Minha Amada Ômega romance Capítulo 103

ZEDKIEL.

Ela se vira quando entro no que parece ser algum tipo de elevador quebrado e faz um gesto para Blade nos deixar.

"Tem certeza?" Pergunta, parecendo cansado enquanto me encara.

"Tenho certeza." Ela responde com firmeza. "Estamos em uma caixa velha de metal, Blade. Se rolar uma briga, você vai ouvir, e provavelmente vai cair."

Ele balança a cabeça, mas não parece ter muita certeza, mesmo que obedecendo e abrindo as portas de meta enferrujadas e barulhentas. Levanto uma sobrancelha enquanto Ziahra vai até o outro lado, apertando o botão e me mandando andar quando chega ao andar.

Eu a sigo e estamos em uma sala pequena, mas pelo menos um pouco maior que o elevador.

A porta se fecha atrás dela e olho ao redor do pequeno quarto.

"Então, mudou de ideia sobre querer conversar?" Pergunto, de braços cruzados.

Ela também cruza os braços e vai até mim. "O que você pode fazer por mim?"

Ela não faz rodeios enquanto olha para mim, determinação queimando em seus olhos.

"Depende, o que você quer de mim?" Respondo, a encarando mortalmente nos olhos.

Ela me convocou aqui por algum motivo, e não vou facilitar nada para ela, assim como ela não facilita para mim.

Ela suspira, se virando e torcendo as mãos, como se estivesse se espreguiçando.

"Não sei o que eu quero, ou o que é o certo a se fazer... Será que estou piorando tudo? Mamãe tinha tanta fé em você, ela realmente acreditava que você iria vir e tomar o seu trono. E que seria um dos maiores reis que a história já presenciou." Ela diz, se virando de costas para mim.

Ela não se parece mais com a princesa vampira imbatível mais cedo, e sim uma garota assustada, tentando esconder o medo.

"Mas ela disse que o momento deve ser vital. Só não sei que momento é esse que ela disse, acho que precisamos de você agora, ou nunca." Continua.

Momento vital... Talvez seja o que Evangeline disse sobre me oferecerem poder? Mas o que essa mulher sabe que não me conta? Será que pode ser algo útil para nós dois?

"Onde ela está agora? Você disse que o guardião a mantém cativa?" Pergunto.

"Na fortaleza, onde ele vive e governa. Ele quer se casar com ela para os dois ficarem vinculados, só vai fortalecer a aprovação dele ao povo. Enquanto estão separados, alguns pretendem servir a linhagem verdadeira, outros querem o poder e vida eterna que Vadam prometeu." Ela diz enquanto começa a andar de um lado para o outro por aquela sala pequena.

"Quanto tempo ele está em poder?" Pergunto. É difícil acreditar que minha mãe está viva e por aí, presa.

Nunca me importei e nem sei se quero conhecê-la... Mas parece que podemos estar destinados a ter nossos caminhos cruzados.

"Não sei, uns cinquenta anos?" Ela responde, sem ter muita certeza. Vampiros vivem muito mais... "Mas foi quando ele soube de você, anos atrás, que tudo mudou. Ela temeu que ele perderia sua posição por você ser um herdeiro homem, algo que não tivemos na linhagem Aton faz séculos. "Você é o rei legítimo."

Encosto na parede, observando atentamente.

"Lá fora, você estava disposto a me entregar para ele. Como mudou de ideia?"

"Você não pode confiar em todos agora, pode? Não tenho certeza de quais dos meus homens são leais a mim, tenho certeza de que ele pôs alguns para ficar de olho em mim." Ela responde com frieza. "Vou te perguntar mais uma vez, qual poder você tem contigo?"

Compreendo o que ela realmente quis dizer, ela está me pedindo para derrotar um suserano pelo bem de seu povo... Meu povo.

Mas, se eu concordar e conseguir derrotá-lo...

O tempo está passando e preciso de Evangeline de volta, e algo me diz que preciso chegar ao reino dos deuses para encontrar as respostas que Evangeline procurava.

Que poder eu tenho? Qual será a verdade?

Ela está esperando por uma resposta e posso ver que está ficando sem opções, eles também estão tendo problemas.

"Posso derrubá-lo, minha parceira é a governante legítima dos lobisomens, antes mesmo da linhagem no trono. Com ela ao meu lado, tenho homens suficientes para derrubá-lo, mas..."

"Mas o que?" Ela empurra, estreitando os olhos.

"Preciso encontrar as respostas que ela procurava, ela não conseguiu, então eu preciso fazer isso por ela."

'Inteligente, boa jogada.' Zerachiel cantarola.

"Aquela que está lá fora. O que quis dizer com respostas?"

"É uma longa história, mas não é ela. Ela é a escuridão para sua luz, vamos dizer assim."

Não sei porque contei isso a ela, mas sinto que ela precisa saber da imagem completa.

Ela franze a testa, como se estivesse tentando entender o que acabei de dizer.

"Então, e daí? Como você pretende recuperá-la, se ela não está aqui?" Ela pergunta, com a mão no cotovelo.

"Preciso encontrar as respostas e de alguma forma trazê-la de volta." Respondo, meus olhos brilhando perigosamente.

Eu odeio não saber como!

Ela dá de ombros. "Justo. Então, o que você quer em troca para nos libertar?"

"Ouvi dizer que os vampiros possuem grande poder, que são excelentes nas artes antigas." Respondo, pensando no plano.

Por um momento, seus olhos encontram os meus de forma calculada, como se tivesse entendido o que quis dizer.

"Não sei onde você ouviu isso." Responde, prestes a se virar, quando eu a seguro pelo braço e a forço a olhar para mim.

Ela franze a testa e me lembro que ela é minha irmã, quando nossos olhos se encontram.

"Se ainda quer minha ajuda, precisa me contar tudo." Eu a alerto entre os dentes.

Ela suspira. "Sabemos muito pouco sobre elas, ou ao menos é o que dizem."

"Como governante legítimo, tenho o direito de saber, não tenho?"

"Você ainda não é o governante. Por que está perguntando de artes antigas, o que isso tem a ver com a situação?" Ela franze a sobrancelha.

Não tenho nada a perder, preciso de respostas, por ela.

"Preciso encontrar um jeito de ir até o reino dos deuses, o mais cedo possível." Digo, mortalmente sério.

"Reino dos deuses?! Isso é uma piada para você?" Ela responde, incrédula.

"Ou você encontra um jeito, ou o acordo está cancelado." Rosno.

Ela franze a testa e suspira. "Então quer um milagre, é? Nós não simplesmente entramos no reino dos deuses!" Ela responde com raiva, olhando para a porta do elevador.

"Não, não entramos, mas eu preciso."

"Vai ter que se considerar muito sortudo se achar alguém com poder suficiente para carregar o ritual que precisa ser feito para isso!"

Meu estômago se revira.

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