Minha Amada Ômega romance Capítulo 46

EVANGELINE.

A combinação entre a dor e o prazer fez com que eu me sentisse em uma névoa de êxtase. Ele era enorme e eu me sentia completa. Ele atingiu algo dentro de mim que me fez gritar de prazer, a sensação de quando ele me penetrava era inexplicável. Era incrível.

Eu mordi meu lábio, com as costas arqueadas enquanto desejava que cada parte dele me tocasse. Olhei para ele, pois ele já não me olhava há algum tempo... estava enojado? Ou arrependido? Ele estava com o rosto virado e pressionado contra o meu ombro, evitando me olhar. Tentei afastar essas inseguranças, abraçando-o com força. Não sabia mais o que éramos ou em que pé estávamos emocionalmente, mas a única coisa que eu sabia era que, por enquanto, éramos um casal consumando o casamento para o troneio.

De repente, eu senti sua aura emanar dele, seu corpo inteiro ficou tenso e mordi o lábio quando ele acelerou, a dor era ardente e mais forte enquanto ele me f*dia, mas ao mesmo tempo ele lutava contra algo, tentei virar minha cabeça para o travesseiro só por precaução, mas a sua mão já estava sob ele.

No entanto, eu sabia que mesmo que ele perdesse o controle, estava à sua mercê. Não tinha como eu conseguir alcançar aquela sequência.

De repente, seu corpo estremeceu e ele rosnou, atirando a seringa pelo quarto, e um arrepio passou pela minha espinha. Meu coração trovejou quando ele analisou sua mão por um momento, a aura dele parecia uma tempestade ao seu redor e seus olhos se tornaram vermelhos, vagarosamente ele voltou-se para mim.

"Zedkiel..." Eu sussurrei. Ele alcançou o meu queixo e me esforcei para não demonstrar medo. Ele não estava no controle de seus sentidos... era o mesmo olhar que eu vira na banheiro, naquela vez que ele bebeu meu sangue...

Os olhos dele se estreitaram e ele passou os dedos pelo meu cabelo, mas foi mais desajeitado do que Zedkiel. Uma expressão distorcida cruza seu rosto, antes de se inclinar e mergulhar a língua na minha boca. Meu próprio coração batia forte, apesar paralisada com ele enterrado dentro de mim. Eu não me movi, apenas o deixei arrebatar minha boca com avidez. Suas mãos percorreram meu corpo rudemente, às vezes até provocando dor. Foi uma grande mudança... Um gemido baixo escapou dele, e ele começou a se mexer mais uma vez, mais forte e mais rápido. Então, pude prever que minha liberaçãoestava próxima.

Apesar da confusão a respeito da mudança em sua personalidade, não conseguia me concentrar nisso. Tudo o que eu queria era chegar ao auge da euforia...

Pelos movimento dele, podia afirmar que ele também estava perto do gozo. Ele não podia me g*zar em mim... Eu não tinha uma loba, ou era marcada. Além disso, era incapaz de carregar um filhote... Eu-eu não queria isso, ele nunca me deixaria ir embora. O medo e o pânico se instalaram em mim e tentei empurrá-lo para trás, mas ele não se moveu.

Então, ele rosnou em advertência, puxando minha cabeça ao mesmo tempo que se ajeitava para que eu olhasse para ele.

"Nos encontramos de novo... companheira das sombras..."

Companheira?

Afoguei-me no caos das palavras dele ecoando na minha mente. Não tinha certeza se o meu coração batia mais alto ou se era tudo invenção da minha cabeça.

"Eu tentei te manter longe… eu fiz de tudo." Ele rosnou mortalmente, dando golpes violentos. "Vai... acontecer de novo. Ele vai te matar."

Essas palavras soaram estranhas, como se fosse difícil para ele, mas não podia questioná-lo, pois mal conseguia respirar à medida que ele me penetrava com mais vigor e rapidez. Choraminguei sentindo a pressão crescendo dentro de mim.

"Zed…" Eu gemi quando o orgasmo atravessou meu corpo, ele soltou um rosnado e sua língua percorreu meu pescoço avidamente. "Zed... você não pode g*zar..."

Sem receber uma resposta, ele simplesmente continuou a lamber e chupar o meu pescoço. Eu podia sentir a aura dele me sufocando.

Seus gemidos soavam sexy, apesar da estranha mudança em seu humor. Eu gritei quando o orgasmo me atravessou e o escutei xingar quando ele próprio chegou ao ápice. Para meu alívio, ele tirou e esvaziou sua semente sobre meu abdômen, antes de descansar seu peso sobre mim.

