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Meu Único Amor Sempre Foi Você romance Capítulo 233

Inês ergueu os olhos e encarou Kléber por alguns segundos.

Recebeu o violino de suas mãos, virou-se e caminhou em direção ao portão de embarque.

Embarcou sem dificuldades no voo de retorno e encontrou seu assento, sentando-se.

Pouco depois, o avião decolou.

O olhar de Inês pousou naturalmente sobre o violino em seu colo.

Afinal, quem teria lhe dado aquele instrumento?

Soltou a trava do estojo, abriu a tampa e, com cuidado, retirou o violino.

Na correria de ontem, não tivera tempo de observar os detalhes.

Agora, quanto mais olhava, mais familiar lhe parecia aquele violino.

Seu olhar passou distraidamente pelos orifícios acústicos, onde notou, de relance, uma inscrição. O coração de Inês bateu mais forte.

Endireitou o violino e acendeu a luz de leitura acima de si, ajustando o ângulo do instrumento.

À luz da lâmpada, enxergou claramente, na parte interna do fundo, duas linhas de letras cursivas em inglês —

— FOR X:

— Happe birthday!

Ao ver aquelas palavras, Inês perdeu momentaneamente o fôlego.

Fora sua mãe quem pedira ao luthier que escrevesse aquilo no verso do violino, quando o instrumento foi feito sob encomenda.

O violino em suas mãos era justamente aquele que ela mesma confiara à loja para vender — o seu próprio violino.

Inês segurou o instrumento, quase sem acreditar no que via.

O violino que vendera… havia retornado para ela?

Com os dedos, acariciou levemente o corpo do instrumento, depois o guardou cuidadosamente no estojo, apertando-o contra o peito.

Sentiu que havia algo no compartimento interno do estojo; abriu o zíper e retirou uma caixinha que estava ali.

Era uma caixa de bombons, com alguns dos seus chocolates preferidos dentro.

Fitando os doces em sua mão, Inês ficou atônita.

Camila pegou a mala de Inês e, segurando seu braço, as duas seguiram juntas para o estacionamento, enquanto Camila não parava de comentar:

— Olha, o seu Sr. Quadros é mesmo um exemplo de marido. Decidi: retiro tudo de ruim que já falei sobre ele.

Após colocar a mala de Inês no porta-malas, Camila sentou-se ao volante, sorrindo.

— E aí, o que quer comer? Hoje… advogada Coelho paga!

— Qualquer coisa serve.

— O que houve? — Camila virou-se, observando sua expressão. — Ganhou um prêmio e não está feliz? Não me diga que é porque o Sr. Quadros não pôde te acompanhar? Não precisa ficar assim, sabe como é, às vezes o trabalho não permite.

Inês sorriu, mas não respondeu.

— Se você estiver chateada, quando ele voltar, castigue-o: uma semana sem cama! — Camila disse, maliciosa, ligando o carro. — Que tal irmos comer um churrasco?

Inês, sem querer estragar o entusiasmo da amiga, assentiu:

— Vamos.

As duas amigas seguiram para o centro da cidade e foram à churrascaria que costumavam frequentar.

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