Minha Amada Ômega romance Capítulo 76

EVANGELINE.

Observo ele com o coração acelerado, rezando e esperando que ele concorde conosco e nos dê uma luz diante de tudo que está acontecendo.

Mas ele não responde ao meu pedido por ele, apenas termina seu discurso se virando para o outro lago do lago.

Eu tenho que tentar consertar isso. Não teremos a chance de voltar aqui e, neste momento, Evelyn está gritando para se libertar. Estou me esforçando para contê-la, mas minha determinação está ganhando só por enquanto.

"Não tenho mais o que dizer." Raziel rosna ameaçadoramente enquanto olha para nós. "Já tomei minha decisão e minha escolha, e com ela, me isolo a uma vida de escuridão na terra. Só quando tudo chegar ao fim, eu terei minha liberdade..."

Ele olha para a maior fenda no teto da caverna, o leve brilho da lua penetrando a fresta, e eu franzo a testa ao perceber o que isso significa.

Ele quer ver este mundo acabar e se reduzir ao nada.

"Certo... Então me diga, como esta câmara se tornou o lugar onde todos os Lycans vem para lhe prestar respeito? Você odeia os Lycans... Certo?"

Sua enorme cabeça se vira em nossa direção e ele mostra os dentes no que considero um sorriso, mas não parece nada além de assustador, nem um pouco amigável. "Vê-los se curvar diante de mim e me oferecer seu sangue pode fazer parecer que eu me deleito disto, mas com cada gota, as barreiras que me mantém aqui são fortalecidas... E sou forçado a contá-los seus futuros... Por Ele."

Ele... O Deus Eterno.

"Então está dizendo que o que disse a Zedkiel era o futuro dele? Porque ninguém te vê, quem entra aqui só tem uma visão, nunca te veem pessoalmente, mas com Zedkiel foi diferente, ele te viu..." Murmuro, pensativa.

"Exatamente, o que disse não tem nada a ver com meu futuro. Pareceu mais como um alerta acima de tudo..." Zedkiel se manifesta, com uma expressão também confusa.

"Um lapso momentâneo de julgamento..." Ele responde indiferentemente.

Então isso significa que ele disse algo que agora se arrepende?

"Se não foi o que disse, então qual era a visão real dele?" Pergunto.

Ele olha para nós dois quando Zedkiel de repente olha em seus olhos. "Ou você só disse isto para evitar que eu me tornasse um só com Evangeline?" Ele rosna ameaçadoramente.

Seu poder parece crescer junto de um rosnado sinistro. "Pense o que preferir! Eu lhe disse o que disse, e a verdade estava presente nisso... Mas foi tolo suficiente para não enxergá-la! Quanto ao seu futuro, sei que nada pode salvar alguém da morte." Ele ri amargamente.

"Você é amargurado pela rejeição de Selene... Já pensou que ela pode estar simplesmente irritada contigo por ter amaldiçoado sua própria filha e a sentenciar suas criações a condenação?" Zedkiel pergunta, frio como gelo.

Eu suspiro surpresa quando um rugido tremendo enche a caverna, o intensidade de seu poder quase me derrubando. Zedkiel me agarra, seus braços me envolvem de forma protetora enquanto ele ruge, sua própria aura cobrindo a caverna, com Raziel e ele se encarando.

"Você vai controlar essa raiva, agora!" Ele rosna.

Ambos se encaram, os olhos vermelhos ardentes de Zedkiel cheios de fúria, e sei que dentro dele Zerachiel também deve estar lutando para assumir o controle.

"Por favor, se não quiser nos ajudar, pelo menos nos diga o que as escrituras não dizem. Você esteve lá quando tudo aconteceu." Imploro para ele, com olhos suplicantes.

Posso sentir a angústia e a irritação de Evelyn, mas quando faço essa pergunta ela se acalma. Assim como nós, ela merece saber a verdade, é tudo que ela quer.

"Eu NUNCA vou ajudar nenhum de vocês." Ele uiva. "Agora saiam!"

'Não! Não! Diga a ele que preciso saber!' Evelyn grita internamente.

Sinto uma explosão de poder pela câmara e tanto Zedkiel e eu somos arremessados para longe do lago, e assim, o silêncio caiu. Sem mais sua aura, como se Raziel nunca estivesse aqui.

Sinto minha visão embaçar enquanto lágrimas escorrem pelo meu rosto, nós falhamos.

"Qual o problema?" Zedkiel pergunta, embora sua raiva esteja clara em seu rosto.

Balanço a cabeça, enxugando as lágrimas suavemente, e olho para as pontas dos dedos.

Não, estas lágrimas... Não são minhas.

É Evelyn...

Ela também está sofrendo.

Raziel pode ser o primeiro Alfa, mas ele... Ele virou as costas para todos nós, virou as costas para Evelyn.

