Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 101

MURILO

Desde que tudo foi descoberto, a traição de Joaquim, os planos dele com Jean e Billy, ele ser capaz de envolver o próprio filho, tenho andado pensativo. É um caralho que toda essa merda

tenha acontecido!

Manu tem tido pesadelos a noite, acorda suada e agitada, sua cabeça está abalada, conversamos sobre ela procurar ajuda de um psicólogo ou terapeuta para conversar. Minha garota passou por muita coisa e precisa de ajuda profissional para superar.

A conversa entre Manu e minha sogra foi um divisor de águas para minha mulher, é notável como ela está mais feliz, mas os traumas ainda deixam suas marcas. Apesar de estarmos juntos sempre, nos almoços de fim de semana, as vezes vejo Manu apenas olhar para o nada, se mantendo distante.

Eu me sinto um merda por não ter sido capaz de proteger minha mulher, que tipo de homem eu sou? Várias vezes acordo a noite, fico observando enquanto ela dorme, serena e inocente. Não há maneira de eu me afastar de Manu, eu que sempre um homem avesso a relacionamentos, estou loucamente apaixonado por ela.

Tenho certeza que passei minha vida toda a sua espera, que se não for com ela, não será com mais ninguém!

Uma ideia recorrente vem rondando minha mente, se eu a amo e ela me ama, porque não nos casarmos? Ela já passa quase todos os dias na minha casa, então porque não?

Temos almoçado juntos todos os dias, mas hoje não deu, uma reunião importando fora do prédio me prendeu por muito mais tempo do que eu gostaria. Estou entretido com um contrato

quando alguém bate na porta e entra.

- Senhor Hernandez? - Olho pra Juliana e franzo a testa.

- Murilo, Juliana já falamos sobre isso.

- Desculpa, força do hábito. - Ela fala sorrindo, enquanto alisa a barriga enorme.

- O quê aconteceu?

vejo que ela está meio ansiosa, torcendo os dedos antes de falar.

- É a Manu.

Levanto no mesmo instante, deixando minha cadeira cair no chão.

- O que aconteceu com ela?

- Manu está no banheiro.

Não dou tempo para que ela termine de falar, a passos largos já estou na porta, batendo esperando ela abrir. Na segunda batida ela surge, com um sorriso sem graça no rosto, pálida, parece estar passando mal.

- Oi amor.

Além do rosto meio pálido, percebo que minha pequena perdeu um pouco de peso, ela tem andado estranha, sem muito apetite, as vezes meio enjoada, ela pensa que não percebo que tem passado mal. A verdade que eu estava esperando ela me falar sobre isso, mas hoje foi a gota d'água, vamos marcar um médico para ontem.

Quando Juliana nos propõe um ginecologista, o que acho normal já que tem vários exames que esse profissional quem faz, talvez ele peça os demais.

SEIS DIAS DEPOIS

Estamos no consultório do médico, Manuela nos fez esperar seis dias para ir ao médico porque não abria mão do cara que a acompanha a anos. Eu quis vir com ela porque o um maníaco obsessivo por controle que me tornei, não me permitiu deixá-la vir sozinha, eu precisava estar aqui com ela, saber que está tudo bem.

Sinto que Manu está um pouco desconfortável, tem várias grávidas com os maridos, algumas nos olham e sorriem, fazendo minha pequena ficar corada.

- Isso é tão constrangedor, eles pensam que estou grávida!

Ela bufa. Aperto sua mão e a olho serio.

- Seria tão ruim assim estar?

O rubor se espalha pelo pescoço, deixando suas bochechas ainda mais coradas.

Manu me olha espantada, parece que acabei de falar alguma coisa muito fora da realidade dela.

- Não. - O medico fala e Manu suspira aliviada, apertando minha mão. - Eu tenho certeza.

Nesse instante os olhos pequenos e castanhos de Manu, se abrem tanto pelo susto que chega a ser engraçado, ela observa o local na tela que o médico nos mostra.

- Está vendo aqui, é um bebê de dez semanas.

- Dez semanas? - Ela pergunta chocada.

Seu rosto está pálido e suas mãos suando muito, parece que ela desmaiar a qualquer minuto.

- Preparados para ouvir o coração do bebê?

Ele termina de falar e um som alto e constante invade a sala, o ritmo era acelerado, sinto uma onda de emoções passando por mim, olho a tela sem entender nada que está ali, meu Deus, nos fizemos um bebê!

Pai, eu serei pai! Puta que pariu, minha vida mudou!

Olho para Manu que tem lágrimas nos olhos, escorrendo pelas laterais do rosto, encarando o monitor, parece tão confusa quanto eu, sem entender o que está ali a nossa frente.

- Jesus, isso é um bebê?

O médico finalmente nos olha, percebendo nosso choque.

- Vocês não desconfiavam? - O médico pergunta.

- Não, de maneira alguma, eu nem me dei conta que estava com a menstruação atrasada.