Ao ver os rastros de lágrimas no rosto de Camila, Bruno não pôde deixar de franzir a testa.
— Você... chorou?
— Quem chorou?
Camila se afastou dele, passou a mão no rosto e abriu a mochila à procura de um lenço de papel.
Depois de muito procurar, não encontrou nada e acabou passando os dedos pelo rosto.
A maquiagem, que antes estava impecável, virou uma verdadeira bagunça.
Bruno observou a cena, sem saber se ria ou se chorava.
Mulher é mesmo complicada!
Resmungou mentalmente, mas, como um verdadeiro cavalheiro, tirou um lenço do bolso e o entregou a ela.
Com o olhar pousado nos olhos marejados de Camila, Bruno compreendeu seus sentimentos e suavizou o tom de voz.
— Se você já se acalmou, então, por favor, pense direito, use a cabeça e não aja como uma novata impulsiva!
Camila tomou o lenço das mãos dele sem cerimônia, enxugou os olhos e assoou o nariz.
— Então eu também te lembro: não seja alguém que só sabe obedecer ordens e esquece o próprio senso de justiça.
— Está me chamando de capacho?
— Estou, sim!
— Você!
Bruno cerrou os punhos de raiva.
— O que foi, vai me bater? — Camila estufou o peito e se aproximou dele. — Olha que aqui tem câmera, se encostar em mim, eu te denuncio na hora!
O elevador já era apertado.
Com esse movimento, o peito dela quase tocou o corpo de Bruno.
Só que, tomada pela raiva, Camila nem percebeu.
— Você...
Bruno se enrijeceu.
Se fosse um homem à sua frente, ele teria partido para a briga.
A distância entre os dois desapareceu num instante.
Sentindo algo estranho no peito, Bruno se surpreendeu e olhou, instintivamente, para o decote dela.
A temperatura em Costa Esmeralda era mais quente que em Porto Diamante. Como estava visitando uma amiga, Camila usava apenas um vestido.
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