Mimada amada esposa pelo Lourenço romance Capítulo 379

"Você...Que desgraça é essa de que você está falando?!"

Chami nunca poderia imaginar que o seu filho dissesse uma coisa dessas. Nem no pior dos seus pesadelos.

Uma coisa é a rebeldia habitual de Lourenço, mas isso já é uma absoluta falta de respeito para Afonso.

Ele não pensava que o filho o acusaria assim, na frente de todos.

"Qual é o problema de um homem rico e poderoso ter quantas mulheres desejar? Por acaso eu as tratei mal? Faltou dinheiro?"

Ainda mais Eugênia, que herdou até o nome de Sra. Mu.

Aquela mulher não tinha do que reclamar.

De uma hora para outra, ela se tornou a matriarca da Família Mu. Mas a ingrata e insatisfeita ainda foi encontrar outro homem.

Felizmente essa mulher se foi, para sorte do Chami.

Caso contrário, quantos enfeites na cabeça ele ainda teria que carregar?

"Acha que basta o dinheiro para despachar uma esposa?"

O rosto de Lourenço parece uma montanha coberta de gelo.

Não há raiva nem desprezo. Há apenas frieza.

"Você..." Chami aponta para Lourenço com tanta raiva que os seus dedos chegam a tremer.

"Eu sou seu pai!"

"Então meu pai não é homem?"

"O que você quer dizer com isso?

"A lealdade ao casamento é o dever fundamental de um homem. Se é incapaz de fazer isso, por que pediria à sua mulher para ser leal ao senhor?"

"Mas você..."

"Por que há tantos herdeiros na nossa família Mu?"

Lourenço ri, mas é uma risada que só carrega frieza.

"Eu, Manoel, Fábio, Jaime... Cada um de nós tem uma mãe diferente. Quantas mulheres o senhor tem lá fora? Não dá nem para contá-las."

"Já chega!" De repente, Afonso espalma a mão no braço da cadeira. Seu rosto está de um desgosto indescritível.

Tirando Manoel, que continua atarantado, e Lourenço, com a frieza de sempre, os demais presentes estão espantados.

A fúria do Sr. Afonso deixa a todos sem fôlego.

Mas o predestinado Lourenço não tem sentir medo de ninguém.

Foi o próprio Afonso quem cultivou nele esse temperamento.

Ele apenas responde: "Não chega."

"Moleque! Você ainda quer ..."

"Eu só quero dizer que, quando se é infiel, não se pode culpar o outro lado por traição. Homem, mulher, é a mesma coisa."

Mesmo que Afonso fique com raiva, Lourenço insiste e não arreda pé de suas ideias.

É este o jovem Lourenço Mu!

O encontro com esse olhar indiferente, mas firme, deixa o Afonso simplesmente sem palavras.

De repente, surge até uma espécie de dúvida.

Será que todos os valores nos quais ele insistia eram certos? Ou estariam errados?

No final, ele franze o cenho, mas seu tom já é mais suave.

"Eu falei, seu moleque. Com as mulheres, você pode mimar, mas de forma alguma não pode..."

"O amor não entra aí. É a mera responsabilidade em ser homem."

Ele não olha para o avô, apenas para o próprio pai.

"Se você não a ama, pode até se casar com ela, mas, uma vez casado, deve ser justo."

"Se você não consegue fazer certas coisas, não espere que a outra parte o faça. Se quer ter a consciência tranquila, aja por direitos iguais."

Chami está tremendo.

A sua esposa o traiu com outro homem!

Mas o seu filho ainda acha que essa mulher não estava errada!

O que ele havia tomado para se mostrar tão cego diante da realidade?

Mas Lourenço não pretende convencê-lo.

Tentar persuadir os outros é a maior bobagem, na verdade.

Ele apenas expõe as próprias ideias. Eugênia não estava errada nesse ponto.

Mas ela ainda é a assassina de matar sua avó.

"Pare de cavar o lago em Casa Guarantã."

Seu avô tem andado um tanto apagado ultimamente.

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