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Meu Único Amor Sempre Foi Você romance Capítulo 232

— Aqui. — Kléber entregou o celular para ela de forma prestativa. — Já carreguei toda a bateria pra você.

Inês tomou o aparelho das mãos dele e caminhou até a calçada, de onde tirou do bolso da bolsa o cartão de visitas de Felipe.

Ao ver que Kléber se aproximava novamente, ela franziu a testa e falou:

— Vou fazer uma ligação, não se aproxime.

Kléber parou a alguns passos de distância e levou as mãos aos ouvidos.

— Amor, assim tá bom?

Sem paciência para responder, Inês virou-se de costas, franzindo o cenho, e discou para o número anotado no cartão.

Após alguns instantes, o telefone foi atendido.

— Dr. Felipe? Aqui é Inês. Em qual hotel o senhor está hospedado? Gostaria de lhe entregar o violino.

Do outro lado da linha, Felipe atendeu com certa confusão na voz.

— Violino? Que violino?

— O violino que o senhor me ajudou a conseguir ontem à noite.

— Mas... — Felipe hesitou. — Ontem à noite, eu não consegui emprestar o violino para você! Não foi outra pessoa que te conseguiu o instrumento?

— Você... — Inês ficou surpresa. — Você não conseguiu o violino para mim?

— Não. Eu até tentei pedir a um amigo, mas ele não estava em São Paulo, e todas as lojas de instrumentos que procurei já estavam fechadas. No fim, tive que voltar correndo pra te encontrar.

— Ah, então... Não faz mal. Desculpe incomodar.

Inês desligou o telefone e olhou para o violino em suas mãos.

Na noite anterior, quando a equipe lhe entregou o instrumento, disseram que fora um cavalheiro quem o deixara para ela.

Se não fora Felipe, quem poderia ter sido?

As únicas pessoas que sabiam que ela estava ali para a competição, além de Felipe...

O olhar de Inês, sem querer, recaiu sobre Kléber, que permanecia não muito longe. Ela ficou momentaneamente atônita.

Seria Kléber?

Não, não fazia sentido. Ele não sabia que o violino dela havia quebrado. Por que ele lhe traria outro instrumento, sem motivo algum?

Ao vê-la desligar o telefone, Kléber tirou as mãos dos ouvidos e sorriu para ela de longe.

— Agora que você terminou tudo, podemos sentar e conversar melhor?

Inês tirou a passagem aérea da bolsa e a mostrou para ele.

— Já comprei minha passagem de volta para esta tarde. Se ainda tem algum respeito por mim, me devolva a carteira.

Kléber olhou para a passagem na mão dela.

— Então, deixe que eu te levo ao aeroporto. Também estou indo embora, assim aproveitamos o caminho juntos, tudo bem?

Inês observou os olhos vermelhos de Kléber e suspirou discretamente.

— Vamos.

Kléber chamou um táxi, acompanhou Inês ao aeroporto, ajudou-a a despachar a bagagem e a acompanhou até o portão de embarque.

— Eu sei que você ainda está chateada comigo. Reconheço que menti e fiz algumas coisas que te deixaram desconfortável, mas tem uma coisa sobre a qual nunca menti.

Com um gesto solene, entregou-lhe o violino.

— Inês, meus sentimentos por você sempre foram sinceros. Espero que você pense com carinho durante o voo e decida se realmente quer o divórcio.

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