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Meu Único Amor Sempre Foi Você romance Capítulo 14

Virgílio olhou constrangido para os lados e tirou o celular do bolso.

Aproveitando a situação, Inês agarrou rapidamente seu violino e caminhou apressada em direção à porta.

Intimidados pela sua atitude, nenhum dos playboys ousou agir precipitadamente.

Quando ela já estava quase alcançando a porta do camarote, Virgílio finalmente reagiu.

— Segurem ela!

Os rapazes que estavam na entrada imediatamente bloquearam a passagem.

Inês virou-se, protegendo o violino junto ao peito.

— Combinamos que, depois de tomar o drink, eu poderia ir embora.

Virgílio saltou do balcão, aproximou-se dela com um sorriso perverso e sussurrou em seu ouvido:

— Naquela época, você me fez passar vergonha diante de toda a escola. Acha mesmo… que eu deixaria barato?

Endireitando-se, Virgílio lançou um olhar malicioso para a cintura fina dela.

— Você não quer ganhar dinheiro? Vou te dar outra chance. Tire uma peça de roupa e eu te dou dez mil. Tire tudo… cem mil!

— Uau!

— Essa eu gostei!

Num instante, o camarote encheu-se de gritos e assobios.

Inês cerrou os dentes, o rosto todo ruborizado.

— Virgílio, não ultrapasse os limites!

— Ultrapassar? — Virgílio empurrou-a com força para o sofá e segurou seu queixo. — Eu posso ser muito pior!

Abaixando a cabeça, ele tentou beijar Inês.

Inês lutou com todas as forças.

O hálito alcoólico invadiu seu rosto, os lábios pegajosos do homem roçaram sua pele…

Ninguém a ajudou.

Todos riam, alguns até sacaram o celular para filmar.

Desesperada, Inês empurrou Virgílio com toda força e seus dedos encontraram uma garrafa de bebida largada no sofá.

Ela agarrou-a firmemente e desferiu um golpe.

Pá!

A garrafa acertou a cabeça de Virgílio, estilhaçando-se.

— Virgílio!

— Sr. Leal!

A multidão correu para ajudá-lo, segurando-o.

— Saiam da frente! — Virgílio afastou os amigos e passou a mão pelo sangue na testa. — Inês, você está pedindo para morrer?

— Espero que tenha um bom motivo para não atender minhas ligações!

A voz masculina soou entre dentes, carregada de raiva.

— O senhor é o marido da Inês?

Do outro lado, não era a voz de Inês, mas de um homem desconhecido.

Homem?

Ela estava com outro homem?

— Quem é você? — A voz de Kléber saiu afiada. — Por que está com o celular da Inês?

— Aqui é a delegacia do Bairro da Fortaleza, eu sou o policial de plantão. Sua esposa teve um problema, venha imediatamente.

Delegacia?

Ela teve um problema!

O coração de Kléber apertou. Ele se endireitou bruscamente, ainda segurando o celular.

Ao levantar rápido demais, bateu o joelho com força na mesa.

Pratos e copos tilintaram desordenadamente.

Ignorando a dor, Kléber disparou em direção à saída do restaurante.

— Senhor, seu casaco!

O garçom correu atrás dele segurando o paletó, mas Kléber já havia entrado no elevador.

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