Minha Amada Ômega romance Capítulo 143

EVANGELINE.

Kash fica tenso ao meu lado enquanto Godric observa Zerachiel com grande interesse.

'Lembrem-se, ninguém ataca a menos que eu diga.' Relembro mentalmente a todos.

"Não precisamos fazer isso, Zerachiel, vamos conversar e resolver tudo." Digo com clareza, meus olhos cintilando em azul quando Luna surge, sua voz ecoando com a minha. "Somos parceiros, vamos resolver isto juntos."

"A única coisa que você quer fazer é me matar." Ele rosna.

Então ele sabe.

"Está duvidando de mim?" Pergunto, levantando uma sobrancelha. "Seu povo sabe que não estão seguindo seu verdadeiro Rei, e sim seu Lycan que o faz de cativo dentro dele mesmo?" Me certifico de que minha voz vai se ecoar por todos os seres da floresta.

Alguns vampiros trocam olhares, seus olhos brilhando perigosamente. Vejo a hesitação no rosto de muitos, mas nenhum para. Estão todos sob seu comando, e vão obedecer cada ordem dele, eles precisam obedecê-lo.

Olho ao redor, tentando encontrar Ziahra, mas não a vejo na linha de frente... Kash conseguiu falar com ela e ela disse que estaria se preparando. Sei que Kash está ansioso para vê-la.

Nunca perguntei como estavam as coisas entre eles, mas está claro que ele se importa com ela. Ela estaria correndo um risco enorme se fosse contra ele no meio do campo de guerra, perguntamos a ela para ver se pode conseguir conquistar alguns vampiros, mas ela disse que todos estão sob o comando de Zerachiel. Os únicos que são levemente imunes as ordens dele são os de seu próprio sangue, incluindo ela.

Então restaram apenas Ziahra e Zeina. Ziahra disse que, quando tentou falar com Zeina, ela se recusou a ir contra Zedkiel.

Ela está sozinha lá e a preocupação de Kash é legítima por isso.

"Agora, se encerramos nossa conversa..." Zerachiel diz em tom sarcástico, se virando até seu povo. Seu sorriso some e ele se torna mortalmente sério. "Tragam a Rainha para mim e podem se livrar do resto."

Rugidos irrompem dos vampiros enquanto eles correm em direção aos lobisomens. Eles rosnam em resposta e fixo meu olhar em Zerachiel, sem desviar enquanto os dois lados se colidem.

Dou um passo à frente, meu objetivo é única e exclusivamente chegar até ele, a qualquer custo.

Todos estes anos... Todos estes séculos e vidas... Foi sempre ele que causou nosso fim... Este pesadelo que vivo repetidamente foi um aviso que nunca ouvi antes.

Zerachiel me mata... Em todas as vidas, não por causa do mal dentro de mim, mas para me impedir de pôr um fim neste ciclo vicioso.

O que faz sentido, os sinais estavam todos lá. Olhando para trás, eu vejo agora... Quando Zedkiel me encontrou, seu Lycan fingiu se importar comigo...

O homem que sempre foi incompreendido por causa de seu Lycan, ficou isolado por causa de suas ações e sua raiva...

No fundo, sei que ele se arrepende das coisas que fez, sentiu culpa e se odiou por isso. Todas essas emoções eu senti em nosso vínculo...

Ando em direção a ele enquanto os vampiros vão para cima de mim, mas meus lobos o interceptam. Meus poderes fluindo pelos meus dedos, mas até eu chegar em Zerachiel, não pretendo usá-los...

A reunião de tantos vampiros e lobisomens já está fazendo o equilíbrio oscilar.

"Tome cuidado, minha querida parceira, não vai querer destruir o planeta no fim das contas... Há poderes sobrenaturais demais por aqui..." Ele me lembra friamente, me observando.

Ele sabe porque estou aqui.

"Então é por isso que quis me confrontar com um exército tão poderoso por trás de nós." Comento, enquanto encaro seu belo rosto.

'Cuidado, Evangeline.' Evelyn alerta. Ela está no limite de sua paciência, quase como se soubesse o que está por vir. 'Sempre perdemos contra ele.' Ela responde minha questão não dita.

'Não vamos, não desta vez!' Respondo com uma confiança que até mesmo me choca.

Acredite e assim será. Eu me recuso a perder para ele outra vez.

"Talvez seja..." Zerachiel responde, seus olhos percorrendo meu corpo como gostasse do que vê. "Está linda hoje."

"Obrigada." Respondo inexpressivamente, sem tirar os olhos dele.

Ainda há alguns metros entre nós. Ele está de pé sobre aquela rocha elevada, sua confiança de que nada poderia acontecer com ele irradiando dele.

'Agora sim, ela está pronta.' A voz de Kash surge.

'Ok.' Respondo.

"Está com medo, minha querida parceira?" Ele me provoca.

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