Meu Único Amor Sempre Foi Você romance Capítulo 58

Parada na área de lavatórios fora do banheiro, Inês desfez a atadura que envolvia sua mão.

Depois de vários períodos de recuperação, a queimadura em sua mão já tinha desinchado.

Por ter perdido uma camada superficial, a pele nova ainda não tinha se formado completamente, e, por isso, ela ainda sentia certa dor.

Usando um lenço de papel, ela limpou os resíduos de álcool do ferimento, remexeu na bolsa e tirou um pequeno lenço de seda para tentar enrolar sobre o dorso da mão.

Afonso estava parado do lado de fora da porta, observando seu perfil.

O vestido preto de festa, com decote ombro a ombro e mangas até o cotovelo, delineava perfeitamente a silhueta delicada da jovem.

Pescoço esguio, ombros à mostra...

Na cintura, uma curva tentadora.

De pé diante do lavatório, Inês parecia elegante como uma princesa, e, ao mesmo tempo, exalava um encanto irresistível, a personificação máxima da pureza mesclada ao desejo.

Assim como nos tempos do colégio, ela sempre conseguia fazer seu coração disparar.

Ao perceber que Inês tinha dificuldades para dar um nó com uma só mão, Afonso se aproximou espontaneamente.

— Deixe que eu te ajudo.

Ao vê-lo pelo espelho, o rosto de Inês se fechou, e ela se afastou de seu braço, virando-se de lado.

— Não quero sujar minhas mãos.

Ela pegou a bolsa e se virou para sair imediatamente.

Afonso estendeu o braço, bloqueando sua passagem.

— Eu sei que você está com ciúmes. Na verdade, eu não sinto nada de verdade pela Clarinda, foi só um arranjo da família.

Ciúmes?

Esse aí está se achando demais!

Inês olhou para o homem por quem um dia se importou e, de repente, teve vontade de rir.

De fato, o amor realmente é cego.

Como ela pôde gostar de alguém assim?

Naquele instante, diante daquele que já lhe fizera o coração bater mais forte, que a fez sorrir, chorar e até desejar, em fúria, matá-lo...

O coração de Inês estava sereno como um lago sem vento.

— Então, desejo ao Sr. Varela que conquiste logo sua bela e tenha um futuro brilhante.

Desviando dele, ela caminhou a passos largos em direção à saída.

— Inês! — gritou Afonso, agarrando seu braço e puxando-a de volta. — Na verdade, depois que saímos do restaurante aquele dia, eu também me arrependi. Eu nunca quis te tratar daquela maneira.

Inês se desvencilhou de sua mão.

— Se terminou, então saia do caminho!

— Inês, me dê mais uma chance. Se você quiser, eu termino com a Clarinda agora mesmo.

Ele avançou um passo e puxou Inês para um abraço apertado.

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Capítulo 58 2

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