Minha Esposa Muda romance Capítulo 232

Eliana dirigiu até uma área remota nos subúrbios, onde teve que caminhar bastante, chegando quase à meia encosta.

Ali, muitas casas antigas, abandonadas após seus antigos moradores se mudarem, jaziam entre ervas daninhas, com estruturas completamente colapsadas.

Ao sair do carro, ela prosseguiu a pé, enfrentando dificuldades.

Com o coração aflito, ela verificou o celular e notou a falta de sinal. Guardou-o e continuou sua caminhada.

Eliana não sabia onde seus filhos poderiam estar, tendo que procurar em cada quarto disponível.

As casas, espaçadas entre si, foram minuciosamente buscadas, exceto aquelas já completamente arruinadas.

No entanto, ela não encontrou.

Chamando seus nomes em prantos, ela não recebeu resposta.

"Eu segui suas instruções e vim aqui, onde estão meus filhos?!" - ela clamou.

"Deixe-me ver meus filhos!"

Eliana, desesperada, tropeçou e caiu no chão, chorando amargamente.

Havia muitos insetos na grama. Antes, isso a teria feito saltar, mas agora, ela os observava com um olhar distante, preocupada apenas com a segurança de seus filhos.

Se fosse possível, ela preferiria ser sequestrada no lugar dos filhos dela.

Quando o desespero a consumia, ela ouviu vagamente a voz de uma criança.

Eliana enxugou as lágrimas e, concentrando-se, seguiu o som do choro que vinha com o vento frio.

Cheia de esperança, ela se levantou rapidamente, abandonando sua bolsa, e correu em direção ao som.

Finalmente, ela ouviu o choro de seus filhos em uma casa prestes a desabar.

Sem hesitar, Eliana empurrou a porta e viu seus dois filhos amarrados a um poste.

"Allan... Rita!" ela correu até eles, tropeçando.

Ambos estavam vendados e começaram a chorar mais alto ao ouvir sua voz.

O choro das crianças e o som das correntes ecoavam pela montanha.

O fogo se espalhava pelas paredes e pelo teto, avançando para dentro.

Eliana, usando todas as forças, tentava em vão soltar as correntes.

Desesperada, ela gritava, batendo com uma pedra nas correntes.

"Ahh!!"

"Por que não consigo quebrá-las?!" - Eliana gritava em desespero.

Seus filhos estavam ali, ela os havia encontrado, mas não conseguia salvá-los.

Ela assistiu, impotente, o fogo se alastrar, iluminando toda a sala em um tom vermelho.

"Mamãe, cof cof... é difícil respirar."