Minha Esposa Muda romance Capítulo 601

Marcelo lançou um olhar de esguelha para Thales.

Thales apresentava uma expressão tranquila, aparentemente sem intenção de discutir aquele assunto.

Contudo, Marcelo sorriu: "Essas informações não são algo que se conheça apenas por ouvir falar. Parece que o senhor Fausto tem fontes de informação bem interessantes."

Fausto deu de ombros, sem negar.

Ele passava anos no mar, e naturalmente sabia de muitos acontecimentos de várias partes do mundo.

Não demorou muito até que um subordinado se aproximasse para reportar: "Fausto, não encontramos essa senhorita."

Sem câmeras no cruzeiro, era difícil encontrar alguém em meio a tantas pessoas.

Fausto franziu a testa: "Procurem mais um pouco!"

O homem hesitou, mas concordou e se retirou.

Fausto olhou para os dois homens, dizendo com certo constrangimento: "Senhores, se é possível a pessoa que vocês procuram não estar aqui?"

"Com o cruzeiro parado no mar, estamos perdendo tempo, e receio que isso não vá bem na entrega."

Marcelo respondeu: "Já dissemos, assim que encontrarmos a pessoa, iremos embora de imediato. Como viemos até aqui, significa que ela está a bordo. Se o senhor Fausto achar incômodo, podemos procurar por conta própria."

A expressão de Fausto tornou-se mais severa, e o clima ficou um pouco tenso, embora não fosse o momento para conflitos abertos.

Com uma expressão séria, ele falou após um momento: "Então vamos procurar por mais meia hora. Se não encontrarmos em meia hora, teremos que partir de qualquer maneira."

"Está bem." - Thales inclinou-se para trás e acendeu um cigarro.

Marcelo não disse mais nada.

Ele esperava por um conflito, mas as coisas pareciam mais fáceis do que antecipava.

Parecia que Fábio e este Fausto não tinham ligação alguma. Nesse caso, talvez não fosse necessário envolver mais pessoas.

Fábio estava no convés superior, encostado na grade, acendendo um cigarro.

O vento do mar bagunçava seus cabelos.

Os iates ainda circundavam o cruzeiro.

André se aproximou, também acendeu um cigarro e, encostando-se à grade, perguntou: "O que você está planejando, afinal?"

Não havia um lugar melhor para cometer um assassinato do que no mar.

"Mate-o, e eu lhe darei cem milhões."

Os olhos de André se arregalaram, quase não acreditando no que ouvia.

Cem milhões!

Quanto vale a vida de uma pessoa para valer tanto?

Mas, pensando bem, independente de quem fosse, por cem milhões até mesmo o rei dos céus não escaparia hoje!

O que ele estava fazendo agora não era por acaso arriscado?

E no mar, seria perfeito para ocultar qualquer evidência, literalmente como encontrar dez milhões.

"Combindo! Por esses cem milhões, até o rei dos céus morreria hoje!" - André jogou o cigarro no mar e virou-se para entrar no navio.

Ele olhou para Flavia, adormecida no sofá, mandou que a levassem para esconder bem, garantindo que aqueles homens não a encontrassem.