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Meu Único Amor Sempre Foi Você romance Capítulo 193

O carro saiu da cidade e o céu foi escurecendo aos poucos.

Kléber saiu da rodovia e entrou no acesso que levava ao aeroporto.

Inês virou o rosto, observando os aviões que estavam na pista.

— O que viemos fazer no aeroporto?

— Já não falei? — Kléber estacionou o carro em uma vaga ao lado da pista — Segredo!

— Mas... eu não trouxe nada.

— Não tem problema. — Kléber virou-se e ajeitou o casaco dela — Só preciso que você esteja aqui.

Os dois desceram do carro juntos. Bruno, que estava não muito longe, correu até eles, entregando um molho de chaves a Kléber.

— Sr. Quadros, está tudo pronto.

Kléber assentiu com a cabeça e segurou a mão de Inês.

— Vamos!

Inês seguiu ao lado dele por um corredor; de repente, a visão se abriu: uma grande pista de pouso, com alguns helicópteros estacionados.

Ainda confusa, ela viu Kléber dar dois passos à frente e abrir a porta de um helicóptero preto.

— Sra. Quadros, por favor!

— Você... — Inês ficou surpresa — Você sabe pilotar helicóptero?

— Pode ficar tranquila, Sra. Quadros. — Kléber estendeu a mão, apoiando o braço dela e ajudando-a a subir — Eu tenho licença profissional.

Depois de fechar a porta, levou Inês até o assento do copiloto, colocou cuidadosamente o fone antirruído nela e prendeu o cinto de segurança com atenção.

Ao garantir que tudo estava seguro, Kléber foi para o assento do piloto, preparou tudo com habilidade e ligou o helicóptero.

— Aeronave 0921 chamando torre, solicito autorização para decolagem.

— 0921, autorizado a decolar.

Após receber a resposta da torre, Kléber subiu o coletivo e o helicóptero se elevou suavemente, entrando no céu noturno.

Preocupada em não atrapalhar a operação, Inês permaneceu em silêncio.

Kléber percebeu o que ela sentia.

— Sra. Quadros, gostaria de dizer algo?

Inês virou o rosto, observando os dedos dele nos controles do helicóptero.

Inês obedeceu, tirou o casaco e estendeu os braços, deixando Kléber ajudá-la a vestir o casaco de plumas.

Depois de fechar o zíper com cuidado, ajeitar o capuz e, por fim, enrolar um cachecol, cobrindo o rosto dela quase inteiro, Kléber deixou apenas os olhos de Inês à mostra.

Só então abriu a porta do helicóptero e a ajudou a descer.

Funcionários do hotel já os aguardavam e vieram recebê-los com cordialidade.

— Sr. Quadros, Sra. Quadros, sejam bem-vindos ao nosso hotel com águas termais.

Inês cumprimentou com a cabeça e sentiu algo tocando seu rosto.

Ela ergueu o rosto e viu que, sem perceber, começara a nevar.

Estendeu a mão e recebeu um floco de neve. Correu, animada como uma criança, até Kléber.

— Amor, olha... está nevando, está nevando!

Kléber sorriu e entregou sua bagagem ao funcionário do hotel que veio recebê-los.

— Gostou?

— Sim! — Inês, com o rosto voltado para cima, os olhos semicerrados, observava os flocos de neve dançando no ar — Desde pequena, o que mais gosto é de neve!

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