Minha Esposa Muda romance Capítulo 1716

"Chefe, foi alguém que te disse algo? Ou será que aquele sujeito que roubou o celular chamou a polícia para te pegar? Se for aquele cara, eu juro que acabo com ele agora mesmo!"

...

O silêncio permanecia, o que era um pouco fora do comum para o chefe que ele conhecia. Antes, não importava o perigo que enfrentasse, mesmo em situações de vida ou morte, ele nunca havia sido tão pessimista. Se alguém quisesse matá-lo, ele certamente xingaria e levaria a pessoa junto com ele.

Definitivamente não ficaria escondido como agora, como um covarde.

A única explicação que Ismael conseguia imaginar era que ele talvez estivesse com o coração partido. Mas o problema era que ele nem sequer tinha namorada. Como poderia estar sofrendo de desilusão amorosa?

Não conseguia entender, realmente não conseguia entender.

Ismael falou até ficar com a boca seca na porta, e mesmo assim Pablo não emitiu um som, deixando Ismael sem saber o que fazer.

"Chefe, você não está pensando em me abandonar e fugir sozinho, está?"

"Por favor, não faça isso. Agora que eu também sou um fugitivo, sem você, não vou durar muito."

Ismael suspirou, vendo que ele realmente não respondia, e acabou se virando e voltando para o sofá de forma constrangida.

Agora ele também não conseguiria dormir. Ismael passou a noite toda sentado no sofá, com os olhos fixos na porta do quarto. Pablo não apareceu em momento algum, e a comida deixada na porta já estava fria há muito tempo.

Pela manhã, Bianca arrumou suas coisas. Com uma mala atrás de si, ela saiu e viu a refeição intocada à porta, exclamando surpresa, "Ele não saiu a noite toda?"

Ismael lançou-lhe um olhar desanimado, assentindo, parecendo um homem prestes a chorar. Bianca olhou para ele com simpatia, abriu a boca sem saber o que dizer, "Vocês cuidem de si, eu vou contar para a Flavia quando voltar."

Ela realmente estava sem dinheiro agora, e continuar ali significaria morrer de fome. Depois de tanto tempo fora, também estava com saudades de casa.

Como Pablo estava claramente passando por algo desconhecido, ela não se atreveu a continuar com eles, optando por se afastar.

Apesar de terem passado poucos dias juntos, Ismael sentia uma pontada de saudade, "Bianca, você vai voltar para nos ver?"

Bianca ponderou, "Não é certo, mas fique tranquilo, assim que eu tiver dinheiro, farei uma transferência para aquela conta. Guarde bem o cartão, se perdê-lo, vocês podem não receber o dinheiro."

Ao ouvir isso, Ismael pegou o cartão, olhou para ele e assentiu com seriedade, "Não se preocupe, cuidarei bem dele!"

"Ok, estou indo. Não precisa me acompanhar, cuide dele para que nada aconteça."

"Tá bom!"

Bianca hesitou por um momento, mas acabou saindo com sua mala.

Thales, com os olhos fechados, nem levantou as pálpebras. "Seu ronco estava muito alto, realmente não consegui dormir muito."

Flavia ficou surpresa. "Eu ronco?"

Se fosse verdade...

Seus rosto ficou instantaneamente vermelho. Que vergonha!

"Você não só ronca, como também range os dentes." Ele disse com os olhos ainda fechados, a voz soando sonolenta, como se estivesse falando sem perceber.

O rosto de Flavia ficou ainda mais quente. "Você está inventando, como é que eu não sei disso?"

"Como você saberia se está dormindo?"

"Então, à noite vou gravar enquanto durmo. Se eu não roncar ou ranger os dentes como você disse, você vai se ver comigo!"

Thales de repente abriu os olhos, sentou-se e puxou Flavia para o seu abraço. "Não se preocupe, eu não me importo com isso."