"Eu não vou te perder..." Ele sussurrou em meu ouvido. "Ela vai voltar."

"Quem?"

"Não diga a Zedkiel que conversamos... Ele vai te matar."

"Quem é você então, senão Zedkiel?" Eu pergunto, mas novamente, ele me ignora.

"Mantenha isso em segredo… você cometeu erros… agora nós sofreremos… de novo…"

Essas foram suas últimas palavras, então aqueles olhos vermelhos flamejantes se fecharem e seu corpo caiu sobre o meu. Suspirei enquanto estava sob o peso morto daquele corpo, junto a isso, meu coração tentava se acalmar e minha região inferior latejava. Eu tentei estabilizar a respiração enquanto refletia sobre o que significavam aquelas palavras estranhas.

Teria sido o Lycan dele? Eu sabia que nossas contrapartes lupinas não podiam falar, mas os Lycans eram exceção, todos os membros puro-sangue da realeza têm Lycans que podem se comunicar, porém era raro que eles falassem em voz alta... Não eram apenas eles que podiam conversar com suas contrapartes humana em suas mentes? A lenda dizia que apenas os Lycans mais poderosos teriam o poder de conversar como um humano...

Lentamente empurrei o corpo de Zedkiel para longe de mim e olhei para baixo. Havia sangue s*men me cobrindo, mas não tinha energia para me limpar. A sensação era como se eu tivesse corrido durante dias. Assim, fiquei ali por um tempo, me perguntando o motivo para Zedkiel estar inconsciente. Afinal, não é a mulher que geralmente desmaia de exaustão depois do s*xo?

Então, dei um sorriso ao pensar em Zedkiel tão exausto depois de apenas uma rodada. Talvez eu desse provocá-lo sobre isso no dia seguinte... Eu ri, apertando minhas mãos sobre a boca para abafar do som. Mas minha risada logo desapareceu, quando as palavras do Lycan – o que provavelmente era seu Lycan – disse.

Ela vai voltar.

Quem era 'ela'?

Em seguida, ele disse que Zedkiel me mataria.

Mas eu não via como isso poderia acontecer. Por que ele falou como se não estivesse em sintonia com Zedkiel?

Contudo, eu estava exausta e queria apenas dormir, então me forcei a sair da cama, aos tropeços me arrastei até o banheiro, minha mente estava um turbilhão.

Companheira das sombras…

O que ele quis dizer com isso?

Companheria…

Durante o s*xo eu tinha sentido algo. No momento em que ele entrou em mim, senti como se uma corrente elétrica passasse pelo meu corpo...

Então, liguei a luz do banheiro, o azul fluorescente me fez semicerrar os olhos por um instante. O contraste foi abrupto em relação a penumbra do quarto... Caminhei até a pia e vi a garrafa vazia.

Sangue…

Eu me olhei no espelho, me examinando. Havia vários chupões em volta do meu pescoço, s*ios e ombro direito, também havia diversas marcas avermelhadas de onde ele me segurara com força. Enfim tínhamos conseguido... Consumamos nosso casamento e estávamos prontos para o torneio. Por outro lado, tinha que lidar com outra coisa, o segredo que o Lycan de Zedkiel queria que eu escondesse dele.

Por quê?

Naquele momento, havia tantas coisas que podia perguntar a Oráculo... mas será que poderia perguntar na frente de Zedkiel? Por breves momentos, uma parte de mim pensou que ele era alguém em quem podia confiar, mas seu próprio Lycan me disse para ter cuidado com ele.

Soltei um suspiro e fui preparar um banho, antes de limpar a maior parte da substância branca e leitosa e o sangue, então consegui me colocar para dentro da banheira. Fiquei ali, inerte e cansada demais para me mexer, ao passo que minha mente raciocinava sobre tudo.

Tantos enigmas…

Só me recordo vagamente de fechar a torneira antes de cair no sono...

-

"Evangeline!"

Abri os olhos ao escutar a porta do banheiro se abrir, levei alguns segundos para perceber que ainda estava na banheira, a água estava gelada. Zedkiel estava parado ali, nu, enquanto me encarava antes de se agachar na banheira, agarrando-me pelos braços e me tirar da água.

Eu gritei quando ele me içou a meio metro do chão, olhando-me com se quisesse se certificar de que estava bem.

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