Minha Esposa Muda romance Capítulo 847

O toque do celular continuava zumbindo ao lado de sua orelha, como se perfurasse seus sonhos.

Era como o sino que tocava antes das aulas, instando-a a se apressar para a sala de aula.

Flavia, em seu sonho, ainda estava tentando terminar sua lição de casa, mas havia tanta que ela não conseguia acabar, e no sonho, ela começou a chorar desesperadamente.

Chorando, ela acordou.

O toque do celular se tornava cada vez mais alto, ela abriu os olhos e virou a cabeça, e quando viu Thales, ficou perplexa por um momento.

Depois, lembrou-se do que ele havia dito antes, e sua expressão escureceu novamente, misturada com um certo pavor.

Thales desligou o telefone e colocou o celular de lado casualmente.

"Está com fome?"

Flavia assentiu, tentando se levantar, mas percebeu que não tinha forças e caiu de volta na cama sem forças.

Thales chamou Lídia para trazer o café da manhã e ajudou Flavia a se sentar, levando uma colher de mingau até sua boca.

Flavia hesitou, olhando para ele, mas talvez estivesse realmente com muita fome, não se importando se o homem à sua frente era amigo ou inimigo, abriu a boca e tomou a colherada de mingau.

Thales alimentava-a com mingau calmamente, e Flavia comia em silêncio.

Após terminar, ele perguntou: "Quer mais?"

Flavia balançou a cabeça, apoiando-se na cama, sem forças no corpo.

Thales então trouxe a ela uma tigela de um remédio escuro, e ao ver aquilo, Flavia começou a sentir náuseas, um pouco de vontade de vomitar.

"Bebe, vai te fazer bem rápido."

O nariz de Flavia ficou sensível, ela balançou a cabeça: "Você está mentindo."

Thales hesitou por um momento.

"Eu tomei tanto, mas ainda me sinto mal."

"Você também não me leva para casa."

"Você ainda mentiu para o meu pai..."

Enquanto Flavia falava, as lágrimas começaram a correr pelas suas bochechas.

Ela estava tão fraca que suas palavras saíam entrecortadas, parecendo uma pessoa idosa à beira da morte.

Um sorriso finalmente apareceu no rosto de Flavia: "Você vai me levar para casa."

"Sim."

Ele soltou a mão dela e entregou o remédio: "Bebe isso agora."

Flavia ficou em silêncio por um momento, mas ainda assim, engoliu a náusea e pegou o remédio, bebendo-o como se fosse um castigo.

Ela não conseguiu engolir a última colherada, o gosto amargo e sufocante do remédio invadiu sua boca e nariz, e ela se virou abruptamente para o lado da cama, vomitando tudo que estava em sua boca e estômago.

Thales tinha uma expressão complicada, batia nas costas de Flavia.

Depois de vomitar por alguns minutos, com um gosto amargo dominando sua boca, Flavia se deitou na beira da cama, incapaz de se levantar.

Thales a ajudou a se sentar e tirou um pirulito do bolso, abrindo a embalagem e colocando na boca dela.

Mordendo o pirulito, Flavia limpou as lágrimas do rosto, olhando para ele com rancor.

Ela detestava aquele gosto.

Lá fora, o sol estava perfeito, a luz entrava pela janela, iluminando seu rosto pálido.