Minha Esposa Muda romance Capítulo 526

À esquerda de Luan, estava de pé a Diretora Rocha, uma mulher de meia-idade, quase sessenta anos, com cabelos grisalhos.

Observando a dor de Luan, os olhos dela se encheram de lágrimas.

Ela não ousaria se aproximar para estancar o sangue de Luan, pois Thales havia dito que, se ela fizesse qualquer movimento, Luan perderia mais do que apenas os dedos.

Além disso, havia tantas crianças dentro da casa à frente, ela não podia correr o risco e só podia observar Luan sofrer.

Thales lançou um olhar para o seu relógio de pulso, falando de maneira indiferente: "Dez minutos se passaram."

Ao ouvir isso, Lucas sentiu um calafrio, mas mesmo assim fez um sinal para o segurança ao lado. O segurança entendeu, sacou uma faca de seu cinto, agachou-se diante de Luan e, sem dizer uma palavra, cortou os dez dedos de Luan outra vez.

Luan, que já havia desmaiado, gritou novamente com uma dor insuportável, um grito que ecoou longamente no silêncio do armazém. Era arrepiante ouvir.

Enquanto isso, Victor, que corria pela estrada, sentiu uma dor no coração.

Ele olhou para o relógio no painel, com lágrimas girando loucamente em seus olhos vermelhos. Os dedos de Flavia também estavam apertados.

A velocidade de Victor era tão alta que a força da aceleração quase jogava Flavia para fora.

Ela pressionava o coração que pulava loucamente, ainda não querendo acreditar que o Thales que conhecia pudesse ser tão cruel.

A imagem daquela face fria passou pela mente de Flavia, ela fechou os olhos.

Sim, o Thales de agora não era a pessoa que ela conhecia. Ele era apenas outra pessoa com a aparência mesmo de Thales.

A estrada estava silenciosa, assim como o armazém.

Luan desmaiou pela segunda vez, deitado no chão, seu rosto tão pálido devido à perda de sangue que quase parecia transparente.

Até mesmo Lucas, que estava ao lado, não pôde evitar ficar nervoso, observando ansiosamente a porta do armazém, esperando que Victor chegasse rapidamente.

O terceiro intervalo de dez minutos estava quase acabando.

Thales olhou para ela de cima.

Diretora Rocha, com lágrimas escorrendo, curvou-se, implorando a Thales: "Sr. Duarte, Luan ainda é uma criança, por favor, poupe-o. Corte meus dedos, afinal, já sou velha, corte os meus!"

Thales a observou calmamente, inabalável diante de seus apelos.

Ele disse: "Por que a pressa? Chegará sua vez em breve." - Um sorriso cruel surgiu nos cantos de sua boca: "Acho que ele não aguentará até Victor voltar."

O sangue já havia se espalhado muito, quase submergindo Luan completamente.

Ao ouvir isso, Diretora Rocha caiu sem forças no chão.

Ela viveu tantos anos, mas nunca tinha visto alguém tão cruel e sádico.

Thales levantou os olhos, encarando o segurança que ainda estava atordoado: "O que está esperando?"