Minha Esposa Muda romance Capítulo 956

Thales puxou um sorriso com dificuldade, enquanto tossia e dizia: "Precisamos mesmo ir?"

Flavia ficou em silêncio por um momento, "Você pode chamar o Dr. Soares."

"Então vou chamá-lo." Ele cobriu os lábios com uma mão para abafar a tosse e com a outra pegou o telefone para ligar para o Dr. Soares.

Flavia olhava para ele, sem saber o que dizer naquele momento.

Se ele estivesse agindo de forma arrogante e desavergonhada como antes, Flavia ainda poderia resistir um pouco.

Agora, com ele nesse estado de semi-vida, Flavia não conseguia pensar em nada para fazer, ela até começou a suspeitar se ele havia mudado de tática.

Pensando que o método anterior não estava funcionando, então começou a se fazer de vítima para ganhar simpatia.

Um homem cheio de artimanhas.

Dr. Soares chegou rapidamente, e assim que entrou, mostrou um ar de desalento. Sem nem precisar olhar, disse diretamente, "Senhora, o Sr. Duarte está com uma febre de 39,6 graus e uma leve inflamação pulmonar, precisa de soro."

Flavia franziu a testa, "Então dê o soro a ele."

Dr. Soares pensou consigo mesmo, se ele estivesse disposto a tomar o soro, não estaria tão grave, certo? Ele olhou para Thales sem expressão, "Sr. Duarte, vamos fazer a infusão?"

Thales estendeu a mão, agora parecendo obediente.

Dr. Soares revirou os olhos internamente, mas seu rosto permaneceu impassível. Ele colocou sua maleta de medicamentos no chão, tirou um kit de infusão e rapidamente preparou a agulha.

"Pronto, senhora, vou prescrever dois tipos de remédios tradicionais, para que o Sr. Duarte tome três vezes ao dia, durante uma semana."

Flavia assentiu, pensando no remédio que ela própria estava tomando, achou correto que Thales também experimentasse o sabor da medicina tradicional.

Dr. Soares arrumou suas coisas e foi preparar os medicamentos, deixando o quarto em silêncio.

Flavia olhou para ele com suspeita, "Lídia disse que você se recusava a tomar soro e medicamento, por que agora você aceita?"

Thales mostrou uma expressão confusa, "Quando foi que me recusei? Você não está vendo, estou completamente cooperativo."

"Se você tomou o medicamento, por que ainda está com febre?"

Flavia o examinou atentamente, questionando se ele estava realmente tão fraco.

Ela pensou por um momento, sentou-se ao seu lado, pegou uma colher e começou a alimentá-lo.

Ela observava Thales atentamente enquanto ele tomava um gole, sem expressão no rosto.

Flavia começou a suspeitar se seu remédio não era tão amargo quanto o dela, e se fosse assim, seria muito injusto.

Então, ela pegou outra colherada e ofereceu aos seus lábios, ele tomou outro gole sem expressão, e ela não viu a reação que esperava.

Finalmente, ela perguntou, "Não é amargo?"

Thales balançou a cabeça levemente, com uma calma inabalável, e disse duas palavras: "É doce."

"Como é possível?" Flavia já podia sentir o cheiro da medicina, como poderia ser doce?

Ela não resistiu e pegou uma colher, levando até a boca para provar.