— Isso não importa agora. — O rosto de Sérgio se fechou. — Meu pai já decidiu entregar o Grupo Quadros para ele. Eu não posso permitir que esse filho bastardo roube o que é meu!
— Não pode ser! — disse o assistente, surpreso. — O senhor também é o filho legítimo da Família Quadros. Por que o Sr. Quadros faria uma coisa dessas?
Sérgio bufou.
— Por que mais seria? É porque ele prefere aquela vagabunda!
O assistente franziu a testa.
— Da última vez, o Sr. Quadros já ficou um pouco desconfiado. E esse Afonso Varela também não é confiável. Estou começando a me preocupar que um tipo como ele possa acabar te entregando.
— Por isso... — O rosto de Sérgio se tornou sombrio. — Desta vez, vamos matar dois coelhos com uma cajadada só.
— O que o senhor quer dizer?
Sérgio estreitou os olhos, seu tom de voz era gélido.
— Quero que eles se destruam mutuamente, como cães raivosos!
...
...
Orquestra Filarmônica, escritório do diretor.
Ignácio Pinto levantou o rosto da carta de demissão de Inês Barbosa e retirou os óculos.
— Inês, você não tinha dito que planejava ficar no país?
— Desculpe, diretor. — Inês baixou o rosto. — Eu... mudei de ideia.
— Eu entendo. Afinal, é uma oportunidade rara. — Ignácio sorriu, levantou-se da cadeira, caminhou até Inês e estendeu a mão direita. — Desejo a você... um futuro ainda melhor.
— Obrigada. — Inês estendeu a mão e apertou levemente os dedos dele. — Sou muito grata por o senhor ter me dado uma oportunidade quando eu mais precisei. Eu... lamento muito!
— Não diga isso. As pessoas sempre buscam o melhor para si. Comparada ao Brasil, a Europa certamente será mais adequada para você. — Ignácio deu um tapinha no ombro dela. — Vá e dê o seu melhor. Vou ligar para o departamento de pessoal para acertar o seu salário deste mês.
Dando dois passos para trás, Inês fez uma reverência solene ao homem mais velho.
— Não importa para onde eu vá no futuro, sempre me lembrarei da sua ajuda. Adeus!

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