Moradora de rua romance Capítulo 32

Tamira comentou que já que a casa ficaria vazia ela iria visitar a familia esse fim de semana, fiquei feliz por ela, estava dentro do meu quarto me arrumando, havia acabado de comer um prato caprichado de espaguete e talvez não seria uma boa viagem para mim com indigestão, penteio meu cabelo e me analíso no espelho, eu usava uma calça confortavel preta de cós alto, regata preta, uma encharpe branca, botas cano curto de camursa na cor preta com detalhes em prata, prego minha mala e vou até a entrada da casa onde Sebastian mexia em seu celular, ele me observa e sorri.

-A moda de paris lhe cai bem...

-E você com o mesmo terno de sempre... Mas ele lhe cai bem...

-Sebastian me ajuda!-Isobel grita do alto da escada.

Olhamos para ela e ela segurava duas malas gigantes e uma bagagem de mão.

-Isobel! são só três dias!-Ele fala indo até ela para ajudar.

-Roupa nunca é de mais...-Ela fala descendo as escadas.-Less cade a sua bagagem de mão? com seus itens pessoais?

-Coube tudo dentro da mala...-Falo mostrando a mala para Isobel.

-Porque você não é assim?-Sebastian fala para Isobel passando por nós carregando as duas malas grandes.

Colocamos as bagagens no carro e Sebastian dirigiu até o aeroporto, não demorou muito e logo chegamos, ainda bem pois Sebastian e Isobel estavam discutindo pois ela queria colocar musica e Sebastian odiava que mexessem em seu carro. O aeroporto estava lotado, pessoas com bagagem correndo de lá para cá, a maioria era turistas, pessoas usando camisa de botões floridas, chapéis, oculos escuros, crianças correndo pais desesperados, sorri ao ver aquela cena, um lampejo de pintura apareceu em minha mente, bem vindos ao paraiso.

-Odeio aeroportos...-Sebastian resmunga.

Em vez de pararmos em frente ao aeroporto, passamos direto e Sebastian deu a volta, entrando em uma area vazia, havia um jatinho estacionado e dois pilotos conversando de pé ao lado do embarque.

-Porque aqui tá vazio?-Pergunto para Isobel mas Sebastian me responde.

-Aqui é meu jatinho particular, gosto de viajar em lugares calmos e silênciosos, em miami até a primeira classe é turbulenta...-Ele fala.

Descemos do carro e fomos até o avião, Sebastian apertou a mão dos pilotos e eles ajudaram com a bagagem, assim que entramos no avião eu sinto o cheiro de damasco e pinho, era limpo e confortável, me sentei em uma poltrona no meio, Isobel se sentou atrás e tomou alguns comprimidos.

-Oque é isso?

-Para eu não passar mão, vou dormir pelas nove horas direto!

-Nove horas de viagem?-Isobel concorda.

Ela pega uma almofada de pescoço e uma venda para os olhos e a coloca.

-Boa viagem!-Ela fala se ajeitando.

Sebastian senta do meu lado e sorri.

-Posso te arrumar uns comprimidos também se quiser...

-Tentador mas então quem te faria companhia?-Ele sorri e me ajuda com o cinto.

Sentir suas mãos em minhas barrigas me fez arrepiar, ele aperta o seu cinto.

-Vamos decolar, vai sentir um frio na barriga mas não tenha medo, ok?-Concordo com a cabeça e o avião começou a se mexer.

Aos poucos ele tomou velocidade e sinto que estavamos saindo do chão, aquele frio na barriga e o coração acelerado, Sebastian estava com um sorriso no rosto, ele segura minha mão com força e eu respiro aliviada.

-Eu não quero te beijar!-O empurro e ele ri.-Mas eu não consigo responder, entendo o seu francês mas não sei a pronuncia...

-O médico disse que você saberia tudo oque seu celebro treinou, talvez ele ainda esteja relembrando da pronuncia, mas isso é bem legal, sem teto e bilingue!-o empurro e ele ri.

Durante o resto da viagem Sebastian ficou me ajudando no Frances, é claro que ele só falava coisas vulgares e safadas, mas ainda era engraçado.

-Tu es délicieux!-Ele fala e eu me sinto corar.

-Você é um sem vergonha! qual a palavra para isso? scélérat...

-Não sou canalha!-Ele fala e pisca-Só as vezes...

-Nem imagino quantas vezes batizou esse avião! chamando suas convidadas de délicieux...

-Na verdade fora Isobel é a primeira a entrar aqui, mas não me importaria de estreia-lo com você...-Ele pisca e eu reviro os olhos.

Observo a janela e já era noite lá fora, solto um bocejo e Sebastian me ajuda a soltar o cinto para que eu ficasse confortável, me ajeito na poltrona e fecho os olhos.

-Não me importaria em embrasse le...-Sorrio e sinto ele se aproximar.

Abro os olhos um pouco e ele estava a centimetros de mim, ele me dá um selinho e eu fecho os olhos sentindo o sono se aproximar.

-Canalha...

O sono me leva para longe, e eu sinto meus musculos relaxarem.