• MEU SOGRO • romance Capítulo 98

"Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor. Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor. Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar... amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção."

— Autor desconhecido.

...ᘛ...

Todo o caminho para a casa do Bronck foi em silêncio. Benjamin está pensativo e depois de tudo que ouviu sente uma pontinha de ciúmes da forma como ela se referiu ao Kamael por mais que ele estivesse com a Miranda, era impossível não sentir tal sentimento por sua amiga.

— Benjamin... por que está com essa cara, você está me julgando? — Interroga tentando entender a aparência de bravo do amigo.

— Posso te fazer uma pergunta? Quero sinceridade. — Diz que sim com a cabeça. — Você era apaixonada por ele? O MAEL... repete o apelido pelo qual o chamava durante horas de conversa.

— Que pergunta boba Benjamin. Tanta coisa para ter curiosidade e vem logo com uma pergunta dessas. — Ele a olha tensa. — Não vou te responder por que não tem resposta... hum! E nada de fazer essa pergunta na frente da amada do meu único melhor amigo.

Benjamin se sentem ofendido. Por que ele não ganhou o título de melhor amigo. Ficou calado o resto da viagem.

— Desculpa... er... você vai dormi comigo hoje? — Sem jeito pergunta.

— Vou porque eu te considero minha única melhor amiga — Chateado confessa. — Não vou te abandonar por que você não me considera seu melhor amigo.

Assim que sai do carro dá a volta para a pegar no colo e entram na casa do Bronck. Ela apoia a cabeça em seu peito. Ele para na porta e respira fundo para conter sua raiva.

— Porque ele... O MAEL tem o título de melhor amigo caramba?! — Sussurra olhando para ela.

— Para com isso Benja eu gosto de você! — Balbucia. Infelizmente ele não ouviu.

Brian abre a porta para eles e ficam chocados com a aparência dela. Berriere se levanta e vai a passos largos até os dois.

— Meu Deus! Benja vamos ao hospital. — Preocupado pensa que ela está passando mal.

— Tenho essa aparência, mas estou bem e acreditem já estive bem pior. — Sorrindo a tranquiliza. — Desculpa a invasão.

— Me lembro de você! Brian comenta. — Você comprou a casa que era do meu sobrinho.

Bronck sente que não é bem assim.

— Na verdade, ele me deu. Por favor, me coloca no sofá Benjamin. — Assim ele faz. — Essa bolsa aqui esclarecerá muitas coisas e como prometi ao MAEL limparei a barra dele. — Se emociona ao lembrar das últimas palavras que trocou com o amigo há um ano atrás. — Durante quatro anos eu o ajudei a montar o maior quebra cabeça que já joguei.

— Vai com calma aí Mag, aqui todo mundo tem tempo. — A repreende vendo estar nervosa. — Vou buscar água para você.

— Tudo bem, não precisa. — Ele ignora e vai atrás de água. — Benjamin às vezes é bem controlador.

Fala sorrindo toda sem graça.

— Continua... — Berriere pede.

— Há seis anos descobri que poderia está com câncer de medula e no desespero entrei em contato com Mael, pois, tia Rose se foi com essa maldita doença. — Benja volta com a água e senta ao lado dela. — Ele bancou meu tratamento e me deixou uma boa quantia em dinheiro. Que fique bem claro, nunca usei podem ficar!

— Se ele te deu é seu. — Bronck afirma.

— Não precisa... ele me fez prometer que cumpriria a promessa de entregar isso aqui a vocês. — Entrega os papéis da conta que tem no nome do Kauã, o cartão que lhe deu e às três cartas. — Ele foi pressionando a aceitar o plano esquematizado por sua primeira mulher Katharine Baldwin que graças a Deus está presa. Nessas cartas está escrito por seu próprio punho toda a versão da história por seus olhos. Essa ele pediu que eu o entregasse e que só desse ao Kauã em seus 18 anos. Vi de perto como foi difícil para ele ter provas de tantas coisas. Ontem você não entendia suas ações, mas hoje você saberá tudo que fez para te salvar.

— Posso ler? — Berriere pergunta e todos dizem que sim.

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Querida Bertie me perdoa...

