Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 44

A náusea não havia diminuído quando Kate acordou na manhã seguinte. Ela estava deitada de bruços, com o peso da cabeça e dos braços de Colton esparramados desajeitadamente em suas costas, prendendo-a debaixo dele. Roncos monstruosos irrompiam do peito dele, e as vibrações ecoavam contra o corpo de Kate, e ela soltou uma risada suave. Ela levantou de leve o tronco dele, e Colton escorregou só o suficiente para ela escapar de seu peso.

Ela entrou no banheiro e jogou água fria no rosto. Seus dedos apertaram a porcelana fria da pia, e seus olhos se fecharam enquanto seu estômago se revirava. Não tinha como ela manter aquele segredo de Colton. A suspeita em seu rosto na noite anterior era clara, e ela não tinha dúvidas de que ele faria um milhão de perguntas se ela vomitasse o dia todo.

Ele dormiria por um bom tempo, pensou; tempo suficiente para ela planejar exatamente o que dizer, talvez cozinhar alguma coisa para aplacar sua ressaca, antes de sobrecarregá-lo com a irresponsabilidade dos dois. Pensar em comida a deixou enjoada, e suas mãos se atrapalharam apressadamente com o assento do vaso mais uma vez.

“Kate? Você está bem?" A voz grogue de Colton soou do quarto. O coração de Kate saltou para a garganta.

Merda!

"Amor?"

Ele estava do lado de fora do banheiro agora, e Kate soltou um grunhido: "Estou bem, Colt".

A porta se abriu, e a figura exausta de Colton tombou preguiçosamente contra o batente da porta. Se ela não estivesse tão enjoada, teria rido do caos de seu cabelo e seus olhos com as pálpebras pesadas.

O rosto cansado dele foi tomado por preocupação quando ele se deu conta do que estava acontecendo, cambaleando para frente para esfregar de leve as costas dela: “Merda. A Paloma disse que você estava se sentindo melhor ontem à noite”.

"Eu estava. Acho que a comida chinesa não estava boa”.

“Kate, eu comi três vezes mais que você e estou bem. Que merda está acontecendo com você? Você está esquisita pra caralho”, ele resmungou, inclinando-se para dar descarga no vaso sanitário, forçando os restos do vômito dela para fora de vista. “Vou te fazer uma torrada. Você deve se sentir melhor com alguma comida no estômago”.

Quando ele saiu do banheiro, Kate se levantou com as pernas trêmulas, e foi rápido escovar os dentes e jogar água fria no rosto mais uma vez. As costas musculosas de Colton a saudaram quando ela entrou na cozinha, com a mulher alada a observando enquanto ele pegava a torradeira. Hipnotizada pelos músculos duros se contraindo sob sua pele, Kate entrou em transe, saindo dele apenas pelo som de um prato batendo diante dela.

A torrada seca fez seu estômago revirar um pouco, mas ela deu algumas mordidas sem pensar. Colton estava do lado oposto do balcão, com um braço cruzado sobre o peito enquanto o outro levava sua torrada com manteiga de amendoim à boca. Kate permaneceu em silêncio, segurando a torrada com os dedos, de cabeça baixa e evitando o olhar dele.

Colton soltou um suspiro exacerbado e falou: "Então, você está agindo estranho por que?"

Borboletas explodiram no estômago de Kate, e seu coração bateu tão forte em seu peito que ela achou que sua caixa torácica explodiria. Ela mordeu o lábio inferior, ansiosa.

"Porra, Kate", Colton estalou, passando os dedos pelos cabelos desgrenhados: “O que está acontecendo com você?”

"Eu estou grávida".

As palavras saíram mais rápido do que ela poderia detê-las, e uma nova onda de enjoo rodou em seu estômago. Quando seu olhar apreensivo alcançou o dele, ela notou a cor se esvaindo de seu rosto, e o pedaço de torrada que ele estava mastigando caiu de volta no prato quando a boca dele se abriu, atordoada.

“O... o quê? Como... como isso...” Ele engoliu audivelmente e então balançou a cabeça, descrente. “Porra”.

