Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 42

Kate estacionou o carro na vaga de Colton e olhou para seu celular, que vibrava. Um sorriso imediatamente rompeu suas feições cansadas. O trabalho tinha sido difícil, mais desgastante do que o normal, e Kate esteve se sentindo mal na maior parte do dia, então decidiu sair mais cedo. Entretanto, a visão do nome de Colton piscando em sua tela conseguiu animá-la na mesma hora.

“Eu sinto falta do seu rosto. Volte logo pra casa”.

Ele sairia com Heath mais tarde naquela noite para assistir a uma luta de UFC, e Kate percebeu que ele não estava interessado em ir. Austin estaria lá. Heath esperava que eles pudessem fazer as pazes, reunir o grupo fragmentado de amigos da escola, mas Colton não estava preparado para isso. Kate esperava que talvez, depois de algumas bebidas, ele ficasse mais disposto, e certamente surpreendê-lo com um retorno antecipado o deixaria de bom humor.

Colocando a bolsa no ombro, Kate saiu do carro, trancando as portas vermelho-cereja e subindo a escada. Seus saltos bateram contra os ladrilhos sujos e quando ela se aproximou do quarto andar, a porta se abriu e a cabeça de Colton espiou para fora.

Os pés descalços de Colton saltaram para a frente, e os braços dele envolveram firmemente a cintura dela enquanto a girava. Seus lábios encontraram os dela com impaciência, murmurando contra sua boca ao se afastar: "Eu estive pensando em você com essa calcinha rosa a porra do dia todo."

Algo se agitou dentro do estômago de Kate, e ela apertou os bíceps de Colton enquanto ele a depositava no chão. Os olhos cheios de luxúria dela logo vacilaram, e Colton foi tomado por inquietude enquanto avaliava o rosto dela.

"Você está bem?"

Kate assentiu e abriu um pequeno sorriso, pressionando seus lábios nos dele. Depois da conversa anterior sobre os pais de Colton, ela não queria aborrecê-lo com conversas sobre seu trabalho. “Sim, foi só um dia difícil”.

Ao longo de sua carreira, Kate tinha visto centenas de mulheres machucadas e espancadas, mas ver crianças envolvidas era algo com o qual ela nunca conseguiria se acostumar. Aquilo sempre ficava martelando na cabeça dela por dias, semanas; os rostinhos piscando em sua mente toda vez que ela fechava os olhos.

Colton pegou sua mão, sentindo que Kate estava presa em sua cabeça, e a conduziu pela porta. Seu olhar escuro pairou sobre ela, observando enquanto ela chutava os saltos, pendurando sua bolsa no cabide da entrada. Ele limpou a garganta e emaranhou seus dedos nos dela: “Você quer tomar um banho? Lavar da alma um pouco do dia?”

Kate assentiu, soltando um suspiro suave: "Isso parece incrível".

"Vamos".

Ele a puxou pela mão, e ela o seguiu atordoada, fechando os olhos em um esforço para reprimir a dor de cabeça iminente quando eles entraram no banheiro gelado. As torneiras rangeram sob suas mãos, os canos velhos estremeceram enquanto a água pulsava, e o cetim de sua blusa escarlate roçou contra sua pele quando Colton a puxou sobre sua cabeça. Abrindo o zíper da saia cor de carvão, ele deslizou o material pelas pernas dela, tentando desesperadamente conter a exalação aguda que ameaçava escapar dele ao ver as nádegas redondas, exibidas perfeitamente pela calcinha rosa. Depois de tirar o sutiã e a calcinha, ele puxou o laço de cabelo do rabo de cavalo alto, permitindo que as ondas marrons caíssem sobre os ombros de Kate. Ele a beijou docemente antes de empurrá-la para frente, sob o jato suave de água morna. Foi um alívio; uma representação física de tudo o que havia acontecido naquele dia indo embora.

Ela enfim abriu os olhos, e o corpo atlético de Colton estava diante dela, ainda vestido por inteiro.

“Você não vai entrar?”

Colton soltou um pequeno sorriso, rapidamente se despindo e entrando na água. Seus braços tatuados a embalaram contra ele, e ele deu um beijo afetuoso no lado de seu rosto. Ela suspirou quando ele se afastou, mas não pôde evitar o sorriso que a aqueceu ao sentir os dedos dele massageando seu couro cabeludo. Kate murmurou, satisfeita, e seus olhos se fecharam enquanto ele lavava a espuma ensaboada. Depois de lavar seu cabelo, Colton ensaboou seu corpo, antes de recolocar as mãos em sua cintura larga, observando as bolhas irem embora pelo ralo.

O cabelo molhado dela grudou em seu peito enquanto ela descansava o peso contra ele, já se sentindo melhor, com a mente mais clara. Mas o calor do chuveiro logo se tornou sufocante, e Kate se sentiu tonta. Inclinando-se para frente, ela desligou as torneiras, usando os braços poderosos de Colton para se equilibrar.

“Você sabe como eu fico depois de um dia ruim, Colt”, Kate murmurou, esfregando uma gota perdida de molho de seus lábios carnudos. “Eu estou bem, bebê. Eu juro".

A incerteza pesava em suas feições bonitas enquanto ele passava a mão pelo cabelo molhado: “Vou ligar pra a Paloma. Ela pode vir e ficar com você até eu chegar em casa”.

"Ela vai estar com a Florence".

Colton soltou uma risada, balançando a cabeça: "Nah, ela não vai. Heath disse que ela está chateada por ele sair com a gente, e não com ela, na noite que ela está livre”.

Kate conseguiu comer um pouco do arroz frito, a simplicidade do prato apaziguando sua dor de estômago, antes dela franzir a testa: "Eu achei que eles fossem só amigos de foda".

“Aparentemente não”, ele deu de ombros, correndo os dedos pela tela enquanto digitava uma mensagem para Paloma. “Eles se apegaram, eu acho. Você pode perguntar pra ela sobre isso quando ela chegar”, ele piscou, mostrando a resposta afirmativa de Paloma, antes de enfiar devorar o camarão em duas mordidas.

Kate bufou, torcendo o nariz com o cheiro: "Você é um animal".

Colton sorriu, depositando um beijo doce na boca de seu nariz: "E ainda assim, você me ama".