Minha Amada Ômega romance Capítulo 146

EVELYN.

A dor me invadiu no momento em que Evangeline golpeou Zedkiel, senti como se nós fossemos atingidas. Então, senti o vínculo se rompendo e a agonia me dominou, me contive para não me unir ao seu grito de desespero.

Deusa... gostaria de poder morrer...

Algo estalou e de repente, a escuridão que sempre me consumia começou a girar em ao meu redor. Ela não queria me deixar, porém estava se dissipando depressa, sendo sugada por uma vingança que não podia ser desafiada.

Em seguida, uma calmaria reconfortante me envolveu e lentamente enrolei-me em dentro de mim.

Será que eu poderia morrer?

Estava exausta... embora tenha sido minha vida favorita, meu lugar não era aqui.

Eu não pertencia à mente de Evangeline.

Eu só estava cansada…

Eu estava sendo levada para longe e não lutei contra isso, pronta para me libertar de tudo...

A maldição foi destruída, o que significava que poderia morrer em paz.

Eu veria nossa mãe?

Será que me encontraria com Stella?

Ah… quem saberia dizer…

Meus olhos estavam pesados demais para eu abrir e os mantive cerrados, esperando o que me aguardava...

Um campo?

Então, escutei o farfalhar do trigo ao meu redor... um campo de trigo... exatamente como aqueles em que semeávamos... o calor do sol de verão ardia sobre minha pele enquanto eu estava ali deitada emposição fetal.

Contente e descontraída…

'Acorde, sua alteza real, você vai mesmo ficar dormindo?'

Eu congelei e meu coração disparou quando reconheci aquela voz, só ela costumava me chamar de alteza real...

De repente, abri os olhos e me levantei para examinar o campo reluzente, então encarei um enorme loba branca, a qual tinha manchas acinzentadas no pelo, seus olhos eram verde-azulados e tinham um brilho divertido.

Impossível...

Achei que tinha morrido.

Soltei um grito que se transformou em um soluço emocionado enquanto eu corria até ela, abraçando-a com força à media que as lágrimas lavavam meu rosto.

"Stella! Nossa, você está aqui! Ou estou aqui! Onde quer que aqui seja, estamos... estamos... juntas." Eu sussurrei enquanto a apertava, meu coração batia vigorosamente quanto senti a conexão entre nós nos unir mais uma vez.

Era ela... seu pelo era real, seu cheiro era real, seus batimentos eram reais!

Eu recuperei minha loba…. Deusa… recuperei minha loba!

Mil emoções passavam por mim, não conseguia sequer formar as palavras e ela encostou a cabeça em mim. Eu consegui tocá-la e abraçá-la, algo que nunca tinha feito quando éramos uma só.

'Nós somos uma só, boba.' Ela falou em minha mente, isso só me fez chorar mais.

'Você voltou para mim.' Eu sussurrei.

'Sempre fomos feitas para ser uma só e sempre seremos.' Ela respondeu.

'A maldição foi quebrada, Stella, estamos livres! Podemos ir para o céu ou para o inferno, em qualquer lugar estaremos juntas.' Sussurrei, acariciando seu pelo, ainda agarrada nela.

'Céu? Ah, sua rebelde... não nos deseje a morte ainda... você não tem ideia...' Ela riu.

Antes que eu pudesse lhe perguntar o que ela queria dizer. De repente, senti como se tivesse sido puxada para trás, mas uma vez a escuridão me envolveu e eu girava.

Então, meus olhos se abriram e eu encarava árvores densas e os raios do nascer do sol se esgueirando por entre os galhos.

O cheiro de sangue, suor e terra encheu meu nariz e percebi que estava de volta ao campo de batalha…

De volta ao corpo de Evangeline... mas estava no controle.

Ela morreu?

Meu estômago revirou quando me sentei, notei que só havia uma presença em minha mente, não havia mais Luna, apenas...

'Só eu.' Stella respondeu, divertida.

Quando me levantei, percebi que havia um grupo de guerreiros me encarando com olhares repletos de luxúria.

'Eu estou nua?'

'Acho que sim...' Stella acrescentou e olhei para baixo para me examinar, mas eu não era Evangeline.

Que cães imundos eram aqueles vira-latas...

Fiquei paralisada enquanto analisava meus s*ios arredondados. No meu peito havia uma pequena marca, que eu costumava fazer quando criança...

Continuando a me examinar, passei as mãos pela cintura estreita e pelos quadris curvilíneos. Eu era mais alta que Evangeline... e meus quadris não eram tão largos...

Quando olhei para minhas mãos, meu coração trovejou. Elas eram comprimas e com algumas sardas.

Minha pele era pálida e podia dizer que meu cabelo era comprido, até a altura da cintura, muito denso e completamente preto.

Segurei meus s*ios, confirmando que eles eram diferentes dos de Evangeline, então verifiquei o tufo de pelos que cobriam minha região pubiana.

Um corpo que era estranhamente familiar…

Caramba, eu tinha recuperado o meu corpo?!

"Parem de olhar para ela, virem-se!" O rosnado de Ragnar ecoou, seu comando rasgou o ar e todos os homens se afastaram depressa.

Examinei a área e quando vi os dois corpo deitados em um pano branco, lado a lado, ainda cobertos de sangue. Zedkiel e Evangeline...

"Oh, p*rra, eu realmente tenho um corpo!" Eu exclamei.

"Cubra-se!" Ragnar vociferou e jogou uma camisa para mim, a qual continha o cheiro delicioso dele.

Eu levantei uma sobrancelha. "E se eu não quiser?" Eu o desafiei, minhas mãos ainda seguravam meus s*ios.

"Então, você quer que todos olhem para você?" Ele rosnou, apontando para os outros homens com a cabeça, alguns ainda lançavam olhares furtivos.

Eu era muito sexy?

Hehe…

Capítulo 146 1

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