"Eu sei", Kate grunhiu, enterrando a cabeça nas mãos.

“A gente não usou camisinha desde a primeira vez, então eu achei que...”

“Sim”, ela assentiu, respondendo sua pergunta não feita. "Eu tenho um DIU. Aparentemente, somos menos de um em cem".

“Como assim, caralho?” Era mais uma afirmação do que uma pergunta, então Kate ficou quieta, dando a ele o tempo que precisava para processar a informação. "Você... hã... já foi ao médico?"

Engolindo o nó em sua garganta, Kate balançou a cabeça. “Ainda não, mas Paloma fez uns dez exames ontem à noite. Todos deram positivo”.

"Sim", ele assentiu descaradamente. "Sim, era. No minuto em que te beijei, eu soube que você era a pessoa que ia mudar tudo em que eu sempre acreditei”. Ele fez uma pausa, com os olhos escuros examinando a expressão chocada no rosto dela. “Por que não podemos morar juntos? Eu tenho casas. Mais bonitas do que esta merda. Elas são maiores, grandes o suficiente para criar uma família”.

"Quem é você?", Kate gritou, levantando os braços exasperada. “Quatro meses atrás, você estava fodendo uma mulher diferente a cada noite, e agora, de repente, você está pronto para se estabelecer e criar uma família? E se você ficar entediado, Colton? Em que merda de situação isso me deixa? Com um bebê que eu realmente não queria?”

“Quem disse que eu vou ficar entediado, porra? Eu te amo pra caralho, Kate. Eu nunca amei ninguém em toda a porra da minha vida, não como eu amo você”. A fúria queimou através dele, tingindo seu rosto de escarlate. “E, porra, você acha que eu abandonaria a porra meu filho? Se é isso mesmo que você pensa de mim, Kate, então que merda você está fazendo comigo?”

"Isso... não foi isso que eu quis dizer".

“Não volte atrás agora”, ele rosnou. “Você disse isso, porra. Você acha que vou manter nosso relacionamento só até ficar entediado? Foi por isso que contei pra você sobre minha mãe, sobre meu pai de merda?” Seu peito estava arfando com a respiração irregular quando ele continuou: “Você sabe mais sobre mim do que o Austin e o Heath juntos. Acho que eu nunca falei com eles sobre qual seria a porra da minha última refeição, ou se eu preferiria ter pirocas no lugar dos dedos, ou qualquer que fosse a porra da pergunta! Você conhece o meu verdadeiro eu, Kate. O que eu sempre mantive escondido, porque achei que ia me queimar. E aqui está você, achando que eu sou uma porra de um descuidado com você, com a gente”.

De pé, Kate enxugou as lágrimas perdidas que escorriam no rosto dele, antes de piscar para afastar as dela própria.

Colton se afastou dela e balançou a cabeça: “Quem é que está dizendo coisas idiotas agora, Kate? É tão fácil deixar escapar comentários ofensivos quando você está com medo, não é?”

Ele calçou os sapatos e colocou a jaqueta de couro da noite anterior sobre o peito nu. Vestiu um par de moletom em algum ponto entre o banheiro e a cozinha, pelo que ela viu. Os dedos trêmulos destrancaram a porta, afastando as mãos dela quando ela tentou detê-lo.

"Onde você está indo?"

Enfiando a carteira e o celular nos bolsos, ele saiu do apartamento com a voz tensa: “Eu preciso de ar fresco. Não consigo respirar perto de você agora”.

“Colton”.

As lágrimas caíram livremente, com as gotas salgadas caindo em cascata pelas bochechas dela, enquanto ele balançava a cabeça. Os pés ágeis desceram as escadas, com os cabelos pretos caindo até ficarem completamente fora de vista. Kate fechou a porta e deslizou para o chão, embalando os joelhos contra o peito enquanto chorava. Ela sabia que aquela conversa não seria agradável, que não terminaria bem, mas havia interpretado completamente errado o motivo. Seu coração doeu, a náusea violenta ainda testando seus limites, mas Kate permaneceu onde estava, esperando que a qualquer minuto Colton voltasse.