Paris foi incrivel, o nosso ultimo dia fizemos um passeio incrivel de barco e subimos na torre eiffel, Sebastian me visitou algumas vezes em meu quarto, mas desde que voltamos ele se manteve distante, mas oque passamos, os sentimentos que trocamos em paris permaneceriam para sempre em minha memória, neste exato momento Susan observava minhas pinturas, havia pendurado todas na parede do quarto e ajeitei o mesmo guardando as tintas e limpando a bagunça, Susan observava em silêncio as pinturas, até que ela resolveu falar.
-Porque pessoas?
-Poderia ter pintado miragens ou desenhos ficticios mas... quando se pinta pessoas você não só captura seus rostos e traços, mas sua alma e sua história... Eu não lembro seus nomes mas eu as conheci, por algum motivo me lembro de suas histórias...
-E essas cores em volta?
-São as aureas delas... Minha terapeuta disse ser espiritual mas eu acredito que seja apenas imaginação... -Susan me observa em silêncio-Veja bem... este senhor!-Falo me aproximando de um quadro era um homem idoso, ele usava uma boina e camisa xadrez, seu sorriso mostrava as rugas em sua pele e sua aurea era amarela-Este senhor gosta de jogar xadrez com a esposa na varanda de casa, ele é gentil e generoso, sua aurea é amarela, ele foi um homem de sucesso e sempre procurou crescer mas depois que se casou quis viver uma vida tranquila com a esposa...
-E essa garotinha?-Ela mostra o quadro que eu pintei Katy.
-Essa é Katy, uma amiga que eu fiz, ela ama seu ursinho senhor quatro olhos... ela é doce e inteligente ela quer ser pediatra e ter muito sucesso...-Observo o quadro de Katy os olhos castanhos o cabelo cheio de cachos volumosos fiz flores presas em seu cabelo a pele bronzeada cor de canela fazia destaque com sua aurea azul e eu tambem me lembrei de desenhar seu ursinho.
Havia quadros de varias pessoas, raças, cores, nacionalidades diferentes, eu conheci cada uma delas e era incrivel como eu conheci tanta gente e mesmo com a perca de memória eu as imaginei e decorei cada traço, a forma como eu me conectava com pessoas era surpreendente.
-Você desenhou o Sebastian tambem...-Ela fala olhando para o quadro de Sebastian-é uma pintura bem pessoal...
Ele estava de regata, com a luz escura da lua o iluminando, o cabelo bagunçado, um sorriso de lado e olhos cansados, sua aurea era vermelha.
-Porque aquela está sem aurea?-Susan fala indo até o quadro de Chaomy.
Eu a pintei novamente, da mesma maneira em meu sonho que eu lhe desenhei no chão, ela sorria, os olhos puxados quase fechados, o cabelo longo e a franja encostando nos olhos, ela não usava a maquiagem pesada e borrada de antes, nem roupas vulgares, na verdade ela usava um blusa de mangas bufantes na cor branca com cerejas estampadas.
-Não se pode capitar a aurea de alguem que ja morreu...
-Ah... sinto muito! mas porque a fez tão feliz?
-Ela se chamava Chaomy, era assim que eu gostaria de me lembrar dela...
-Leslie... quando eu entrei confesso que não esperava por quadros de pessoas mas o seu discurso... como captou cada olhar, sorriso e as reviveu com tela e tintas... você me mostrou como a arte é importante! meu cliente vai ama-las! você ficara muito famosa!
-Obrigada...-Sorrio-Mas eu gostaria de ser anônima...
-Porque?
-Eu não gosto da ideia de tanta atenção sob mim...-Falo baixo mas meu medo era aquelas pessoas que me sequestraram me reconhecerem e viessem atras de mim.
-Bem, uma artista talentosa e anonima? acho que caira bem! mas manterei o nome tudo bem? talvez um apelido... Less pode ser?
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