Raimundo, deitado na cama, virou o rosto e pousou o olhar sobre Kléber.
— Inês, quem é... esse rapaz?
— Pai, ele... ele é um amigo meu. — Inês consolou o pai com delicadeza. — O senhor descanse bem, eu vou indo. Outro dia venho lhe visitar de novo.
Depois de se despedir do pai, Inês se virou e saiu do quarto, fechando a porta com cuidado.
— Já lhe disse, não temos mais nada para conversar. Ou você assina o acordo de divórcio, ou... vou ter que recorrer à Justiça.
— Inês! — Kléber deu um passo à frente, bloqueando seu caminho. — Sei que você tem muitos mal-entendidos sobre mim, eu posso explicar tudo.
— Inês, podemos ir? — perguntou Felipe, caminhando pelo corredor, girando as chaves nos dedos.
Ao ver Kléber bloqueando Inês, Felipe parou.
— Sr. Quadros?!
Ao reconhecer Felipe, Kléber franziu as sobrancelhas, irritado, e segurou o pulso de Inês.
— Vamos embora.
— Kléber! — Inês levantou o braço, livrou-se da mão dele e recuou dois passos. — Fui bem clara com você, não vou mais voltar.
Kléber avançou, mas Felipe se interpôs rapidamente, protegendo Inês antes que ele pudesse alcançá-la.
— Sr. Quadros, o senhor ouviu o que a Inês disse. Não tem o direito de forçá-la.
Kléber resmungou com frieza:
— Isso é entre marido e mulher. Não te diz respeito. Saia da frente!
Felipe, ao contrário, abriu os braços e continuou protegendo Inês.
— Inês é minha amiga, então isso diz respeito a mim. Não vou permitir que o senhor a machuque de novo.
— Eu vou repetir... — Kléber semicerrava os olhos vermelhos de raiva. — Saia!
— Não vou sair.
— Muito bem, então quero ver... quanto tempo você aguenta ficar aí?!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu Único Amor Sempre Foi Você