Minha Esposa Muda romance Capítulo 142

A porta que havia quebrado anteriormente, por alguma razão, já havia sido consertada e estava amplamente aberta convidando-a para dentro, como a boca gigante de um abismo demoníaco, esperando que ela caísse na armadilha voluntariamente.

Ela caminhou com passos difíceis e, no momento em que entrou pela porta, o medo a atingiu em cheio.

Flavia tremia inteira, o medo a impedia de avançar. Ela se virou tentando sair, mas Lucas fechou a porta antes dela.

Com um "bang" - a porta se fechou firmemente, cortando a última visão de luz que ela tinha.

Flavia enfraqueceu e caiu sentada no chão.

A sensação de estar enclausurada em um espaço pequeno e abafado a envolvia por completo, como se fosse um casulo.

Sentada no chão, abraçava seus joelhos, fechava os olhos tentando não pensar que estava em um quartinho de despejo escuro.

Seus lábios se moviam silenciosamente, tentando se confortar.

Não tenha medo... não tenha medo...

Ela se lembrou do homem que já havia dito isso a ela, abraçando-a e a confortando suavemente: está tudo bem, Vivi, não tenha medo.

Flavia se encolhia, falando silenciosamente com a pessoa imaginária: eu não tenho medo.

Contanto que se convencesse disso, não teria medo.

Foi isso que ele havia dito a ela.

...

Depois de deixar a vila, Thales foi diretamente para a empresa.

Lucas seguiu logo atrás e alcançou Thales, entraram juntos no elevador.

"Presidente Duarte, o Gerente Ferro já foi detido. Se as contas estiverem certas, ele provavelmente será preso."

Thales, com as mãos nos bolsos, encostado na parede do elevador, não respondeu.

Rosana, sabendo que ele iria viajar, correu para a empresa mancando e insistiu para ir com ele.

"Thales, me leva com você. Afinal, estou com o pé machucado e não posso trabalhar. Seria bom para me distrair."

Thales, irritado, ajustou sua gravata e a olhou com desdém: "Estou indo a trabalho, não a passeio."

"Eu sei, mas só quero ir com você. Você vai trabalhar, e eu vou me divertir. Não há conflito nisso." - Rosana disse, manhosa, abraçando seu braço.

Thales sentou-se no sofá, olhando para o pé machucado dela, que havia inchado. Embora o inchaço tivesse diminuído, ainda era possível ver vermelhidão.

Ele quase riu: "Você está machucada desse jeito e ainda pensa em diversão? Não se importa com a sua perna?"

Rosana sentou-se ao lado dele, sorrindo: "Só quero estar com você. Você vai ficar fora três dias, e eu vou sentir sua falta."

Antes que Thales pudesse responder, a porta do escritório se abriu e Carolina entrou, caminhando com seus saltos altos.

"Presidente Duarte, está na hora de ir."