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Meu Único Amor Sempre Foi Você romance Capítulo 59

A carne recém-cicatrizada foi puxada por ele, provocando uma dor aguda.

Inês, ao mesmo tempo furiosa e dolorida, levantou o rosto com os olhos marejados.

— Seu idiota, você machucou minha mão!

Ao encontrar o olhar dela, Kléber saiu de seu estado de fúria e soltou a mão.

— Me desculpe, eu... Sua mão, deixe-me ver!

Ao perceber que ele suavizou a postura, Inês suspirou aliviada em silêncio.

Ela levantou a mão esquerda e a estendeu diante dele, fazendo charme de propósito.

— Olha você mesmo.

No dorso da mão da jovem, a pele recém-formada estava rosada, ainda marcada pelos sinais vermelhos deixados por ele.

Kléber segurou a palma da mão dela com delicadeza, examinando cuidadosamente.

— Está doendo?

Afonso se endireitou, olhando para Inês e Kléber à sua frente, quase sem acreditar no que via.

Então, o homem que a levou naquela noite era mesmo Kléber?

— Vocês dois estão juntos?

Temendo que Kléber se descontrolasse novamente, Inês passou o braço direito ao redor do pescoço dele.

— Exatamente, já estamos juntos faz tempo. Não é mesmo, meu amor?

Essas últimas palavras ela pronunciou de maneira especialmente doce.

Afonso não havia dito que ela nunca o esqueceria?

Pois ela queria que ele visse bem.

Kléber ergueu o rosto da mão dela, lançou um olhar para Afonso e pousou o olhar no rosto manhoso de Inês.

Percebendo a intenção dela, franziu o cenho sem responder.

Inês virou o rosto e, de maneira carinhosa, aproximou-o do dele.

— Faz dias que não nos vemos, sentiu minha falta?

Afonso ficou paralisado.

A Inês à sua frente, da cabeça aos pés, exalava um charme que ele jamais conhecera.

Kléber continuava com o rosto frio.

Inês se enfureceu em silêncio.

Aquele idiota, que no dia a dia não parava de chamá-la de "minha esposa" e vivia fazendo graça, agora fingia ser distante?

Com Afonso ali, ela precisava continuar a encenação.

Virando o rosto, ela tomou a iniciativa de beijar os lábios de Kléber.

Viu, então, aqueles lábios vermelhos — que ele nunca tivera a oportunidade de provar — tocar voluntariamente os de Kléber.

Os olhos de Afonso se arregalaram, e ele sentiu um zumbido surdo tomar conta da mente.

Além disso, com a tentativa de esquiva de Afonso, o chute não foi tão forte quanto na época do colégio, não o ferindo gravemente.

Ainda assim, a camisa branca de Afonso ficou marcada por uma nítida pegada de sapato.

Parecia absolutamente desajeitado.

— Vocês... — Clarinda virou-se, fulminando Kléber e Inês com o olhar, indignada — Que direito vocês acham que têm de agredir alguém?

Temendo que Kléber perdesse o controle, Inês segurou seu ombro e sussurrou:

— Fique calmo, não dê a ele a chance de se virar contra você.

Kléber olhou de lado para Inês.

A mão da jovem agarrava firmemente a camisa dele, e os olhos atentos demonstravam pura tensão.

Ela não estava defendendo Afonso; estava protegendo ele, Kléber.

A raiva no peito de Kléber dissipou-se quase completamente.

O Afonso de agora não era mais o mesmo de antes.

E o Kléber de hoje certamente não era mais aquele que só sabia resolver as coisas na base da força.

Depois de anos de experiência no mundo dos negócios, Kléber sabia muito bem o que significava agir com cautela.

Agora, com a razão retomada, jamais daria a Afonso motivo para incriminá-lo.

— Srta. Campos, não se engane. — Com a mão grande ainda apoiada na cintura de Inês, ele abriu um sorriso despreocupado — Isto foi apenas uma brincadeira, não é mesmo, velho colega?

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