Minha Esposa Muda romance Capítulo 1082

Embora ele tenha usado um silenciador, o som ainda era consideravelmente alto naquela sala tão silenciosa.

Não acertou o primeiro tiro, e quando estava prestes a disparar o segundo, Thales, segurando uma faca, lançou-se primeiro em sua direção.

A curta distância, a arma de fogo na verdade não tinha vantagem, e Marcelo não teve tempo de disparar o segundo tiro, tendo que se esquivar do ataque lateralmente.

Ele optou por não usar a arma e, não se sabe de onde, tirou uma faca, começando assim uma luta com Thales.

A acústica do quarto era ruim, e os dois fizeram barulho batendo e chocando-se no quarto, até que alguém do quarto ao lado bateu na parede com o punho.

Na primeira batida, eles derrubaram uma cadeira, e na segunda, quebraram uma mesa de madeira, fazendo ainda mais barulho.

A pessoa do quarto ao lado ficou furiosa e gritou: "Que loucura é essa no meio da noite, não dá para deixar as pessoas dormirem?!"

Mas isso não teve efeito.

O recepcionista do andar de baixo também foi acordado pelo barulho de cima, e não demorou muito até que alguém batesse à porta.

Marcelo acertou Thales no abdômen com um soco, fazendo-o recuar vários passos até bater na parede.

Apoiando-se na parede, Thales começou a empalidecer novamente, com suor frio brotando de sua testa e sua respiração se tornando cada vez mais ofegante.

Vendo isso, Marcelo soltou uma risada, "Já está assim tão rápido? Precisa que eu te dê um cilindro de oxigênio?"

Ele percebeu imediatamente que Thales estava com falta de oxigênio e, naquele momento, decidiu não se apressar, ficando parado lá, de braços cruzados, assistindo Thales sofrer com a asfixia.

As pessoas do lado de fora ficaram por um momento, e, ao confirmarem que não havia mais barulho, viraram-se e foram embora.

Ouvindo os passos se afastando, Marcelo riu ainda mais abertamente, "Nem vai pedir ajuda, a pessoa já foi embora."

Thales balançou levemente, apoiando-se na parede para manter-se estável, as veias dos braços que seguravam a parede se destacando.

Ignorando a dor em seu corpo, ele se levantou com dificuldade, correu para dentro da pousada, fechou a porta e saiu pela porta no final do corredor lateral.

Ele montou em uma motocicleta, ligou o veículo e disparou em direção à grande planície.

Quando os assassinos chegaram, ele já estava bem longe.

Lembrando das palavras de Marcelo, eles não se atreveram a deixá-lo escapar e imediatamente procuraram um meio de transporte para perseguí-lo.

Thales dirigia completamente no instinto, não conseguindo ver nada claramente, tudo à sua frente estava embaçado, ele nem mesmo sentia que estava dirigindo.

A motocicleta zigzagueava pelo campo, sem destino definido.

Minutos depois, ele atingiu seu limite, tropeçou em uma encosta íngreme e, num instante, tanto ele quanto a motocicleta foram lançados para o ar.