Cometi o grande erro de participar de um golpe para te usar como um ponto cego em um grande esquema de lavagem de dinheiro. Juro por meu filho que não sabia do tamanho do problema em que estava me metendo. A verdade, era que eu me apaixonei por você perdidamente e custei a enxergar que, no fundo, eu sempre quis esse casamento com você sem toda aquela porcaria de te tirar as melhores coisas da vida, como ser mãe de um filho meu, nosso... porém, se você engravidasse teria o mesmo fim que seu pai coisa que juro não ter tido nada a ver com isso e só descobrir anos depois.

Comecei a te manter em casa para te proteger diariamente sofria com ameaças que se a vissem na rua te matariam. Decidi te trancar em casa, pois, você não merecia morrer porque eu estava te amando.

Tudo ficou ainda mais descontrolado quando em um dia você bebeu e me obrigou a dançar com você pela casa e tivemos uma linda noite de amor. Com medo que você tivesse um filho que poderia ser morto te obriguei a se prevenir. Fiz errado em te manipular reconheço, mas você viva era minha meta. Um dia em um jantar você havia bebido um pouco e não sabia dos apagões lhe contei tudo e vi você chorar, meu coração se partiu em mil. Dormimos e no dia seguinte você não se lembrava de nada.

Margô essa mulher maravilhosa é de minha total confiança, leve-a até meu pai, sei que ele cuidara de vocês que para mim são muito importantes. Por favor, entregue a ele às duas cartas restantes ele saberá o que fazer. Não posso me esquecer, obrigue a Margô usar o cartão que lhe entreguei, minha amiga precisa de cuidados. Eu te amo como nunca amei uma mulher em minha vida e espero que me perdoe.

Nada do que fiz é motivo de orgulho, mas o que fiz você pode até não acreditar foi para o seu bem. Sei que é pedir demais, mas cuida do meu filho como se fosse seu, confio em você e sob seus cuidados ele será um homem melhor do que eu. Se estiver lendo essa carta peça a Margô um dossiê que contém tudo para colocar Kathe e os irmãos na cadeia, meu tio Bartra e o pai do seu irmão que por uma vingança te colocaram nessa situação.

É de extrema importância que esses documentos cheguem ao seu irmão, não o procurei por medo de meu tio o matar. O fiz me odiar por uma razão para que no final ele pudesse acertar as contas com o próprio pai.

Espero que encontre alguém que a ame como você merece... com amor Kamael.

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Ler tudo aquilo deixou todos ali abalados. Margô era amparada por Benjamin, Brian estava ao lado de Bronck que abre a que contém seu nome nela. E inicia a leitura em voz alta.

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Oi! Pai.

Sei que me odeia já que durantes anos meu tio me transmitia tudo que você dizia ao meu respeito. Quero começar com um: Eu te amo! E por favor, me perdoa por tudo que lhe disse no dia do enterro da minha mãe. Sinto muito. Dentro de um ano, todo o dinheiro que você investiu na empresa da Kathe será estornado para sua conta, eu mesmo tratei de repor da herança que minha mãe me deu e guardei com muito cuidado para ninguém saber.

Pai te imploro, cuide da minha mulher dê para ela uma vida de princesa, a ajude a sobreviver e enfrentar seus medos. A obrigue a tomar banho quando estiver bêbada, ela não gosta muito nesse estado.

Se ainda restar um pouco de amor em seu coração por mim, proteja a Margô, ela não tem ninguém e se possível lhe dê um emprego na Expor, ela é uma excelente advogada a amo também e só conseguirei descansar se ela estiver sobre seus cuidados. Ela é uma mulher incrível! Não deixe o Adriano chegar perto dela.

— Não vai, eu cuidarei dela! — Benjamin fala quase em um sussurro interrompendo a leitura. — Continue...

Sorrindo Bronck continua.

A terceira carta entregue ao meu filho em seu aniversário de 18 por favor.

Mais uma vez pai, me perdoa! Sinto muito por tudo que te levou a me odiar.

Com amor Mael.

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— Porque ele acreditou que eu o odiava, Meu Deus! — Chorando olha para os bebês dormindo no Moisés próximo a ele. — Eu nunca o odiei!

— Seu irmão dizia que você falava aos quatro cantos do mundo que ele era filho do motorista. O vi chorar por diversas vezes... ele terá minha eterna gratidão. Eu fali com os tratamentos e sem trabalhar. — Soluça com um choro que estava tentando segurar.

Benjamin a abraça.

— Vem embora comigo Mag. — Sussurra em seu ouvido.

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