Minha Esposa Muda romance Capítulo 1080

"Se você vender, eu te pago 500 mil."

O dono pensou um pouco, pois os itens danificados valiam apenas alguns milhares de reais. Portanto, quinhentos mil era um valor considerável para ele.

Ele voltou para consultar Thales, que usou a desculpa de precisar buscar seus documentos e partiu com a motocicleta que estava no quintal do dono, deixando o Land Rover para trás.

Ao voltar pelo mesmo caminho, Otávio já havia consertado o carro e estava esperando à beira da estrada. Pretinho e Bolinho também já haviam retornado.

Ao ver Thales descer da motocicleta, Otávio ficou novamente perplexo. Uma saída rápida e um Land Rover foi trocado por uma motocicleta. O que ele havia feito nessas poucas horas?

"Senhor, e o carro... onde está o carro?"

"Está na cidade."

"E as minhas coisas?"

Thales pegou o celular e itens importantes do carro, guardou no bolso e montou novamente na motocicleta. Olhando para Otávio, disse, "Você mesmo vai buscar."

Depois dessas palavras, ele acelerou a motocicleta e partiu, deixando Otávio confuso no mesmo lugar.

A motocicleta avançou rapidamente, com o horizonte da estrada se estendendo à frente, como se a estrada não tivesse fim.

Não se sabe quanto tempo passou, mas começou a escurecer.

Finalmente, Thales parou em um cruzamento. O lugar era vasto, e um caminho errado poderia significar uma longa distância sem saber o que esperar.

Por sorte, havia um posto de abastecimento próximo, e ele decidiu passar a noite lá.

Flavia, ao voltar, sentou-se na cama e observou o anoitecer, lembrando-se do carro que viu durante o dia.

A placa era de São Siena.

Inicialmente, não pensou muito sobre isso, mas agora, no silêncio, o número da placa e os dois cães invadiam sua mente, deixando-a inquieta.

Dirigir chamaria muita atenção, e com as estradas escorregadias à noite, ela não se sentia segura ao volante. O cavalo era uma opção mais prática.

O carro de Marcelo não estava rápido, e Flavia, tomando um atalho pelo campo, logo o alcançou.

De longe, ela viu o carro dele parar em um cruzamento e, em seguida, desligar os faróis.

Devido à distância, era impossível ver o que Marcelo estava fazendo depois que as luzes se apagaram.

O posto de abastecimento tinha acomodações, e Thales acabou ficando em um dos lugares, que mais se parecia com uma pousada do que um hotel propriamente dito.

Sentado diante da janela, ele não conseguia parar de pensar nas pessoas que viu durante o dia, impossibilitado de dormir.

Todas as luzes estavam apagadas, exceto por um abajur na mesa, cuja luz fraca apenas iluminava o canto onde ele estava.

Olhando para fora, na escuridão, parecia que algumas pessoas entravam na pousada.