

Saio do closed e o vejo no meio do quarto, com as mãos dentro do bolso da calça.

-Beto já está te esperando.

-Sim, estou pronta.

Ele tira a mão do bolso, e vejo que tem uma caixinha.

-Quero que use isso... O tempo todo.

Ele abre a caixa e tira um cordão delicado com um coração de pedra vermelho.

-Que lindo!

-Vire-se para eu por.

Seguro meu cabelo para cima e ele põe a jóia em meu pescoço, junto com minha coleira de sair.

Me vira, olha e sorri.

-Ficou perfeito!

-Sim, meu Senhor, obrigada!

-Não se afaste do Ítalo, de jeito nenhum...

Confirmo com a cabeça.

-Esta levando o celular?

Abro a bolsa e mostro para ele.

Ele tira do bolso um cartão e diz:

-Compre o que quiser.

-Não precisa Senhor, eu vou apenas fazer companhia a sua mãe.

-Você pode sentir vontade de comprar algo, leve o cartão.

Ponho o cartão na bolsa e sorrio. Ele já me paga um bom dinheiro para me ter disponível para ele. Me dá todo conforto do mundo, eu não vou usar esse cartão.

Não quando sou uma submissa a serviço de um dominador.

Ele pega a minha mãos e vamos juntos para a porta da frente.

Chegando lá vejo Beto já com o carro aberto e um sorriso nos rosto. Vejo mais um carro, que deve ser os do segurança extra. Italo sempre vai com Beto.

Para que esse exagero, me diz?!?! Nem importante eu sou. Parece uma comitiva para o presidente.

Suspiro e entro no carro. Escuto quando ele diz.

-Passe para buscar minha mãe Beto. Ela já está esperando.

-Sim Senhor!

-E você bonequinha... Juízo! Se comporte!

-Até mais tarde, meu Senhor!

-Até!

Ele bate na lataria do carro e se afasta continuando na escada olhando o carro se distanciar.

E eu suspiro...

Seguro o coração nos dedos e sorrio. Amo ser dele e meu coração fica quentinho, com todo esse cuidado que ele tem comigo.

*********************

Duas horas depois:

Não sabia que fazer compras com D. Eleonora seria tão cansativo. Já perdi a conta de quantas lojas entramos. Os seguranças dela já fizeram duas idas ao carro para deixar sacolas. E ela falou que ainda falta mais toalhas.

-A Senhora comprou quase a loja toda de toalhas.

Falo rindo, tomando meu suco. Fizemos um intervalo para tomar um suco.

Ela gargalha...

-Falta as do quarto de hóspedes. São quatro quartos, acredita?

-Acredito, sua casa é muito linda!

-Vai ficar querida! O jardim então, vai ser o mais lindo! Sou apaixonada por jardinagem.

-Então aquelas rosas no jardim da submissa, é um obra da Senhora?

-Sim... Açucena está cuidando bem delas?

-Sim, ela cuida!

-E vc gosta de fazer o que?

-Eu gosto de cozinhar, mais até agora não fiz muita coisa no casarão.

-Vou te dar uma dica, meu filho ama massas e bolo de chocolate.

-Não sabia...

-Quando ele era criança ele vivia me pedindo: “mamãe, quero bolo de chocolate”.

Eu sorrio...

-Eu sei fazer uma torta muito boa, vou fazer... Pra ver se melhora o mau humor dele...

Depois que falo, ponho a mão na boca e arregalo os olhos. Olha eu falando demais.

-Calma, querida! Prometo não falar sobre o seu comentário.

Olho para Ítalo, e ele está numa distância boa. Não deu para ouvir.

-Depois do jantar na casa de vocês, ele anda diferente. Muito distante...

-É porque ele fez uma merda daquelas no jantar...-ela faz uma careta engraçada.- Desculpe o palavrão querida, mais às vezes, ele e o pai dele, me tiram do sério.

-Ele não quer que eu saiba por causa disso? Porque fez merda? -sussurro só para ela ouvir.

-Ele está te escondendo? -confirmo com a cabeça. -Ninguém me disse pra eu não falar nada, então eu vou te contar. - ela toma um gole do suco, e se debruça sobre a mesa para falar- Ele esmurrou a cara do Silvio, se Bernardo não segura ele, nem sei o que aconteceria. Fez um estrago! Todos ficaram surpresos porque ele não é assim. É difícil algo que o tire do sério, mais quando eu fiquei sabendo o motivo, não tirei a razão dele não. Armando está proibido de receber Sílvio na minha casa.

-A senhora poibiu seu marido de receber Sílvio?

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