Minha Amada Ômega romance Capítulo 4

EVANGELINE.

Como pude ser tão estúpida? Como eu pude acreditar que ele realmente me amava? Eu senti uma tola, no final, eu sou o que todos dizem e o que Celia disse. Não sou ninguém e nunca serei nada para Sinclair, além de alguém que ele pode usar quando quiser.

Dou um passo para trás, eu precisava de alguma distância para poder pensar com mais clareza. "M-Mas, o que você quer dizer com sua, é estar ao seu lado?" Eu sussurro.

Seu olhar se suaviza e ele suspira, então aproxima-se e me agarra pela cintura, puxando-me para perto.

"Claro. Eu me importo com você, mas nós dois sabemos que você não pode ser uma Luna, nem ter filhotes. Então, você deveria se considerar sortuda por eu ainda querer você ao meu lado. Ninguém mais vai querer você, mas eu ainda quero." Ele disse suavemente. "Sinto muito se eu a assustei esta noite, Evangeline, eu só... Você está linda. Você é a minha pequena Ômega."

As palavras dele machucaram e, de alguma maneira, senti que o homem que tanto admirava estava desaparecendo, mas então por que seu olhar era tão suave?

Talvez eu estivesse exagerando…

No fundo, não queria acreditar, porém fiquei magoada.

Então, escutei o som de passos se aproximando e o olhos de Sinclair brilharam com irritação, antes que eles se afastasse de mim. Por outro lado, eu senti um alívio tomar conta de mim quando a vovó Philomena apareceu.

"Ah, aí está você, Evangeline! Venha, tenho um presente para você." Seus olhos faiscaram para nós dois, em seguida, ela fez um gesto para que eu me apressasse, pela primeira vez na vida fiquei grata por me afastas de Sinclair.

Assim, sigo a vovó Philomena sem perceber que estou tremendo ligeiramente. Eu tinha imaginado o meu primeiro beijo mil vezes, mas não foi como eu esperava... Nunca imaginei que pudesse ser um tormento. Eu tinha sonhado em beijar Sinclair inúmeras vezes, mas agora que acontecera, doeu mais do que ficar no desejo. Por tanto tempo eu o quis e pensei que ele me amaria, fui ingênua, pois ele não me ama de verdade. Ele parece adorar a ideia de me ter como sua segunda opção e nada mais, afinal eu sou uma Ômega... Um objeto para ele usar quando ele não quiser proporcionar prazer a si mesmo.

O pedido de desculpas dele mexeu com a minha cabeça e fui tomada pela vontade de correr para meu quarto.

"Venha!" Vovó Philomena diz com um tom seco.

"Sim, vovó Philomena!"

Acelero para acompanhar seu passo rápido até chegarmos a uma sala, a mesma que eu ouvi ela e o Alfa Aeron conversando.

"Certo, então o presente é, amanhã à noite haverá um baile no castelo do Alfa dos Alfas e, claro, fomos convidados. Achei que seria apropriado se você fosse também."

Naquele momento, parecia que eu tinha levado um soco no estômago, foi muito rápido, eles estavam planejando se livrar de mim o mais rápido possível. Eu nem teria a chance de me despedir do único lar que conheci de fato. Se não fosse pela conversa que escutara, eu não teria me preocupado... Mas, me levar para um baile na lua cheia, justo quando todos os lobisomens estão mais inquietos famintos... Eu sei como eles estão planejandome expulsar da matilha.

"Vovó, tudo bem mesmo se eu for? Quero dizer, sou apenas uma Ômega."

"Você vai ficar bem, você irá como minha assistente, além do mais, você é um colírio para os olhos. Ninguém vai se importar. Depois eu vou mandar as suas roupas, espero que você esteja pronta às nove da noite, em ponto!" Ela diz, seu tom não deixou espaço para discussão.

"Sim, senhora." Respondo, fazendo uma breve reverência para ela.

"Agora vá, aproveite a festa, eu vou para a cama."

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