Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 37

MANU

Depois da grosseria que foi conhecer Ariel, ela até que se mostrou mais amigável, talvez ela só estivesse preocupada com o irmão. Quando ficamos sozinhas ela fez várias perguntas sobre nós dois, sobre mim, provavelmente sondando se sou uma boa pessoa, eu não sou, quem é afinal!

Todo o meu bom humor foi por água a baixo quando encontramos a piranha da Brenda parada na porta esperando para bater a porta, a descarada veio com a desculpinha de devolver o pote, sei bem o mel que ela queria se lambuzar se é que não lambuzou! Se troquei o nome da desclassificada de proposito, claro, sou educada não idiota!

O passeio no parque do Lage foi muito divertido, Elias amou a Ariel, e ela pareceu gostar dele também.

- Manuzinha meu amor, sua cunhadinha é um doce.

Elias me puxa de canto entrelaçando seu braço no meu. Fico um pouco sem graça, falo antes de pensar.

- Ela não é minha cunhada.

- Não?

Ele pergunta com uma sobrancelha erguida, me desafiando a negar.

- É o que então?

- A irmã do Murilo.

- E o que o Murilo é?

Olho na direção que Murilo conversa com Ariel, volto a fixar meus olhos em Elias. Não sei dizer o que nós somos, então fico calada.

- Deixa eu adivinhar Manu, ele é seu Chefe ou seria seu boy magia?

- Ah Elias, não enche!

Saio andando em direção a Ariel e Murilo que já nos esperam no carro.

- Vamos a uma balada hoje?

Ariel pergunta assim que eu Elias nos sentamos no carro.

- Estou dentro!

Claro que está, Elias deveria ter como sobrenome balada.

Seguimos pelo caminho conversando sobre as diferenças de se morar no Rio e Barcelona.

- Lá neva?- Elias pergunta.

- Muito raro, mas faz frio, muito frio. - Murilo responde.

- Eu queria ver neve. - Digo pensativa.

- Podemos ir a varias cidades perto de Barcelona que nevam no inverno.

Olho para Murilo, que me sorri com carinho, seria tão fácil me permitir sonhar com um futuro em que ele esteja ao meu lado.

- Quem sabe.

Respondo de forma simples, sem alimentar esperanças. Murilo segura minha mão com carinho, entrelaçando nossos dedos, antes levá-los a boca.

- Quero te levar a muitos lugares, mi amor.

Olho em seus olhos vendo que há tanta sinceridade em suas palavras, mas até quando esse romance de filme vai durar?

Estacionamos em frente ao prédio onde moro com meu melhor amigo, que ficou para nos encontrar na boate, depois que peguei minhas coisa, seguimos para casa de Murilo.

Depois que chegamos em casa, resolvemos descansar um pouco para sairmos mais tarde, eu estava deitada com Murilo e Ariel na sala vendo um filme, Murilo cochilava, só eu e Ariel prestávamos atenção no filme, olho pela janela já estava noite.

- Ariel, acho que vou tomar banho.

Ela me olha de lado e depois para o celular.

- Vou também já está na hora.

Seguimos para os quartos, assim que entro o cheiro de Murilo me deixa zonza, pego o shampoo e condicionar que trouxe, sigo para um banho relaxante, coloquei meus pertences ali no nicho pensando em como tudo com Murilo é fácil e natural, posso ouvir Henrique reclamando que minhas coisas tomavam todo espaço do banheiro, afasto o pensamento, não é hora de pensar no passado.

Saio do banheiro com um toalha enrolada no cabelo e outra no corpo, encontro Murilo entrando com cara de sono.

- Não me chamou para tomar banho?

Diz colando nossas bocas.

- Você estava tão relaxado, eu ia te chamar agora.

- Queria tomar banho com você.

- Para Murilo, vamos nos atrasar.

- Fica difícil Manu, sabendo que você está nua debaixo dessa toalha.

Me afasto sorrindo.

- Vai logo.

Sorrindo ele segue para o banheiro.

Pego o vestido preto que trouxe, o coloco sobre a cama, visto minha calcinha, coloco uma camiseta só para fazer o cabelo e a maquiagem, ando com as toalhas para o banheiro, depois que as penduro pergunto:

- Oi, se importa se eu me arrumar aqui?

- Eu nunca faria isso.

- Eu sei, mas os outros não sabem. Só vamos com calma.

Passo meus braços por seu pescoço, beijando sua boca com carinho. Murilo vai embora ainda com o semblante chateado, as vezes não entendo para onde estamos caminhando, ao mesmo tempo que nossa necessidade de estarmos junto aumenta cada dia mais, o medo em mim cresce junto, medo do que vão falar de mim, medo do que a família dele vai pensar, mas principalmente o medo de que um dia ele me olhe e veja que só estamos perdendo tempo juntos. Subo as escadas pensando no que acabamos de conversar. Abro a porta vejo Elias e Clara me olhando.

- Murilo já foi?

- Hurun.

Termino de entrar em casa, tranco a porta.

- Que cara é essa Manu? - Clara pergunta.

- Não é nada ...

- Conta outra, gatinha, o que aconteceu? - Elias interrompe.

- Murilo quer saber até quando vamos ficar nos escondendo.

- Na empresa? - Clara pergunta.

- É.

Elias levanta do sofá dá um beijo em minha cabeça, antes de ir até a cozinha tomat água, falando.

- Manuzinha já te falei, que eu acho uma bobagem enorme vocês não assumirem que estão juntos.

- Gente ainda está muito cedo.

-Porque cedo?

Não tenho uma resposta certa para a pergunta que Clara fez, em minha cabeça são vários os motivos, mas a realidade é que nenhum deles convencem ninguém.

- Pra mim - Elias vem da cozinha com um copo de refrigerante nas mãos. - ficar escondido, faz parecer que você é amante dele, quando na verdade está mais para namorada, porque aquele bofe não tem vergonha de te assumir mulher!

- Vocês são livres Manu, estão apaixonados e ninguém tem nada com isso. - Clara pondera.

- Tenho medo que ele se canse de mim.

Respondo começando a entender que talvez eu deva dar um passo para trás, a questão é que eu não posso sequer pensar em ficar longe de Murilo que meu peito, o que me faz ter ainda mais medo do futuro.

Olho para meus amigos que silenciosamente me observam.

- Vou dormir, preciso pensar um pouco.

- Boa noite Manu, não se preocupe hoje quem usufruir desse corpo gostoso é a Clara! - Elias diz divertindo nos arrancando boas risadas.