Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 102

" A vida não te pergunta se você quer ser forte, ela te ensina a ser!"

MANU

GRÁVIDA, Meu Deus, estou grávida!

As palavras do médico ecoam até agora na minha cabeça, grávida de dez semanas, dez! Aperto o papel com a ultrassonografia nas mãos. Como foi que eu não percebi, será que não quis perceber?

Minha cabeça viaja de volta ao meu sequestro, lembro de tudo que passei no cativeiro, os enjoos, as tonturas, Senhor, o medo, será que fez mal ao bebê? Tento lembrar se fiz algo de errado nesse pouco tempo de gestação, que possa ter feito algum mal ao meu filho.

Estamos parados em frente a uma farmácia, Murilo quis comprar os remédios que o médico receitou, estou esperando no carro com minha cabeça ainda girando. Não consegui dizer uma palavra depois que sai do consultório, ele só me observava de soslaio enquanto dirigia, respeitando meu silêncio. Sei que ele deve estar fazendo um estorço sobrenatural para se manter calado, respeitando meu tempo.

Murilo volta da farmácia, entra no carro com uma sacola em mãos, estou com a cabeça encostada no assento de olhos fechados, pensando em tudo que aconteceu nas últimas dez semanas, analisando cuidadosamente tudo. Que Deus me perdoe, mas estou evitando falar com ele. Não sei o que está pensando de mim, será que acha que fiz de propósito? Será que ele quer esse bebê?

Estou com medo, mas não vou abrir mão do meu bebê por ninguém. Nem pelo amor da minha vida, se ele me pedir para escolher, meu filho vem em primeiro lugar.

Percebo que Murilo entrou no carro, se passaram alguns minutos e ele não deu a partida, me abrigo a abrir meus olhos para encará-lo, Murilo está com as duas mãos no volante, com uma feição séria me observa.

- O que você tanto pensa mi amor? - Sua voz sai receosa.

Não sei se já posso culpar os hormônios, quando o choro vem tento esconder meu rosto entre as mãos, o choro se tornando compulsivo.

- Ei mi carino, o que foi?

Murilo me me puxa para o seu colo, me abraça, beijando a lateral da minha cabeça, suas mãos alisam minhas costas com carinho.

- Estou com medo.

Minha voz sai embragada, o medo é intenso, medo de ter prejudicado meu bebê de alguma forma, por não saber que ele estava ali, medo de não ser boa o suficiente como mãe, medo que ele me faça escolher entre os dois.

- Se acalme cariño.

Me aninho em seu peito, ali é porto seguro, o lugar que sei que serei amada e protegida, suas mãos acariciam minhas costas e cabelos, vou me acalmando aos poucos. Segurando meu rosto, ele me afasta para encará-lo.

- Porquê está com medo, não quer o bebê?

Sinto que sua voz tem uma coisa de tristeza misturada a pesar, mas essa é uma opção que nunca considerei, me livrar do me bebê, jamais. Não sou como minha mãe, nunca serei. Apesar de estar tentando perdoa-la de coração, o que é bem difícil para mim, mas com ajuda profissional as coisas vão se encaixando, na minha cabeça sempre temos opções.

- Quero. - Olho para seus olhos, com a voz trêmula, preciso perguntar. - E você, quer?

- Claro mi amor. - Murilo responde rápido o suficiente para me dar segurança, suas mãos estão em meu rosto. - Quero você e nosso filho, como poderia não querer Manu, se eu te amo.

Sinto as lágrimas rolarem por meu rosto, ele as limpa com o polegar e beija minha boca. Eu precisava ouvir dele, que ele nos quer, que quer essa família, nos assumir. Não sei como vai ser de agora para frente, mas estarmos juntos, para mim já significa muito.

- Eu não sei se serei uma boa mãe.

Confesso meu maior medo, o de ser como minha mãe, não saber amar não é o problema, a entrega total, é que me assusta. Apesar de ter voltado a conviver aos poucos com minha mãe, o medo da rejeição afetiva, o medo de não ser merecedora, é um bichinho que nos invade aos poucos e toma conta do nosso ser. e é difícil deixar para trás.

- Vai ficar tudo bem mi cariño, não tem porque sentir medo, eu estou aqui com vocês.

Sorrio para aqueles olhos azuis lindo que me encaram com amor, uma mão de Murilo toca minha barriga enquanto ele sorri, começo a imaginar uma misturinha nossa, eu espero que tenha esses olhos lindos e esse sorriso perturbador.

- Tudo bem, eu confio em você.

A NOITE NO MESMO DIA

Observo Murilo cortando alguns temperos para o macarrão com marisco que estamos preparando, ele está lindo usando uma bermuda marrom e uma polo branca, nos pés uma havaianas também branca, meu Deus como pode ser tão perfeito.

- O que tanto olha, senhorita Fontes?

- Meu namorado preparando o jantar.

Ele sorri, vindo ao meu encontro, segurando meu rosto para um beijo. Se sinto medo? Seria uma mentirosa se dissesse que não, porém Murilo me deu confiança, como sempre faz, sempre fez.

- Jantar especial? - Ariel pergunta vindo do corredor.

Resolvemos fazer um jantar para contar aos nossos amigos sobre o bebê, a campainha toca, corro para abri-la.

- Oi minha princesa. - Elias fala abrindo os braços.

- Oi.

Elias me abraça forte, parecendo saber que eu preciso daquele carinho, ele beija meu rosto e me olha com ternura, demorando um pouco mais que o necessário, ele estreita as sobrancelhas e sorri.

- Oi Manu.

Grávida! 1

Grávida! 2

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