Minha Amada Ômega romance Capítulo 96

EVANGELINE.

Eu perdi o fôlego quando Zed foi jogado no chão inesperadamente, sem ter tempo para se proteger. Sua cabeça bateu nas pedras logo atrás dele e eu gritei em pânico.

O que eu havia feito?!

Tentei correr na direção dele, meu coração trovejava violentamente, a culpa e a agonia me consumiam. Mas, para meu horror, meu corpo se recusou a mover um músculo. A escuridão e o desconforto que me cercaram se fortaleceram massivamente.

O que estava acontecendo?

Por que eu reagi de maneira tão cruel com ele?

Era como se eu não tivesse o controle do meu corpo. Isa tinha me explicado tudo, então por que eu o machuquei?

Mais uma vez tentei me mexer e explicar, mas não consegui.

Ele estava sofrendo!

"Evangeline." Ele disse se sentando, a preocupação e o arrependimento em seus olhos me desestabilizam, além do sangue que escorria por sua nuca.

Zed…

"Querida, você está bem?" Ele se aproxima de mim, ignorando seu ferimento.

Eu o machuquei... como eu pude machucá-lo...

Ele estendeu a mão para mim, no momento em que senti ser puxada por algo.

Naquele momento só desejei que ele não ficasse com raiva de mim...

Mas não havia raiva, apenas preocupação, amor e tristeza.

Me desculpe. Eu não deveria ter fugido, não deveria ter deixado isso me afetar...

Então, em senti ainda mais frágil e ferida.

'Luna, o que está acontecendo? Por que eu o machuquei?' Solucei, à medida que tudo ao meu redor parecia escurecer, até eu não conseguir mais enxergar Zed.

'Estamos amaldiçoadas a ter um fim… está... fora do nosso alcance...' Ela disse com uma voz fraca.

A maldição?

Eu sabia que não tinha sido Evelyn, mas o que quer que eu tenha sentido, aquilo foi poderoso...

'Luna! O que eu faço?!'

Não houve resposta e meu coração se comprimiu com o medo.

'Zed!' Eu gritei inutilmente, mas havia algo que me impedia.

Uma risada sinistra faz meu sangue gelar e quase posso ouvir o eco de seus passos em minha mente.

Evelyn…

Nunca a sentira tão fortemente em minha mente como naquele instante...

'Oh, querida irmã… Seu ciúme, dúvida, dor e amargura enfraqueceram a barreira… é hora de reivindicar esse trono.' Ela riu sombriamente.

'Não. Evelyn, eu prometo que vou te salvar. Só me dê um tempo!' Implorei, tentando olhar em volta.

'A questão é que não preciso mais ser salva. O trono será meu... Zarachiel e Zedkiel também serão meus. Eu não preciso mais de você para me salvar...'

'Não… por favor, espere!'

Isso não podia estar acontecendo!

Era tudo culpa minha! Por que fiquei com tanta raiva?!

Ela riu. 'Mesmo agora você não percebe que não estava no controle do seu próprio corpo... Há muito mais em jogo, querida irmã, do que apenas você e eu...'

'Zed vai descobrir! Ou Zarachiel!' Eu exclamei enquanto sentia como se minha alma estivesse deixando meu corpo.

Podia sentir a angústia de Luna, mas ela estava tão distante...

Não, não! O que eu fiz?

'Quer dizer, o que eu fiz?' Evelyn riu quando senti as sombras se fechando sobre mim.

Eu era a deusa... nada poderia me prender!

'A maldição do Eterno Deus é mais forte.' Ela riu em um tom sinistro. 'Quanto a Zarachiel e Zedkiel, eu cuidarei deles.'

E isso foi a última coisa que escutei, antes de ser jogada no abismo da minha própria mente. Uma prisão sem luz ou possibilidade de fuga.

De repente, senti uma pressão insuportável no peito, era tão doloroso que não conseguia respirar, era como se algo estivesse sendo arrancado de mim.

O que estava acontecendo?

Chorei de agonia e era como se inúmeras facadas me atingissem no peito. Eu me dobrei e cai...

'Zed!' Eu grito.

Ele não pode me ouvir...

Eu... Ela estava assumindo o controle de mim... Precisava que ele soubesse que eu o amo...

'Zed, me desculpe... eu te amo! Eu te amo…'

Mas ele não podia me escutar...

'Luna…' Engasguei, tentando olhar em volta, mas tudo ao meu redor era formado pelas sombras que me consumiam.

Elas pesavam sobre mim, como bestas das trevas.

Eu…

A dor era insuportável e logo sucumbi, a escuridão me reivindicou por completo...

-

ZEDKIEL.

A dor me atravessou, quando ela me empurrou com tanta força, que não pude evitar o golpe. Eu me esforcei para ficar de pé, mas ela estava imóvel, olhando para mim com tanto ódio, que até tirava o meu ar.

Evangeline…

Não, ela não podia me odiar. Ela tinha me ouvir.

Então, tentei me aproximar dela. A correnteza do riacho era violenta e batia nas rochas, e o céu ficou nublado.

"Ratinha, me escute, me desculpe… eu estraguei tudo! Eu nunca deveria ter Escondido nada de você! Mas, o que aconteceu nunca passou pela minha cabeça, eu juro." Eu implorava.

Pela primeira vez na minha vida, estou implorando para ser ouvido.

"Você é a única pra mim." Eu sussurrei com voz rouca.

'Algo está errado…' Escutei a voz dolorida de Zarachiel lá de dentro.

Por que ele parecia tão fraco?

'O que você fez..'

De repente, senti um intenso e doloroso puxão que me atravessou e me fez cair de joelhos.

O medo me envolveu quando percebi o que era aquilo...

O vínculo entre companheiros.

Meus olhos se arregalaram, meus batimentos cardíacos se aceleraram enquanto eu a observava parada ali. Ela estava imóvel, com a cabeça baixa, mas não havia nada além disso.

Nenhum sinal de luta, ou sua aura...

"Evangeline!" Me forçando a ficar de pé, ainda cambaleando até ela e a agarrei pelos braços, sacudindo-a. "Olhe para mim, querida!"

Segurei seu rosto, forçando-a a olhar para mim.

Vamos lá… saia dessa!

Ela não me respondia, seus olhos estavam vidrados. Meu coração trovejava como um cavalo a galope, mas o dela parecia estável e ritmicamente calmo...

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