Minha Esposa Muda romance Capítulo 1715

“Já faz tanto tempo, como eu saberia onde ela está? Você não deve achar que eu fico o dia todo de olho nela, né?”

Flavia ponderou por um momento, percebendo que ele tinha razão, e acabou sendo convencida por ele.

No entanto, a pessoa que ela viu há pouco realmente a fez ter a ilusão de que era Bianca. Ela quase acreditou que aquela pessoa era Bianca.

Ela suspirou. Embora Thales tivesse dito aquilo, ela ainda se sentia um pouco insatisfeita e queria procurar por perto. Não importava se a pessoa era ou não Bianca; encontrá-la e confirmar seria suficiente.

Se não fosse, paciência, mas e se fosse mesmo?

Afinal, ninguém sabia onde Bianca estava, e se ela estivesse por ali, ninguém mais saberia.

Pensando nisso, Flavia apressou o passo, seguindo na direção que poderia levá-la tanto para cima quanto para baixo.

Ela primeiro subiu para dar uma olhada. Lá em cima, só havia brinquedos e coisas para crianças. Se fosse Bianca, ela certamente não estaria passeando por ali à toa, então só podia ser embaixo mesmo.

Flavia então voltou-se para descer.

Ela subia e descia, procurando por todos os lugares possíveis, mas infelizmente não encontrou nada.

Como Thales havia dito, ela apenas confundiu a pessoa; aquela não era Bianca.

Exausta, ela sentou-se em uma cadeira e olhou para Thales.

Ele ainda estava bem atrás, caminhando tranquilamente, em completo contraste com a ansiedade de Flavia.

Depois de um tempo, Thales finalmente chegou ao lado dela. "E então, encontrou?"

Flavia olhou para ele sem palavras. "Se eu tivesse encontrado, ainda estaria sentada aqui?"

Thales sentou-se ao lado dela, tentando acalmá-la. "Não adianta se desesperar, ficar ansiosa não vai ajudar a encontrar ninguém."

"E o que eu devo fazer? Ficar aqui andando à toa, comer e beber, e talvez encontrá-la assim?"

Thales ficou sem resposta. "Tudo bem."

Claramente, Flavia estava de mau humor, e ele sabiamente decidiu não insistir.

Pablo havia se trancado no quarto o dia todo. Bianca achava que ele tinha comido frutos do mar demais e, por isso, estava de mau humor e se trancara por birra.

Então, ela fez questão de trazer comida de fora. Ao entrar, perguntou baixinho a Ismael, "Ele não saiu hoje?"

Ismael balançou a cabeça, confuso. "Não, eu chamei várias vezes, mas ele não saiu."

"Que estranho." Bianca foi até a porta, levantou a mão e bateu. "Pablo, eu trouxe frango apimentado e carne de porco refogada. Quer comer?"

Não houve resposta. Bianca olhou novamente para Ismael. "Será que aconteceu algo com ele?"

"Não pode ser, né?"

Ambos acharam estranho. Afinal, ele não tinha celular e não havia saído de casa; o que poderia ter acontecido?

Bianca insistiu, "Pablo, está tudo bem? Se você não abrir a porta, vamos entrar."

Além disso, ele saiu de casa bem, mas voltou estranho, foi muito esquisito.

"Como ele poderia estar resolvendo o celular, será que ele ligou para alguém?"

"É possível."

Bianca arqueou a sobrancelha, olhando-o com impaciência, "Além de dizer 'é possível', você consegue dizer outra coisa?"

Ismael encolheu os ombros, "O que eu deveria dizer?"

"Deixe pra lá, de qualquer forma, amanhã eu vou embora, você que se vire."

Ismael suspirou, com Bianca indo embora, ele teria que lidar com o chefe sozinho?

O chefe agora estava em outra situação, e isso o deixava um pouco nervoso.

Lá de dentro, ainda não houve resposta.

Ismael começou a ficar preocupado, "Chefe, não faça nenhuma besteira, estou contando com você para se reerguer, pelo menos fale alguma coisa comigo!"