Minha Esposa Muda romance Capítulo 525

Victor segurava o celular com os dedos tão brancos que pareciam prestes a esmagá-lo.

Luan não era apenas seu amigo, mas também seu irmão. Victor o conhecia desde que Luan tinha dez anos e sempre o tratou como um irmão de sangue.

E Luan, por tantos anos, considerando-o a pessoa em quem mais confiava.

Independentemente do que Victor pedisse, mesmo que fosse subir uma montanha de facas ou mergulhar em um mar de fogo, Luan obedeceria sem hesitar.

A relação entre eles ultrapassava a amizade. Victor nunca imaginou que Thales não atacaria diretamente a família Martins, mas sim escolheria Luan, a opção de menor custo e mais controlável para ele.

Após um grito horrível de Luan ao telefone, ele implorou, com a voz rasgada pelo choro: "Victor, não se preocupe comigo, vá embora rápido!!" - Luan chorava de dor, mas mesmo assim, insistia para que Victor fosse embora.

Esse homem era um demônio. Se Victor voltasse, com certeza não teria um bom destino.

Thales, relaxado em sua cadeira, ao ouvir as palavras de Luan, não se enfureceu.

Ao contrário, um sorriso se formou em seus lábios.

"Victor, seu tempo está acabando. Você pode ir, quanto mais longe, melhor. Mas, por favor, não se arrependa no caminho, ou então perderá tudo."

"Você é louco, realmente pensa que pode fazer o que quiser sem consequências!?"

Thales riu: "Precisa que eu chame a polícia para você?"

Essas palavras deixaram Victor sem palavras. Thales era absurdamente arrogante, a ponto de ser revoltante.

Se quem estivesse capturado fosse Hélder, ou se outra pessoa ligasse para a polícia, talvez fosse útil.

Mas Luan...

Ele era apenas um órfão, sem pai nem mãe.

Victor desligou o telefone com força, segurando o volante enquanto suas veias saltavam na testa. Flavia o observava com preocupação.

Depois de um momento, ela tocou de leve a manga de Victor, gesticulando: Desculpa.

Ele certamente começaria cortando os dedos de Luan, um por um. Com esse pensamento, os olhos de Victor se encheram de lágrimas, e ele acelerou, dirigindo o mais rápido que podia.

Flavia também estava inquieta, sem entender por que Thales havia se tornado o que era agora. Ele, claramente, não era assim antes.

Lucas também achava que Thales provavelmente tinha enlouquecido. Naquele momento, ele estava no orfanato, sem ter levado Luan consigo.

E no orfanato, havia muitas outras crianças e funcionários.

Mas, agora, todas essas crianças haviam sido levadas de volta pela diretora, escondendo-se e não ousando sair.

Eles estavam agora nos fundos do orfanato, em um armazém cheio de entulho, com tudo desorganizado ao redor.

Luan estava no chão, com o polegar esquerdo já cortado, sangrando profusamente, tingindo o chão de vermelho.

Thales sentava-se confortavelmente em uma cadeira, com as pernas cruzadas, fumando calmamente.

A seu lado, cerca de dez guarda-costas fortes observavam Luan, todos com expressões impassíveis.