"Precisamos ajudá-la." Sussurro.

Ele franze a testa antes de assentir e me puxar para perto.

"Pelo menos sabemos que este lugar não vale nada, nem nosso respeito, muito menos nossas crenças... Quando eu conquistar esse trono, vou encontrar um jeito de destruí-lo e, se não conseguir, então que fique selado para sempre!" Ele ruge de raiva, indo até a entrada, com sua mão segurando firme em minha cintura.

Olho por cima do ombro, para a caverna antes de deixá-la.

"Não pode ser só isso... Temos que nos esforçar mais!” Digo, tentando me afastar do aperto dele.

"Evangeline! Ele não quer ajudar ninguém, é só um condenado maldito pelos seus problemas, amargurado e cheio de ódio. Ele amaldiçoou a própria criança! E é culpa dele que a Evelyn tem o mal dentro dela!" Zedkiel explode de raiva.

Meu coração dispara e fico olhando para ele incrédula, como eu, ele ao menos acredita que Evelyn é do jeito que é por causa da maldição.

"Eu sei... E é por isso que quero tentar ter respostas."

Ele me interrompe quando agarra minha nuca e me beija com força.

"Eu sei, minha linda, eu sei. Mas nem todo mundo tem o coração puro como o seu." Diz antes de se afastar do beijo.

Me recuso a acreditar que este é o fim, não importa como, eu vou encontrar um jeito de voltar aqui e fazer com que ele me dê as respostas.

"O que foi agora?" Ele pergunta com calma, sua mão passado pela minha barriga, mordo o lábio, tentando não derreter com o toque dele.

"Nada." Respondo baixinho, conseguindo pegar a camisola roxa de cetim e uns shorts que queria.

"Regra nº 1, nada sempre significa alguma coisa, eu não sou estúpido." Ele murmura, beijando meu pescoço. Me apoio nele, sem conseguir mais ignorar o prazer que é sentir os lábios grossos dele na minha pele.

"Regra nº1 do que exatamente?" Pergunto, tentando não pensar no volume dele crescendo atrás de mim.

Urgh, agora não, não me distraia...

"Do manual de como entender as mulheres." Sinto sua voz entretida, neste momento, cometo o erro de olhar para ele, suspirando logo depois.

"Mulheres não tem manuais." Retruco, irritada e o empurrando para trás antes de ir até a cama.

Tiro minha blusa, eu não entendo, posso não ser tão forte quanto aquelas mulheres, mas ele não consegue tirar os olhos de mim!

Então por que estou me sentindo tão insegura quando ele fala com Isa?

Suspiro pesadamente, prestes a vestir minha camisola roxa, mas seus fortes braços me envolvendo, levantando meus saios para o ar.

"Oh? Seria muito mais fácil se você tivesse um, ou estou te deixando mais irritada ainda?"

"E quem disse que eu estou irritada?" Franzo a sobrancelha.

"Você está, minha sexy e tão pequena deusa." Ele sorri maliciosamente, por mais que eu queira continuar o encarando, não posso deixar de evitar sentir meu coração batendo com seu sorriso, ele me deixa louca.

Faço beicinho, me afastando dele e suspiro. Ele me puxa para mais perto assim que dou um passo, descansando o nariz no meu pescoço. "Então, me diga, por que está tão irritada? E sei que não é por causa do Raziel." Fecho os olhos quando os lábios dele passam pelo meu pescoço, o lambendo. Deixo um leve suspiro de prazer passar pelos meus lábios, mas ele para logo depois e sei que ele está esperando uma resposta minha.

"Talvez eu tenha ficado com um pouco de ciúmes. Mas só um pouco." Murmuro, desviando o olhar.

Ele enrijece um pouco antes de me soltar e me virar para encará-lo. "Ciúmes? De quem?" Pergunta confuso, o humor calmo e perverso dele some quando ele me encara.

Tenho até vergonha de admitir isso...

"Da Isa... Vocês dois estavam tão... Próximos." Mal consigo terminar, me achando uma idiota quando digo em voz alta, percebendo o quão louca eu pareço, mas é tarde demais para voltar atrás.

"Olhe para mim." Ele comanda, sua voz fria e eu lentamente olho para cima, meu coração batendo sem parar. Mas o que ele diz em seguida não é o que eu esperava. "Você é uma doida mesmo... Mas quer saber? Não me importo. Você fica tão sexy quando está com ciúmes."

Assim, ele não para de me beijar, me puxando para perto, o gosto do álcool em sua boca enquanto ele me empurra para a cama e monta em mim. Sua mão envolve minha garganta e ele se inclina para sussurrar com a voz rouca.

"Permita-me mostrar o quanto eu só tenho olhos para você, e só você."