Eles entram em um restaurante que serve macarrão.
Por mais que seja um simples restaurante de macarrão, o estilo da decoração chega a ser muito requintado.
Logo que entrem, Dalila começa a se agitar ao sentir o cheiro de macarrão, e tem vontade de pular para a mesa ao lado.
Onde é que uma criança de pouco mais de um ano vai ter modos? Ela só sabe que está com fome e quer comer.
"Diga para andarem logo!" Ao vê-la olhar gulosa para o prato de outra pessoa, Lourenço se sente angustiado.
"Certo, vou falar para trazerem uma tigela agora mesmo." Rui nunca tinha visto Lourenço tão apressado. Assim que acabe de se sentar, ele se levanta correndo e vai até o balcão.
"Pode ser de qualquer sabor. Rápido!" Tudo o que importa agora para Lourenço é alimentar a neném. O resto, esqueça.
"Certo." Rui aperta o passo.
"Só não pode ser picante!" A voz ansiosa do Lourenço ressoa novamente das suas costas.
"Sim!"
Rui chega ao balcão e já sai distribuindo notas de alto valor: "A garota está morrendo de fome. Sirva-nos uma tigela imediatamente. Qualquer coisa, desde que não seja apimentada."
"Tudo bem..."A dona do restaurante vê que um funcionário acaba de trazer uma tigela da cozinha nos fundos, e a recolhe para levá-la pessoalmente até Lourenço.
"Comer, comer!" Dalila se debate para sair dos braços de Lourenço e ir até lá.
"Está quente! Não mexa agora." Alguma vez na vida Lourenço já cuidou de um bebê?
Ao ver a garotinha agitada, ele fica preocupado com o fato de ela estar com fome, mas ainda mais preocupado que o macarrão quente vá queimá-la.
Mas, ao segurá-la, ela começa chorando, e ele fica perdido por um tempo.
"Tudo bem, não chore. Vai ficar bom agora mesmo."
Ao olhar para Dalila, ele falta babar de tanta gentileza; mas ele se vira para Rui com uma expressão capaz de matar.
"Ainda não resolveu?"
"Mas...Eu..."O que ele pode fazer agora? Ele também nunca cuidou de um bebê.
A dona do restaurante, que estava de olho na situação, logo manda vir uma tigela pequena e ajuda a colocar um pouco de macarrão dentro dela.
Com isso, o macarrão esfria rapidamente.
Lourenço pega os talheres e começa a servir o macarrão para Dalila.
Ela dá uma bocada de vez, mas o que Lourenço sabe sobre dar de comer a uma criança?
A cada mordida dela, o macarrão vai caindo, de um em um, diretamente em cima da mesa.
Dalila estende a mão para pegá-lo. Lourenço não pode permitir, pois a mesa está suja.
Ele pega mais dois palitos e volta a alimentá-la, com pressa. Metade da tigelinha é servida, mas pelo visto não há na barriga de Dalila nem metade do que um adulto comeria.
Sentado ao lado, Rui está agitado, e por várias vezes sente vontade de tomar os palitinhos das mãos do chefe para ele mesmo dar de comer à garotinha.
Mas ele não tem coragem.
Mais tarde, a proprietária traz uma tigela de mingau de painço e finalmente resolve o problema.
"Este é um mingau de painço feito para nós mesmos, não é para venda. Dê uma tigela à garotinha."
A senhora sorri, "Use uma colher pequena. É mais prático."
"Obrigado." Lourenço, que muito raramente é tão educado assim com as pessoas, devolve um sorriso sincero para a dona do restaurante. E tudo é por causa de uma tigela de mingau de painço.
Ela ainda tinha algo a dizer, mas fica completamente atordoada ao ver aquele sorriso.
É mesmo um sorriso de abalar meio mundo!
Se ela já não fosse mais tão jovem, cairia aos pés dele.
"Tão lindos, pai e filha. Olhe só esses olhos grandes, esse nariz e essa boca pequeninos. É a cara do pai."
A dona do restaurante está falando sério. Não tem jeito de separar os dois. Quem os vê juntos percebe mesmo que são feitos na mesma forma.
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