Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 28

MANU

QUINZE DIAS DEPOIS.

Acordo com o despertador tocando, demoro abrir os olhos ainda com sono, me levanto para tomar uma ducha, Elias já não estava na cama, sinto cheiro de café, o melhor de tê-lo aqui é café da manhã todos os dias. Me visto e vou em direção a cozinha.

- Bom dia, que cheiro bom.

- Bom dia, está uma gata hein.

- Obrigada!

Dou uma voltinha e me sento, pego uma torrada, passo a geleia, enquanto mordo Elias me encara, com uma cara indecifrável, um ar de sorriso, com ternura ao mesmo tempo.

- O quê foi?

- Sabe Manu, faz tempo que não vejo esse sorriso em você, esse brilho no olhar, você está diferente, esse cara o Murilo, está te fazendo bem.

Escondo meu rosto nas mãos, suspirando.

- Eu sei!

- Vou te falar uma coisa, aproveita enquanto está tudo indo bem, e se depois der errado, eu estarei aqui para você.

Olho para meu amigo com amor, seguro sua mão sobre a mesa, sorrio agradecendo.

- Te amo.

- Também me amo.

- Palhaço.

- Estamos muito melosos esses dias, credo!

Terminamos nosso café nesse clima descontraído, saímos para o trabalho no meu carro, deixo

Elias em um ponto de ônibus, e vou para a Naturalys. Estaciono meu carro e subo.

- Bom dia Ju.

- Bom dia, Manuela Fontes! O fim de semana de alguém foi bom hein!

Meu sorriso morre no instante que vejo Otto sair do elevador acompanhado por Billy, sinto todos os pelos do meu corpo se arrepiarem e não é de uma forma boa.

- Bom dia senhoritas.

Ju e eu respondemos o cumprimento de Otto, Billy se aproxima pegando na mão de Juliana, dando um beijo enquanto a cumprimenta, minha vontade era de sair correndo dali antes de que fosse minha vez, pensei demais e perdi a oportunidade, ele já estava com minha mão encostada em seus lábios.

- Bom dia Manu.

- Bom dia senhor Fonseca.

- Pra que tanta formalidade Manu, só Billy.

- Não acho certo.

- Mesmo? Para mim parece que você só seleciona quem te interessa.

Billy se aproxima me encarando, ele é um homem lindo, alto, corpo musculoso, cabelos castanhos, olhos amendoados, um sorriso com dentes perfeito, sem contar a covinha no queixo, mas tem algo nele que não é bom, posso perceber pelo seu sorrio malicioso e o vazio nos olhos. A forma como ele diz meu nome, me causa arrepios, uma sensação ruim, dou dois passos para trás, sinto meu corpo tocar o balcão da recepção, retiro minha mão da dele.

- Calma Manu, eu não mordo.

Fala dando mais um passo em minha direção, sem perceber levo uma mão ao seu peito, para que ele não se aproxime mais, estou me sentindo encurralada.

- Quando vamos tomar aquele Chopp hein?

- Já te disse várias vezes Senhor Fonseca, eu não saio com colegas de trabalho.

De olhos semicerrados, sorri debochado, chegando o rosto bem perto do meu.

- Será mesmo? Acho que isso está prestes a mudar.

O olhar dele me causou um frio na espinha, ele estava confiante demais de que eu aceitaria qualquer coisa com ele. Nesse instante as portas do elevador se abrem e vejo o Murilo entrar, seu olhar foi de Billy para mim, pude perceber que ele não gostou nada do que viu.

- Alguma reunião aqui, que eu não esteja sabendo?

A voz de Murilo soou como um trovão, seu olhar para Bill era morteiro, para mim sobrou a indiferença.

- Ah ... não senhor Hernandez.

Tentei soar o mais firme possível, apesar de estar nervosa com a atitude de Billy, Murilo não tinha motivos para me tratar dessa forma sem antes saber o que de fato aconteceu.

- Na minha sala senhorita Fontes.

Seu tom de voz foi frio, ele me cortou sem ao menos saber o que tinha para dizer. Saiu andando sem olhar para trás.

- Ca-claro.

- E o senhor mal humorado chegou. - Juliana diz rindo.

- Nossa conversa não acabou Manu.

- Não existe conversa senhor Fonseca, não consegue entender isso, e outra coisa para você é Manuela.

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