MURILO
Acabo de chegar em casa, deixei Manu em seu apartamento, ela continua com essa ideia de não dormir aqui nos domingos, e não irmos trabalhar juntos. Abro a porta e a sensação de vazio me fez pensar em como as coisas entre nós, estão indo rápido demais. Deito na minha cama e fico ali sentindo o cheiro dela nos travesseiros, porra, o que está acontecendo comigo? Não sou assim, não sou apegado às mulheres, porque essa vontade ficar com ela?
Meu telefone toca, sorrio ao ver quem me liga. A saudade de casa está apertando.
- Oi princesa.
- Oi maninho, estou com saudades.
- Também estou.
- Está nada Murilo, não me liga e nem vem me ver.
- Pretendo ir no baile de caridade.
Ouço Ariel bufar do outro lado da linha, me fazendo rir.
- Falta muito tempo ainda Murilo.
- Deixa de ser mimada.
- Você podia vir me visitar ou eu ir para o Brasil, o que acha?
- É sério Ariel? Sabia que essa história de que estava com saudades era uma desculpa.
- Eu vou amar o Rio Mu, praias, baladas, gatinhos cariocas.
- Se acalma aí garota.
Continuei conversando com minha irmã por mais algum tempo, depois fui dormir.
Acordo cedo como todos os dias, faço minha rotina de treino, tomo banho, vou trabalhar. Minhas manhãs tem sidos cheias de expectativas até ver Manu, é foda não dormir com ela todos os dias, pior é chegar na empresa e não poder dar um beijo sequer naquela boca gostosa. Assim que as portas do elevador se abrem, sou tomado por um sentimento novo para mim, raiva. O filho da puta do Billy está muito perto de Manuela, uma raiva ainda maior me toma, por ela não me permitir chegar perto dela e dizer que ela é minha na frente de todos aqui, raiva por não
poder dizer para ele ficar longe dela.
Dominado pelo sentimento que imagino ser raiva, mas que provavelmente é ciúmes, acabo sendo grosseiro com ela e todos ali, quando mando que ela vá até minha sala, alguns poderiam dizer que foi grosseria, outros que é ciúmes, mas eu francamente não sei, mas a raiva ainda estava ali, a vontade partir a cara daquele filho da puta.
Sentei observando o movimento da cidade, ouço o barulho dos saltos de Manuela, não consigo olhá-la, ainda estou muito puto com a situação, a raiva me consumindo por dentro, ainda de costas para ela pergunto se eles tiveram ou tem alguma coisa, a cena que presenciei é de um cara que tem muita intimidade com uma mulher, ele estava quase em cima dela, a prendendo contra o balcão. Manu fica desconcertada, meu tom foi insinuador, acusador eu sei, mas não pude evitar.
- Do que exatamente estou sendo acusada, senhor Hernandez?
- Não sei me diz você?
- Escuta aqui Murilo, aqui dentro você é meu chefe, se tem algo que queira me perguntar que não faz parte do meu trabalho dentro desta empresa, vai ter que esperar. Só para constar não gostei do tom que usou comigo.
Assim que a porta bate, percebo a merda que eu fiz, dou um tapa na mesa, passo a mãos por meus cabelos irritado, comigo, com ela e com o filho da puta do Billy!
- Mierda!
Paro para pensar no que acabou de acontecer, não entendo o motivo de eu ter ficado tão irritado, porque a tratei dessa forma? Encosto na cadeira com os olhos fechados, tentando analisar tudo. Manuela tem passado muito tempo comigo, como ela poderia estar com o Billy? Não sei quanto tempo fico perdido em pensamentos, até que batidas na porta me trazem de volta a realidade.
- Entre.
Manuela fica parada na porta, falando sobre a porra de uma reunião com o financeiro, aquele imbecil do Billy vou ter que tolerar aquele cara por algumas horas olhando para minha mulher com cara de quem quer muito comer e gostar.
- A reunião com diretor financeiro começa em dez minutos, Senhor Hernandez.
Fingi que estava atento ao trabalho, mas assim que ouvi sua voz não pude resistir em olhá-la.
- A sala de reuniões está pronta, as planilhas que o setor enviou já foram impressas e estão na mesa, mais alguma coisa?
Minha pequena não me olha, seu tom é frio distante, tudo que eu quero é ir até ela lhe dar um abraço e pedir perdão por ter sido um cretino grosseiro.
- Manu?
Pela primeira vez desde que entrou na sala ela me encara e eu não gostei do que vi, raiva, magoa, e eu fui o responsável. Resolvo que não é o momento certo para falarmos sobre esse assunto, mais tarde quando sairmos da empresa conversamos.
- Não senhorita Fontes, só isso.
- Certo.
Durante toda a reunião pude ver o babaca do Billy olhando para minha mulher com desejo, ele a quer, mas é claro! O dia da primeira reunião na empresa me vem a cabeça, lembro perfeitamente dele dizer que Manuela não sai com colegas de trabalho, carajo, como fui idiota!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Murilo, o CEO sedutor.
Muito bom o romance. Onde está a continuação com as histórias de Alejandro e Maria Clara, Elias e Ariel? Estou empolgada para ler....
Nossa, que delicia de romance. Desses que enche o coração de encanto e paixão. Não tem desgraças de perseguições e separações como os dramas chineses. Mas paixão, sedução, sexo e muito amor. Cheio de aventuras tb. Muito bom. Parabéns à autora. Ansiosa pela história do Arthur a seguir....
Ótima história! Muito legal acompanhar o amadurecimento dos personagens...
Maravilhoso amei a história e perfeita do início ao fim, sem fugir do contexto inicial. Parabéns super índico a leitura....