Minha Esposa Muda romance Capítulo 502

Mesmo com um leve sorriso, Flavia percebeu que a pessoa que ela procurava... realmente não poderia mais voltar.

Seu pulso foi agarrado, arrancado de seu rosto, e os cantos da boca do homem voltaram a formar uma linha fria e dura.

"Flavia, vou dizer mais uma vez, pare de fazer joguinhos comigo, fique aqui quietinha. Não importa se eu sou ou não quem você quer, de agora em diante, serei apenas eu, entendeu?"

Ouvindo suas palavras, Flavia franziu a testa lentamente, e uma faísca de raiva apareceu em seus olhos.

Ela de repente torceu seu pulso, tentando fortemente retirar sua mão.

Mas a mão do homem era como um alicate, aprisionando-a firmemente. Ele puxou Flavia para si, segurou seu queixo e disse: "Você entendeu?"

Flavia sacudiu a cabeça freneticamente, começando a lutar, desesperada para escapar desse homem.

Thales, perdendo a paciência, a pegou e a carregou escada acima.

Ele chutou a porta do quarto, jogou-a na cama e, antes que Flavia pudesse levantar, segurou seus pulsos e a pressionou de volta.

"Vou perguntar mais uma vez, quem sou eu?"

Com os olhos cheios de lágrimas, Flavia olhava para os olhos frios dele, virando a cabeça para não olhá-lo.

Ela não reconhecia essa pessoa como Thales.

Como se ele deixasse de ser ele ao não reconhecê-lo.

Thales forçou seu rosto a olhar para ele, encarando seus olhos, palavra por palavra: "Você sabe muito bem quem eu sou, pensa que pode enganar a si mesma ao não me reconhecer, fingindo que o Thales de antes ainda está aqui?"

Flavia hesitou, esquecendo-se de lutar.

"Flavia, não dá para voltar atrás, você entende?" - Sua voz suavizou.

Ele se inclinou sobre o pescoço de Flavia, mais falando consigo mesmo do que com ela.

"Já chega de fazer cena."

Seu hálito quente soprou no ouvido de Flavia, carregado de um profundo cansaço, e sua voz quase se perdeu no final.

Suas palavras fizeram as lágrimas de Flavia rolarem.

Ela não podia aceitar, como ela poderia aceitar...

Ele disse suavemente: "Não dá para voltar, você entende?"

As lágrimas de Flavia caíram ainda mais, ela soluçava, chorando incontrolavelmente.

Ela gesticulou: Então, o que eu faço?

Sua voz estava rouca, mais de desamparo do que qualquer outra coisa: "Então me diga, o que deveríamos fazer?"

Flavia respirou fundo, engolindo o choro dolorido, sentindo como se houvesse uma pedra pesada em seu peito.

Ela olhou nos olhos escuros do homem, e após um longo momento, gesticulou: Então vamos nos afastar ainda mais, você segue em frente, e eu volto.

"Voltar, para onde?"

Flavia não respondeu, apenas olhou profundamente para ele, seus dedos traçando cada detalhe do rosto do homem.

Para onde ela iria...

Claro, ela iria procurá-lo, já que ele não podia voltar, ela iria encontrá-lo.