Minha Esposa Muda romance Capítulo 922

"Qual é a relação disso contigo, sendo que você acabou de chegar? A Filomena sempre foi assim, constantemente fazendo o Gonçalo parar de trabalhar."

Simone olhou ao redor, certificando-se de que todos haviam ido embora, antes de sussurrar para ela, "O Gonçalo sempre quis mudar de equipe, mas o Sr. Rocha não concorda, e ainda por cima, protege a Filomena a todo custo. Todos nós suspeitamos que a Filomena tem um caso com o Sr. Rocha."

"Ah?" Flavia ficou surpresa, não esperava ouvir tal fofoca.

"Não espalhe isso, viu? Eu também só ouvi esses boatos, não sei se são verdadeiros. Ontem, a Presidente Duarte esteve aqui, né? Eu sinto que ela tem uma conexão mais forte com a Presidente Duarte."

A visita da Presidente Duarte ontem já era algo ilógico e contra o senso comum, e onde há fumaça, há fogo. A única explicação seria se ela tivesse algum envolvimento com a Filomena.

Flavia apenas pressionou os lábios, sem expressar sua opinião.

"Parece que não temos muito o que fazer esta tarde, Flavia, você quer sair para se divertir ou prefere ir para casa?"

Flavia ficou em silêncio por um momento, balançando a cabeça: "Não sei, não quero ir para casa."

"Se não quer ir para casa, então vem comigo dar uma volta no shopping, hehe, acabei de receber meu salário, que tal eu te convidar para um bubble tea?"

Na verdade, Flavia queria ir ao hospital, mas como acabara de sair de lá, decidiu ir ao shopping com Simone.

Ela mal conseguia lembrar a última vez que foi às compras. Provavelmente foi antes do Ano Novo, na Cidade da Paz, ou antes de se casar com o Thales, quando ele ainda não tinha uma namorada.

Naquela época, sempre que ele estava livre, a levava para sair, assistir filmes, comer coisas gostosas, ir a parques de diversões. Ele conhecia mais lugares do que ela.

Ele era como um mapa vivo; sempre que ela queria comer algo, ele sabia exatamente onde encontrar o melhor lugar, fosse em uma rua movimentada ou em um beco deserto. Não havia lugar que ele não pudesse encontrar.

Aqueles anos foram o único tempo de felicidade enquanto ela vivia sob o cuidado de outros.

E também foi a única luz na sua vida.

"O aluguel é três mil, alimentação vamos colocar dois mil, depois tem o transporte, sem contar táxi, dá uns trezentos, mais os gastos diversos, como conta de telefone, já se foram seis mil."

"E olha só para as roupas aqui, a mais barata custa entre sete e oito mil. Você acha que sobra dinheiro para eu comprar?"

Quanto mais Flavia ouvia, mais perplexa ficava. Aparentemente, um salário de dez mil é tão apertado assim?

Durante o período em que estava se divorciando de Thales, quando ele havia bloqueado seu cartão, ela percebeu o quanto era difícil viver sem dinheiro, mas aquilo foi só por aquele período.

Depois, ela quase não teve gastos, ou melhor, nunca realmente gastou dinheiro, sem saber quanto uma pessoa comum precisaria para sobreviver em uma grande cidade.

Agora ela sabia.

Enquanto estava no carro, ela pensava em encontrar uma maneira de fugir dali, sem sequer considerar como viveria após a fuga.