Minha Esposa Muda romance Capítulo 1145

Thales observou o ponto de exclamação na tela por um longo tempo, até que de repente soltou uma risada.

Mas foi apenas uma risada breve, pois assim que seu sorriso se dissipou, seu rosto revelou apenas irritação e frieza.

Ele jogou o celular no assento do passageiro com um movimento brusco da mão.

Bianca saiu do banho e correu para a cama em dois ou três passos, dizendo: "Vamos dormir, amanhã vamos à praia nadar."

Flavia apagou as luzes e deitou-se na cama também.

São Siena, prisão feminina.

Gabriela Duarte vestia uma roupa simples, a mesma que ela trocou ao ser presa, que agora estava desbotada.

O sol brilhava forte lá fora, iluminando seu rosto magro, que parecia muito diferente de três anos atrás.

Já fazia muito tempo que ninguém vinha visitá-la, e ela desconhecia as mudanças no mundo exterior.

Ela esperava que alguém a estivesse esperando do lado de fora quando fosse liberada, se não Thales, ao menos sua mãe, mas a entrada da prisão estava deserta.

Gabriela hesitou por um momento, pensando que talvez não tivesse visto direito, então procurou cuidadosamente ao redor mais uma vez, mas ainda assim não viu nenhum rosto familiar.

Ela se sentiu perdida e até um pouco irritada.

Sem um centavo no bolso, ela nem sabia como voltar para casa.

Ela ficou parada por um momento, depois começou a caminhar pela calçada, por um longo tempo, com a paisagem deserta se estendendo à sua frente.

Quando estava prestes a explodir de frustração, um carro preto acelerou em sua direção e parou diante dela.

Gabriela olhou esperançosamente para o veículo, fixando os olhos na pessoa que saía do carro.

Mas ao ver o estranho, a alegria em seu rosto desapareceu instantaneamente.

"Srta. Duarte, por favor, entre no carro."

Gabriela olhou para ele com desconfiança, "Quem é você?"

E seu estado também parecia anormal; o olhar da criança estava vazio, ele continuava sorrindo bobamente para um ponto fixo, deixando saliva escorrer sem se limpar, o que não é típico de uma criança de quatro anos.

Gabriela balançou a cabeça, atônita, "Isso, isso não é meu filho."

"Ele é, de fato, seu filho. Se você quiser, pode fazer um teste de DNA."

Essas últimas palavras caíram como um golpe, fazendo suas pernas fraquejarem, quase a fazendo cair no chão.

Seu filho, tão lindo, tinha se tornado isso?

Gabriela olhou para a criança por um longo tempo, mas no final, não conseguiu se forçar a deixá-lo. Ela caminhou até ele com passos pesados.

Quando se aproximou, a criança continuou como se não a visse, balançando no cavalo de madeira e rindo em seu próprio mundo.

As lágrimas nos olhos de Gabriela finalmente caíram.

Antes de ser libertada, ela havia imaginado cem vezes como Breno teria crescido, mesmo sabendo que ele poderia não ser filho de Marcelo, mas ele ainda era o bebê que ela carregou por nove meses e pelo qual ansiava todos os dias.