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Meu Único Amor Sempre Foi Você romance Capítulo 3

Casamento?!

Cof—-

Inês quase se engasgou com a própria saliva.

Ela já tinha imaginado que Kléber poderia querer se vingar dela, humilhá-la.

Até pensou que ele poderia exigir que ela fosse sua amante, sua companhia de cama.

Mas jamais passou por sua cabeça que Kléber proporia exatamente aquela condição.

— Mas...

— Você não quer?

— Não é isso, quero dizer... se casar comigo, é você quem sai perdendo.

Afinal, ele era um dos grandes magnatas de Wall Street, o famoso LION.

Sem mencionar a Família Quadros, só seus próprios bens já eram consideráveis.

Em casamentos de famílias abastadas, o interesse sempre vinha em primeiro lugar.

Mesmo no auge, a Família Barbosa nunca esteve no mesmo patamar da Família Quadros.

Ainda mais agora, quando ela estava sem um centavo e cheia de dívidas.

Inês não era vaidosa a ponto de acreditar que alguém como ele se casaria com ela apenas por sua aparência.

Além disso, mesmo se fosse só pela aparência...

Com o rosto de Kléber, se ele quisesse se casar, provavelmente haveria uma fila de garotas daqui até a porta do hotel.

— Só casados seremos parceiros de interesse, só assim posso acreditar que isto não é uma armadilha sua, além do mais...

Kléber ergueu a mão direita e, com a ponta do polegar, limpou delicadamente o batom do canto dos lábios.

O canto da boca se curvou em um sorriso malicioso, meio debochado.

— Eu gosto da cor do seu batom!

O coração de Inês disparou.

Como aquele homem conseguia alternar entre o canalha e o cavalheiro com tanta naturalidade?

Bzzz—

O celular vibrou.

Inês voltou a si, pegou a bolsa caída no chão e tirou o telefone.

Na tela, aparecia a chamada do motorista Fausto.

— Senhorita, é melhor a senhora voltar logo.

— O que aconteceu?

— Vieram pessoas do banco, querem confiscar a casa.

— Já estou indo.

Desligando o telefone, Inês levantou os olhos e encarou Kléber.

— Preciso pensar um pouco.

Kléber se aproximou, pegou o casaco que ela havia deixado cair e o colocou sobre os ombros dela.

O motorista Fausto correu e ficou na frente de Inês, protegendo-a.

— Quero ver quem ousa encostar na senhorita!

— Quer brigar, é isso?

— Não pense que não sei como lidar com você!

...

Os funcionários do banco começaram a cercá-los em semicírculo.

Inês agarrou o braço de Fausto, tentando puxá-lo para trás dela.

— Parem com isso!

Uma voz severa ecoou da porta.

Ao ouvir aquele som familiar, Inês franziu o rosto com desprezo.

Nem precisou se virar para saber quem era.

Terno cinza-claro, óculos de armação dourada...

Afonso entrou na sala com a mesma aparência polida de sempre.

A passos largos, Afonso se aproximou, o rosto bonito um pouco tenso.

— Sr. Lélio, nem o meu pedido o senhor considera?

Ao ver Afonso, o Sr. Lélio rapidamente mudou de atitude e sorriu.

— Sr. Varela, também estamos apenas cumprindo nosso dever. Muito bem, por consideração ao senhor, vamos aguardar mais alguns dias. Se em três dias o dinheiro não aparecer, não me peça mais favores.

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